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Mostrando postagens de 2023

Quentin Tarantino - Especulações Cinematográficas

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Há exatos 2 anos, eu postei sobre o livro Como a Geração Sexo, Drogas & Rock And Roll Salvou Hollywood, escrito pelo jornalista Peter Biskind, falando sobre o movimento Nova Hollywood, em seu auge da década de 1970. Pois bem, sobre esse tema, nada melhor do que ler Especulações Cinematográficas, sob a tutela do Mestre Quentin Tarantino.  Em seu segundo livro, como escritor, o Mestre fala, em ordem cronológica, os filmes que marcaram a sua vida cinéfila, desde que foi acompanhado de sua mãe e de seus amigos, vendo filmes em diversos lugares, seja em drive-in ou em grindhouses. Compartilhando seu conhecimento, e apontando seus pontos de vistas, Tarantino fala de filmes marcantes, como Perseguidor Implacável, Taxi Driver, Alcatraz - Fuga Impossível, entre outras, além de revelar seus gostos pessoais de filmes, como Rocky 1 e 2, O Massacre da Serra Elétrica, Devorado Vivo. O Mestre, assim como Biskind, comenta sobre o movimento Nova Hollywood, destacando ícones do Cinema, d

Nervosa - 2012 (Time of Death)

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Antes de comentar essa amostra de destruição, quero ressaltar uma coisa: o que vale não é a beleza estética dessas moças, mas, sim, a qualidade musical. Dito isso, vamos à demo. Batizado como 2012, o primeiro registro da banda Nervosa é o que foi dito acima, ou como disse a Fernanda Lira (bx/v): ¨é aquele rabo de galo que você toma antes da comida!¨. Ao lado das companheiras Prika Amaral (g/bckv) e Fernanda Terra (bt), elas conquistaram não só os mais ávidos por Thrash Metal, mas também a atenção da crítica especializada, em 2012. Devido as inúmeras apresentações, incluindo aberturas de Exodus, Exumer, Artlillery, Raven, Roça ´N Roll, entre outras, Nervosa preenche seu histórico com três peças de deixar qualquer mortal se jogar de um prédio. Time of Death começa de forma tribal para a partir daí a pancadaria comer solta. Fernanda Lira e Prika revezam nos vocais, como bruxas se queimando na fogueira. Masked Betrayer virou hit através do vídeoclipe, com o refrão de levantar o

Andre Matos - Maestro do Rock: Episódio 2

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Assim como foi o primeiro episódio, o documentário do Andre Matos teve o seu segundo episódio, tão mais aguardado, até mesmo no lançamento do DVD. Depois da sua saída do Viper, o maestro foi estudar na Faculdade Santa Marcelina. Foi então que conheceu o guitarrista Rafael Bittencourt, para montar, mais tarde, o Angra, aliás, o foco desse episódio foi o auge e o caos da banda, até a saída de Andre. Com depoimentos de Rafael, Kiko Loureiro, Marco Antunes (o primeiro batera da Angra, falando pela primeira vez), além de feras, como Rob Halford, Kai Hansen, Ricardo Batalha, Tony Monteiro, Andreas Kisser, João Gordo, além de familiares falando sobre a maior banda brasileira do Metal, ao lado do Sepultura. Discos marcantes, turnês concorridissimas no exterior, entrevistas na TV, momentos gloriosos, icônicos, e, ao mesmo tempo, com polêmicas internas. Assim como no episódio anterior, temos o Maestro, em suas últimas gravações, na companhia do seu inseparável Piano de cauda. Realmen

Debate na Veia

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Em algum momento, você deve ter assistido à um debate da Band. Seja de qualquer época, desde a histórica edição de 1989 até 2022, a emissora vêm promovendo embates históricos, às vezes polêmicos, às vezes marcantes. Quem conta tudo, e mais um pouco, é o jornalista Fernando Mitre, diretor nacional de jornalismo da Band, em seu livro Debate na Veia, lançado esse ano. O autor conta, em detalhes, tudo o que veio à cobrir de diversos debates, que ajudou a promover, desde a época em que trabalhava no Jornal da Tarde até assumir o cargo de diretor da Band. De 1989 até 2022, houve muitas mudanças e inovações, sendo que a emissora sempre passa na frente, quando o assunto é agendar o Debate, seja nacional, estadual ou municipal. Até mesmo fatos em que entrevistou Jânio Quadros, cobriu a saída do Jango, o início da Ditadura, as Diretas Já, a eleição de Tancredo Neves, até a Constituição de 1988. Mitre fez de tudo para promover a Democracia brasileira, ao realizar embates marcantes, co

Sepultura - Sin Remordimientos (1984 - 1997)

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Escrita pelo jornalista argentino Ariel Osvaldo Torres, a biografia não-oficial do Sepultura, Sin Remordimientos, retrata, com detalhes, a trajetória da banda mineira, que conquistou o mundo, no final dos anos 80 e os 90. Como parte da série Embassadores del Terciero Mundo, de 1998, o livro foi baseado no clássico Sepultura: Toda a História, escrita por André Barcinski e Silvio "Bibika" Gomes, e também por publicações especializadas do Heavy Metal. O livro, por ter seu conteúdo em espanhol, permanece inédito no Brasil, por conta do lance de direitos autorais e da autorização de ambas as partes (leia-se Irmãos Cavalera e o Sepultura). Assim como o livro de Barcinski e Bibika, o conteúdo aborda o período da fase dos Cavalera, sendo que, o autor planeja escrever a outra parte, abordando a fase atual da banda.

Jesus estava entre nós, e se chama Robb Flynn

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São Paulo, finalmente, testemunhou o Apocalipse que virou o Tokio Marine Hall, com a apresentação da banda americana Machine Head, pela terceira vez no Brasil, divulgando o recente disco Of Kingdom and Crown.  Porém, o percurso até chegar ao local foi difícil, devido à chuva. Mas, com o passar do tempo, resolveu dar trégua e lá os headbangers se deslocaram ao recinto para os portões se abrirem.  Chegou às 18h00 e os fãs (e a imprensa) entraram para ver os merchands das bandas que se apresentaram. Na pista estava dividido entre a parte da frente, destinada à área VIP.    Era 19h00 e o palco foi tomado pelo furacão chamado Project46. A organização resolveu chamar, aos 45 do segundo tempo, a banda para abrir o espetáculo. Fotos: Rogério Talarico Com um som potente e bem executado, Caio MacBezerra chamou a galera para "tocar o f***-se nessa P***a!. Começaram com Terra de Ninguém, Violência Gratuita e Capa de Jornal.  Pelo visto, o público respondeu, no modo mais literal. A banda est

Um momento de reflexão sobre a TV de hoje, segundo Guilherme Arantes

"Me perguntam porque evito fazer televisão. É que tenho percebido que minha imagem pode trazer danos à audiência. E que a "audiência" da TV pode trazer danos para mim.  Sei que a TV foi maravilhosa para nossas gerações, especialmente a minha. Tenho total reconhecimento. Amo a TV. Amei existir e fazer parte dela. Mas era outra TV. Outro jeito de se fazer.  A gente cantava, e pronto. Não tinham os componentes e as fórmulas que vingaram nos tempos atuais. Ficou bem complicado agora, com interatividade e o voyerismo invasivo, científico, dos talk-shows... E sei que os programas das TVs vivem na corda-bamba, lutando desesperadamente por audiência. Muito da TV hoje, se constróis em função do que vem e do que causa nas Redes Sociais. E isso é Orwelliano, diabólico.  Não quero constanger o público, também, já que hoje em dia as pessoas são todas muito bonitas nas redes sociais, nas mídias. Esta é a época de Ouro da humanidade, em que os seres humanos são todos simplesmente mar

Assassinos da Lua das Flores

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Há exatos quatro anos, Martin Scorsese deu uma declaração polêmica, ao ser questionado sobre o que acha dos filmes de super-heróis. Ele disse que não passam de "parques de diversões". É claro que o público geek não tolerou a crítica do célebre cineasta, chamando-o de "velho" e "ultrapassado". Porém, o que precisam saber é que CINEMA não é só fantasia e, principalmente, efeitos especiais de encher os olhos d'água. CINEMA tem que ter história de verdade. E foi esse conceito de CINEMA que o Scorsese seguiu, quando criou Assassinos da Lua das Flores, que estreou essa semana. No início do Século XX, a tribo Osage descobriu petróleo em suas terras. No entanto, Ernest (Leonardo Di Caprio) regressa à América, após a Primeira Guerra, e se instala no rancho do seu tio Bill King Hale (Robert De Niro). O velho recomenda à seu sobrinho que se encarrega de ser motorista para os índios. Ernest conhece Mollie (Lily Gladstone), que se apaixona e, mais tarde

É dia do Rock radiar, bebê!

Foi realizado a 9ª edição do Rockfun Fest, dessa vez, no Centro Esportivo Tietê, na zona norte de São Paulo. Como sempre, foi um evento gratuito, mesmo assim, com uma doação de 1 kg de alimento não perecível, para garantir a entrada. Ao adentrar ao gramado, vi dois palcos, o Legends e o Rockfun. Ao chegar às 12h00, a primeira atração marcou, com ferro, o início do massacre.  Liderado pelo chef de cozinha (ex-jurado do MasterChef) Henrique Fogaça, o Oitão cuspiu fogo e sangue nos olhos, com seu Hardcore brutal. A banda lançou, recentemente, seu clipe Borderless (com participação do Brujeria), disponível no YouTube. Pelo jeito, o público dançou conforme a música, e fez rodas, no meio do calor do meio do dia.  Os convidados foram o vocalista Mauro Punk, do Sigred Ingrid, que cantou Refuse/Resist, do Sepultura, e outra pessoa, o sócio do Cão Veio também marcou presença. Destaque para o baterista Rodrigo Oliveira (também batera do Korzus), que desceu o braço, sem dó nem piedade. Após o inte

Nervosa - Jailbreak

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Desde que criou a Nervosa, em 2010, Prika Amaral sempre manteve intacta sua pegada e Fúria ao tocar seus riffs. De lá pra cá, muita coisa mudou. Começo meteórico, lançamentos, turnês pela Brasil e o Mundo, reconhecimento da mídia metálica e dos fãs, sem falar que também quem não gosta da banda, mas, para a guitarrista, ela dá um chute no saco dos machistas de plantão. Porém, veio 2020, a pandemia e o baque da separação, no qual foi superado com Perpetual Chaos (2021), que deu nova vida à Nervosa. Somente algo virou rotina: as mudanças de formação. Prika não se abateu e resolveu botar ordem na casa, ao chamar Helena Kotina na guitarra, Hel Pyre no baixo, e Michaela Naydenova na bateria. E uma novidade: Prika assumiu o vocal, que veio em boa hora. Com o time completo, gravaram Jailbreak, e foi aí que a loira despertou a leoa dentro dela. Seu vocal ficou furioso. Já as guitarras, Prika e Helena despejam técnica e brutalidade. Músicas como Endless Ambition, Seed of Death, Eleme

Guerrilha - A Trajetória da Dorsal Atlântica

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O Metal brasileiro têm sido tema de muitos documentários Brasil afora. Nomes como Korzus, Sepultura, Andre Matos, Vulcano, Ratos de Porão, Brasil Heavy Metal, a loja Woodstock, e a não-oficial da loja Cogumelo Discos, são exemplos claros de como o movimento era (e continua sendo) marcante para todos. Outra banda que mereceu (e ainda merece) ter sua história contada foi a Dorsal Atlântica. Seu registro, Guerrilha, é a prova viva em que, com garra, vontade e perseverança, pode mostrar sua arte para o mundo. Jornalistas e músicos, que passaram pela banda, contam a história da banda, através dos discos gravados, e shows marcantes. Sem falar de, quando a Dorsal encerrou seu expediente, seu líder, Carlos Lopes, resolveu explorar outros sons, de outras bandas que ele criou. Durante a concepção do filme, a banda estava de volta, em 2012, para gravar seu disco, intitulado 2012, com o apoio do financiamento coletivo. Inclusive, esse documentário foi feito com esse benefício, sendo q

Vulcano - Tales From The Black Book

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O Vulcano é, sem sombra de dúvida, o pioneiro do Metal Extremo do Metal Brazuka, numa época em que a cena estava surgindo com inúmeras bandas, formadas por moleques sedentos por som pauleira. Mas, o que pouca gente sabe é que a banda, liderada por Zhema Rodero, não é de Santos. Mas na cidade de Osasco, só depois foi radicada na Baixada Santista. Zhema e seus companheiros lançaram discos icônicos, até 1990, quando passou suas atividades. Durante a hibernação, enfrentou a dura perda do guitarrista Soto Jr., em 2001. Ao perceber que o nome Vulcano era conhecido na Europa (principalmente nos países escandinavos), é que Zhema resolveu acordar a sua banda e retornar, com pompa e circunstância, para o reino infernal. Produziu, em 2004, o disco Tales From The Black Book, com aquela coisa orgânica e bem crua, remetendo aos bons tempos. Como baixista e letrista, ele chamou o vocalista Angel, o baterista Arthur Von Barbarian, e os guitarristas André e Passamani. A capa foi obra do Wan

Vulcano abre os Portais do Inferno paulistano

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Foto: Thiago Castilho  29 de setembro. Essa data marcou (pra mim!) os 14 anos da morte da minha mãe. Mas, também, foi o dia em que a lendária banda Vulcano se adentrou ao Sesc Belenzinho, para comemorar os 30 anos do disco Bloody Vengeance. A cidade de São Paulo tinha emfrentado um intenso calor, capaz de castigar até quem gosta de sol rachando a cabeça. Mas, a semana deu uma esfriada, devido à chuva e ao frio. Então, o público compareceu em peso para conferir o mais puro Metal forjado no aço e fogo santista. Chegou às 20h30 e Zhema e seus companheiros de batalha entram no palco e Luiz Carlos Louzada anuncia, com a frase que abre os shows: "Os Portões do Inferno se Abrem". Eis que a banda toca vários hinos infernais, mesclando antigos e novos sons. Se bem que, desde que a banda voltou, em 2004, os discos atuais do Vulcano conquistaram os fiéis fãs e criando novos seguidores. Foto: Thiago Castilho  Foi então que, para delírio dos headbangers, o vocalist

Korzus - Pay For Your Lies

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Já diz o ditado: "após a tempestade, vêm a bonança". Depois do Sonho Maníaco, de 1987, prejudicado pelo suicídio do baterista Zema Paes, o Korzus remontou os cacos e seguiu o barco andando. Recrutou o guitarrista Marcello Nicastro e o baterista Betão Sileci, para gravar o EP Pay For Your Lies, sendo o primeiro a ser cantado em inglês. Com um som totalmente Thrash Metal, o registro contém 6 faixas, no melhor estilo Slayer, Anthrax e Nuclear Assault. Basta botar pra rodar que sons, como The Dark Side of The Mind, Brain Wash, Born to Kill, Elm Street, The World is a Stage e Under The Sun, são pra bater cabeça, moshar³, pogar⁴ e se jogar pra galera. Realmente, o Korzus espantou os demônios e correu mundo afora. Graças à Pay For Your Lies.

Korzus - Sonho Maníaco

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O ano era 1987. O Metal brasileiro se consolidava, cada vez mais. Havia muitas bandas de todo o país compondo, produzindo e tocando. Várias publicações surgiram, programas de TV (antes da MTV surgir por aqui), shows, zines, e discos. Esse blog já falou do INRI, do Sarcófago, e Abominable Anno Domini, do Chakal. Agora é a vez do disco mais obscuro do som pesado brazuka: Sonho Maníaco, do Korzus. Depois de chamar a atenção, após o SP Metal II, e do Korzus Ao Vivo, Marcelo Pompeu, Dick Siebert, Sílvio Golfetti e Zema Paes, se reuniram no Guidon (SP), junto com Edu Bianchi, para gravar esse disco. Conhecidos como "Slayer brasileiro", o Korzus disponha de 7 faixas, totalmente satânicas, no melhor estilo Hell Awaits. A capa era assustadora, com destaque ao Freddy Krueger. Algumas músicas, como Anjo do Mal, Suicídio, Guerra Nuclear, Juízo Final, Anjo Maníaco e Paraíso da Morte, podem ser infantis, hoje em dia. Mas, para a banda, havia sinais tenebrosos. Por ser mal grava

Noite quente, regada ao Metal, no Hangar 110

São Paulo estava virando o inferno, nas últimas semanas, devido ao intenso calor. A população precisava se hidratar, de qualquer maneira. Mas, os headbangers se prepararam para o massacre, que seria no dia 22 de setembro, no último dia do inverno (será que era inverno no Brasil? Ou verão fora de época?), quando rolou um mini festival, o Hatred Festival, com as bandas Korzus, Kryour e o guitarrista Michel Oliveira, no Hangar 110. No fim da tarde, estava garoando no recinto, o que seria um alívio para o povo, que se matava com esse calor. Quando os portões se abriram, lá dentro, estava fresco, devido à ventilação, bom momento para ficar mais aliviado. A primeira atração da noite era o guitarrista Michel Oliveira. Conhecido na cena Paulistana, ao ser um dos precursores do Djent Metal, o guitarrista tocou, com sua guitarra de nove cordas, suas músicas autorais. A banda, que contava com baixo e bateria foi competente, deixando o peso tomar conta. Michel demonstrou peso e técnica apurada. De

Fatos de TV: CNT-GAZETA - Um casamento tumultuado.

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Alguns meses atrás, falei sobre a origem e a ascensão da Rede OM, primeira rede de televisão fora do eixo Rio-São Paulo. Após se aliar com a TV Gazeta, a rede foi do auge à queda, após se envolver com o caso PC Farias, e também com a polêmica exibição do filme Galígula (que também foi tema deste blog). Mas, vamos falar do que mudou da OM-Gazeta. A Família Martinez resolveu reformular a emissora e passou a se chamar CNT (Central Nacional de Televisão). Quem abriu às portas foi o Clodovil Hernandes, em seu programa Noite de Gala, realizado no Teatro Ópera de Arame, em Curitiba. Ainda tendo como parceira a TV Gazeta, a programação foi dividida entre duas emissoras. Boa parte dos programas da CNT eram exibidos em São Paulo, enquanto os da Gazeta eram exibidos em rede nacional. O objetivo era disputar o terceiro lugar do Ibope, concorrendo com Record, Band e a extinta Manchete. Vários programas foram criados e obtiveram sucesso, como Cadeia, o game show Hugo, Tudo por Brinquedo,

Fatos de TV: Rede Mulher - Onde a Mulher teve voz.

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Inaugurada em 8 de agosto de 1994, na cidade Araraquara/SP, pelo Roberto Montoro, a Rede Mulher de Televisão teve, como foco, o universo feminino. Operado no canal 42 UHF, e tendo sua base de produção em São Paulo/SP, a emissora dedicava sua programação ao público feminino. Mas, o ibope beirava o traço de 0,5 ponto, desde a sua estreia. Antes de se chamar Rede Mulher, o nome era TV Morada do Sol que, mais tarde, adotou o nome oficial, em homenagem à Rádio Mulher, que teve, como comunicadora, a Hebe Camargo. Foram gastos US$ 1 milhão no lançamento da emissora. Mesmo com uma programação variada, com direito a filmes e séries, de de informeciais, como o Shop Tour, em 1999, a Igreja Universal resolveu comprar a Rede, tirando do ar os programas, que não interessavam. Pouco tempo depois, a sede foi transferida para a antiga sede da Record, na Avenida Miruna, em Moema, investiu US$ 500 mil em instalações tecnológicas e investiu no departamento de Jornalismo. Em 2004, a Rede Mulher

Toy Story - Um Mundo de Aventuras

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O ano era 1995. O cinema mundial havia completado 100 anos de sua existência. Desde 1895, em Paris, os irmãos Lumière haviam criado as imagens em movimento, assustando uns e admirando muitos. Com o passar das décadas, houve muitas inovações e mudança tecnológicas. Vários filmes foram lançados, criando clássicos, conquistando prêmios e admiradores, e revelando talentos e realizadores. Este blog já falou de muitos filmes que marcaram o cinema. Porém, no mesmo ano em que a sétima arte completou seu centenário aniversário, dois estúdios resolveram entrar na vanguarda do cinema. A Disney, depois de criar as magias da animação, se juntou à Pixar, para entrar na história do cinema, ao realizar Toy Story. A história é pura Sessão da Tarde: Andy faz aniversário e os brinquedos ficam nervosos, ao saberem que seria substituídos. O cowboy Woody tenta acalmar a todos. O que não sabia é que Ele seria deixado de lado, quando chega Buzz Lightyear, um astronauta de brinquedo. É aí que o ciú

Depois do Inferno, veio a fumaça!

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Foto: Leonardo Benaci Antes de eu falar sobre o show do Brujeria, do dia 26 de Agosto de 2023, vamos viajar no longínquo ano de 2007, no dia 8 de Dezembro (data "bem" ou mal apropriada, diga-se de passagem!).  Era meu primeiro show internacional, após uma semana da minha apresentação do TCC de jornalismo, e eu ia conferir o show do Brujeria, que estavam se apresentando no extinto Inferno Club, na Rua Augusta, com a abertura do Claustrofobia, que voltavam da Europa. O local, pelo nome apropriado, fazia jus. Pois era precário, tanto na estrutura, quanto técnico. Não tinha ar-condicionado, nem saída de emergência, Nada além disso (seria, quase, um prenúncio, do que iria acontecer na Boate Kiss, em 2013?). O show, tanto do Claustrofobia quanto do Brujeria foram ótimos, mas o público sofreu, literalmente, com o calor infernal, virando um purgatório sem fim. Desde então, eu fiquei com aquele receio que aquela experiência foi frustrante. Mas, passaram os anos, fui à muitos shows, ad

Exterminador de Mercenários

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Realmente, o cinema tem se dedicado a afrouxar os heróis de ação. Se você acha que os filmes de heróis, como a Marvel e DC, são genuínos para se inspirar a se tornar um homem, saiba que você está ENGANADO. Existe UM filme que faz o Rambo virar Obra de Da Vinci perto dele: Exterminador de Mercenários, ou Deadly Prey. Com uma mistura de tudo que há de cinema brucutu com o The Most Dangerous Game dos anos 80, o filme conta com um grupo de Mercenários treinados para matar tudo e todos em sua volta. Porém, não contavam com um Cara, preparado pra botar medo neles: Mike Danton, uma mistura de Rambo com McGyver (repara nos mullets), treinado no Vietnã, com habilidades sobrenaturais de combate. Em seus momentos, ele pode ficar invisível ou atravessar o tórax do cara com um graveto. Lembra do Mcgyver? Esse filme pode ser encontrado, milagrosamente, no YouTube.

Noite pra recordar Genesis

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Foto: Rafael Strabelli Domingo, nem sempre, é um dia agradável para assistir shows. Mas, o dia 20 de agosto foi especial para os fãs do rock progressivo, quando o guitarrista Steve Hackett veio para o Brasil, para dois shows. Dia 18 tocou no Vivo Rio, e no domingo foi no Espaço Unimed.    Adentrando ao recinto, vários fãs de todas as idades marcaram presença para conferir a apresentação. Pode-se ver que, alguns tiveram, até mesmo, a assistir a longínqua primeira apresentação do Genesis, em 1977, na turnê do disco Seconds Out.    Ao entrar na área da imprensa, fomos orientados a sentar em um lugar estratégico, reservado ao local. Dito isso, vamos ao que interessa.    Pelo cronograma, o horário para o início do show era às 20h00. Mas, houve um pequeno atraso, e só começou às 20h19, quando a banda argentina Genetics, banda cover oficial do Genesis, e seu anfitrião Steve Hackett foram recebidos.    O set começou com três músicas instrumentais, demonstrando toda a técnica apurada do guitarr

Ficção de Polpa - Volume 2

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Aproveitando o sucesso do primeiro volume, Samir Machado de Machado resolveu dar continuidade ao Ficção de Polpa. Seu segundo volume dá ênfase à Ficção-científica, com 20 contos nacionais e um bônus, o conto Uma Odisséia Marciana, de Stanley Weinbaum. Praticamente, temos histórias de espaço, policial, histórias simples, um pouco de suspense e tensão no ar. Pelo jeito, o Brasil fez bonito ao ter muitos contos surreais. Poderiam até, mesmo, adaptar em outras mídias.

A Baleia

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Se você acha que a sua vida é um lixo, que fica reclamando que todos em sua volta não te dão valor, é porque você não assistiu ao filme A Baleia, do diretor Darren Aronofsky. Charlie é um professor, que mora sozinho, dá aulas online, tem mais de 200 quilos, sofre problemas de saúde, é ajudado por uma enfermeira. Num certo dia, ele recebe a sua filha em casa, e começa a perceber sobre sua vida. Algumas questões, como religião, vida no geral e Redenção são abordadas. Aronofsky foi cirúrgico ao retratar tamanha brutalidade emocional nesse filme. Brendan Fraser foi extremamente performático ao fazer esse papel, no qual a Academia o premiou com o Oscar de Melhor Ator. Fraser, que era um ídolo dos anos 90, ficou apagado durante anos. Sua premiação foi a sua Redenção em sua carreira.

Ficção de Polpa - Volume 1

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Organizado pelo autor Samir Machado de Machado, e lançado pela Não Editora, em 2008, o primeiro volume da série Ficção de Polpa reúne escritores gaúchos ao escreverem contos de terror, no melhor estilo H.P. Lovecraft, que, aliás, tem como faixa bônus, o conto Cão de Caça.  Baseado nos clássicos e cultuados livros pulp, nos Estados Unidos, impressos precariamente, e custando 10 centavos, o livro brasileiro entretém, com toque nacional, as histórias. Destaques para Lingüísta, O Fígado, Carne, Os Internos, O Jomem dos Ratos, A Meia-noite no Fim do Mundo, Vãos e Tempestade em Coney Island. Uma bela estreia de uma série, à moda gaúcha.

Crypta - Shades of Sorrow

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Parece que a divulgação do disco de estreia Echoes of The Soul fez muito bem para a Crypta, e também parece que as garotas elevaram ao cubo toda a fúria e faca nos dentes, ao se apresentarem pelo mundo afora. O que Fernanda Lira, Luana Dametto, Tainá Bergamaschi e Jéssica Di Falchi fizeram em seu novo trabalho, Shades of Sorrow, foi de arrepiar o mais radical fã do Death Metal old school. Depois de percorrerem os quatro cantos do globo, enfrentarem um furacão, muito sangue, suor, lágrimas e o total apoio dos seus fãs, as meninas superpoderosas despejaram um trabalho digno de nota. Totalmente conceitual, o disco têm três faixas instrumentais: The Aftermath (intro), The Limbo (Interlúdio) e The Closure (outro). Mas são nas músicas que elas cospem raiva contra os haters de plantão. Destaques para as faixas, The Other Side of Anger, Trail of Traitors, Lullaby for The Forsaken (com direito a canção de ninar), e a derradeira Lord of Ruins. Tainá e Jéssica destroem tudo com suas t

Dr. Sin - Acústico

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Celebrando 30 anos de banda, o Dr. Sin lança seu primeiro Acústico, em CD e DVD, gravado no Teatro J. Safra, em São Paulo. Os irmãos Andria Busic e Ivan Busic, mais o guitarrista Thiago Melo encantam a todos com um repertório pra lá de especial, com grandes músicas de toda a carreira. E para incrementar a festa, chamam Edu Ardanuy, Rafael Bittencourt, Marco Bavini e Juliana D'Agosttini, com direito a orquestra. O motivo era celebrar o Rock 'N Roll, baseado nos acústicos do Kiss e Alice In Chains. E conseguiram. O material é de extrema qualidade sonora.

Trendkill Inc. - EP de estreia

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A banda Trendkill Inc. aposta num Heavy/Thrash Metal fortemente influenciado pelo Metallica e Testament, em seu primeiro registro, o EP autointitulado. Com apenas cinco faixas, o disco tem, como destaques, os riffs e solos, que remetem à essas bandas citadas. Músicas, como Sharpshooter, Trendkill e Silence of Death fazem a alegria dos fãs da boa música pesada. Apesar do vocal ser mais suave e sem atitude, o EP não compromete. Pelo jeito, estaremos preparados para o disco de estreia de Trendkill Inc.

Uma das minhas primeiras reportagens.

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Van Halen 1

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Se olharmos toda a história do rock, saibam que algumas bandas estrearam com sucesso em suas carreiras. Mas, somente uma banda abriu a década seguinte para entrar na história. E essa é a Van Halen. Depois de tocarem em clubes, a banda formada por David Lee Roth, Michael Anthony, e os irmãos Eddie e Alex Van Halen, chamaram a atenção de Gene Simmons, que os convidou para gravar uma demo. No entanto, o produtor Ted Templeman contratou a banda para gravar seu disco de estreia, em 1977, com um orçamento de 40 mil dólares. O disco, Van Halen 1, foi lançado em 10 de fevereiro de 1978. Agora, é que sentiram o drama. Com músicas, como Runnin' With The Devil, Ain't Talkin' 'Bout Love, Jamie's Crying e a instrumental Eruption, o disco virou enciclopédia para os iniciantes da guitarra. Eruption revelou o talento único e Revolucionário de Eddie Van Halen. E fez escola, cujos alunos foram Steve Vai, Joe Satriani, Randy Rhoads, Dimebag Darrell e Zakk Wylde. Além dessa

Tosco - Agora é a Sua Vez

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Vindos de Santos/SP, a banda de Crossover Tosco lançou seu terceiro disco, Agora é a Sua Vez, com 12 patadas nas fuças desses metidos a metaleiros, que "dizem" que apoiam a cena Brazuka, mas que fuças em casa na tela do computador. Músicas como O Brasil é o Crime, Hellvetia (com o solo de David Austin, do Nasty Savage), Mais Uma Vez e Casa de Nóia dão vontade de chutar o saco desses políticos corruptos que inundam a mente fraca dos brasileiros. E, para homenagear (com justiça!) o verdadeiro Metal Brazuka, a banda gravou Guerreiros do Metal, do Korzus, com direito ao solo do eterno membro fundador, Silvio Golfetti. Quem pôde conferir a apresentação da banda Tosco, ao lado do Faces of Death e Trendkill Inc.no Red Star Studios, no dia 22 de julho, sabem do potencial do Thrash Hardcore.

Faces of Death - Usurper of Souls

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Formada nos anos 90, em Pindamonhangaba/SP, a banda Faces of Death aposta num Thrash Metal agressivo e devastador, no melhor estilo Kreator e Sepultura. Na década de 90, lançou duas demos e pausou seu expediente em 1997. Após 20 anos, voltaram em 2017, lançaram EP e seu primeiro disco From Hell (2018). Em plena pandemia da Covid-19, o Faces lançou Usurper of Souls (2020). Com nove faixas sangrentas, o disco começa "homenageando" Charles Manson, com a faixa-título, que, inclusive, ela virou clipe. Outro que também foi "homenageado" foi João de Deus, com Monster Medium. Pelo jeito, Laurence Miranda fez muito bem reunir tudo o que há de podre na nossa sociedade. A capa, sob a Batuta do mestre @marcelovascoarts poderia ser hasteada em uma igreja evilgélica qualquer.

Sábado seco regado à Thrash Metal.

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Em um sábado mezzo frio e mezzo calor, o dia 22 de julho foi marcado pela realização da 1a edição do Festival Thrash Disconcert, organizado no Red Star Studios, na rua Teodoro Sampaio. Lá, estavam as bandas Trendkill Inc., Faces of Death e Tosco. No estúdio, havia um espaço ao ar livre, com direito a um bar e pra quem quiser fumar um cigarro. Quando o horário chegou, todos os presentes entraram no estúdio para ver o Trendkill Inc. Com a formação estabilizada por Diego Veras (v/g), Sandro Cézzar (bx/bv), Ivan Santos (g) e Alê Fontana (bt), a banda paulista faz um heavy/Thrash Metal fortemente influenciado por Metallica, especialmente os riffs e solos de guitarra. Eles estão divulgando o EP autointitulado, e mostraram novas músicas. Acabado o show da banda, era a hora de respirar ar puro, enquanto isso era a hora do massacre comer solto. Faces of Death cuspia sangue e ódio contra os assassinos e maníacos sexuais. Laurence Miranda e seus companheiros tocavam um Thr

Clipes: Janie's Got a Gun, do Aerosmith

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Hoje eu quero falar de clipes marcantes do Rock. Especialmente, um que se tornou meu favorito: Janie's Got a Gun, da banda Aerosmith. O clipe foi dirigido pelo cineasta David Fincher, que fez fama com Seven, Clube da Luta, A Rede Social e O Curioso Caso de Benjamin Burton. Mas, vamos aos anos 80, quando a banda estava aos frangalhos, devido ao uso incontrolável de drogas. O empresário resolveu dar um ultimato aos caras: "dêem um tempo, ou encarem os anos 90". Foi então que a banda juntou os cacos e foram para o estúdio, gravar o disco Pump, de 1989. Com músicas como Love in a Eletator, a banda fez as pazes com os fãs. Porém, teriam algo que fez ficarem mais conhecidos. Steven Tyler e Tom Hamilton compuseram Janie's Got a Gun, baseado no abuso sexual e incesto, temas bem polêmicos. Mas, o que marcou a carreira foi o clipe cinematográfico de Fincher. Com clima de suspense policial e filme noir, o clipe fala sobre abuso incestuoso do pai com sua filha. Por ca

Street Fighter - A Última Batalha

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Esse blog já falou de filmes que entraram para a história do Cinema. Vários clássicos que envelheceram bem, se tornando ícones. Mas, como em todo o ambiente, existe alguns filmes que NÃO perdoaram os que apreciam a sétima arte. Se eu pudesse, falaria de VÁRIOS e MUITAS bombas cinematográficas. Recentemente, na Globo, foi exibido, aos Sábados, o Street Fighter - A Última Batalha, de 1994. Pra quem gosta (como eu!) de videogame, a franquia se tornou a maior dos games de luta durante os anos 90. Porém, a Hollywood resolveu transformar o jogo em um filme. Gastou US$ 35 milhões e indicou o roteirista Steven E. De Souza (conhecido por escrever filmes de ação icônicos, como Duro de Matar, Comando para Matar, Um Tira da Pesada 3 e Os Flintstones) para assumir a direção. Embora essa era a sua primeira experiência como diretor. A Capcom investiu pesado e indicou o elenco, reunindo estrelas, como a cantora Kylie Minogue, Raul Julia e o astro Jean Cleaude Van Damme, além de coadjuvante

Trilhas Sonoras: Os Intocáveis (1987), de Ennio Morricone

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Para falar de mais uma trilha sonora, deixo um lembrete: não confunda o nome desse filme, com outro, chamado Intocáveis, de 2011, pois a temática é outra. Dito isso, vamos aos finalmente! Os Intocáveis, de 1987, foi dirigido por Brian De Palma, e baseado na clássica série dos anos 60. Estrelado por Kevin Costner, Sean Connery, Robert De Niro e Andy Garcia, o filme retrata a operação de prender o Al Capone, durante a Lei Seca, dos anos 30, em Chicago. Considerado um dos mais brilhantes filmes de gangster de todos os tempos, tem cenas icônicas, como a cena da escada, baseada no filme Encouraçado Potemkin, de 1925. Mas, o destaque mesmo, é a trilha sonora, composta (mais uma vez) pelo maestro Ennio Morricone. Com certeza, é um espetáculo à parte e compõe a atmosfera do submundo de Chicago. A música tema poderia ser de qualquer filme de suspense, e ajuda a dosar as emoções. A cavalgada dos paladinos em direção à ponte, na qual havia a operação ilegal, ganha peso épico em virtud

A História do Cinema Para Quem Tem Pressa

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Escrito pelo jornalista e crítico de cinema Celso Sabadin, o livro A História do Cinema Para Quem Tem Pressa conta, de forma rápida e objetiva, como a Sétima Arte surgiu. É claro que toda a glória de ter inventado ao mundo foi para os irmãos Lumière, mas, o livro revela, em detalhes, as primeiras invenções tecnologias, em pleno século XIX, inclusive sob a tutela de Thomas Alva Edison. Esse mesmo Edison causou, no início do século XX, ao criar um cartel, no qual queria patentear suas invenções cinematográficas. O livro fala, também, de pessoas que entraram na Vanguarda do cinema, ao criar diversas obras-primas, que entraram na história. Como sempre, a história do mundo, como guerras e crises globais, marcaram presença. Isso inspirou os diretores a fazerem filmes, relacionados à época. Houve inúmeras mudanças, como o cinema mudo para o falado, a ascensão dos grandes estúdios, a criação da TV, a contracultura, o cinema italiano, a Nouvelle Vague, a Nova Hollywood, entre outr

Invasão Mineira em Terra Bandeirante

Desde o último show que eu fui, em 29 de maio, na Virada Cultural, eu resolvi tirar um mês de folga de shows, tirando a Feira do Metal, no The Metal Bar e o documentário do Sergio Leone, no Espaço Itaú de Cinema. Agora, no dia 1o de Julho, fui, mais uma vez ao Sesc Belenzinho, para conferir o show da banda The Mist. Lá, estavam fazendo a passagem de som, enquanto várias famílias estavam comendo no horário de tarde. Com o ingresso comprado, eu só iria ver o show às 20h30. Mas, o Sesc permite que qualquer pessoa pudesse ver a passagem do som das bandas. É claro que, naquele momento, a banda tentava arrumar, mas a acústica não ajudava, causando falhas na microfonia. O vocalista Vladimir Korg, ao mesmo tempo, usava um inalador pra respirar (é, meus amigos, pra cantar desse jeito, tem que ter fôlego!). Inclusive, o abordei e me apresentei a ele. Pense num cara super gente boa e uma lenda do Metal Mineiro, já que ele foi (ou é ainda?) vocalista do Chakal. Tirei foto com ele, fazendo cara de

Chakal - Abominable Anno Domini

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A cena do Metal de Minas Gerais foi, é, é sempre será marcante para o Metal Brazuka. Isso graças às bandas que fizeram parte, como Overdose, Sepultura, Sarcófago, Holocausto, Mutilator, Sagrado Inferno e Chakal. Depois do cultuado Split do Sepultura e Overdose, de 1985, a Cogumelo lançou a famosa coletânea Warfare Noise, em 1986, com Sarcófago, Chakal, Mutilator e Holocausto. Um ano depois, essas quatro bandas lançaram seus discos completos que, mais tarde, virariam referências para o exterior. Especialmente o Abominable Anno Domini, do Chakal. Com uma arte, tirado do quadro The Triumph of Death, de Peter Bruegel, datado de 1562, o disco é uma ode ao som brutal e sangrento. Com nove faixas, Vladimir Korg (vocal), Wiz (bateria), Mark e Pepeu (guitarras) e Laranja (baixo) despejam Fúria e ódio. Faixas como May The Mankind Suffer, Terminal Brain, Children of The Cemetery e a clássica Jason Lives são trilhas para deixar qualquer coxinha podre e evilgélicos descabelando de medo.

Música Diablo - o disco de estreia

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Basta apenas um disco pra causar um barulho tremendo. E foi o que aconteceu com Musica Diablo, ao lançar seu disco autointitulado, em 2010. O projeto tem, como formação, o vocalista Derrick Green (Sepultura), os guitarristas André Alves (Nitrominds) e André Curci (ex-Threat), o baixista Ricardo Brigas (Blackning) e o baterista Edu Nicollini (Voodoopriest, Anthares, Nitrominds). O objetivo era fazer um Thrash Metal old school, na pegada do Exodus e Testament, com toques do Hardcore NY. Com 11 faixas, o som agrada (e muito) os fãs do estilo, especialmente para calar a boca dos "haters" do Derrick. O vocal continua agressivo e bem dosado, com o instrumental pra lá de técnico e entrosado. Porém, nem tudo foi alegria. Derrick saiu e o restante tentou arranjar um substituto. Musica Diablo encerrou em 2012. Recentemente, foi lançado o disco, em formato de vinil.

Trilhas Sonoras: Três Homens em Conflito, de Ennio Morricone

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Dando continuidade ao bloco de Trilhas sonoras, vou falar mais uma peça, composta pelo eterno Maestro Ennio Morricone, Três Homens em Conflito, ou conhecido como O Bom, O Mau e o Feio. Dirigido por Sergio Leone, é o último filme da trilogia dos Dólares, que tem os filmes Por Um Punhado de Dólares e Por Uns Dólares a Mais, ambos protagonizados por Clint Eastwood, sem falar que as Trilhas sonoras foram compostas pelo Ennio. O terceiro filme mostra a história de três tipos de pistoleiros, que disputam uma quantia de ouro confederado, enterrado em um cemitério. Considerado (na opinião deste que vos escreve!) como o maior filme de Western spaghetti de todos os tempos, Três Homens em Conflito é marcado pela sua música inicial, que abre o filme. O tema tem os sons dos coiotes, as guitarras e os metais fazendo coro. Morricone tinha uma sensibilidade peculiar, ao dar corpo as suas composições, intercaladas com as imagens. Outro destaque é a Sessão de Tortura, numa cena em que os so

Livro/Fatos de TV: O Homem do Sapato Branco

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Mais uma vez, vou fundir o post, dando dicas de livros com fatos de TV. O primeiro foi sobre a Excelsior. Agora, vou falar do Homem do Sapato Branco, escrito pelo jornalista Maurício Stycer. Como o título diz, é a biografia do apresentador e ex-politico Jacinto Figueira Jr., cujo seu pseudônimo ganhou projeção nacional, na década de 60, quando apresentou o seu programa, que leva seu apelido. Sem dúvida, ele foi o pioneiro do Mundo Cão, sendo que, nos anos 80, 90 até os dias de hoje, foi copiado por ilustres conhecidos da TV, como Ratinho, Datena, Alborghetti, Sikera Jr. e Luis Bacci. Mas, o que o Jacinto fez, nos anos 60, faz o caso Gugu-PCC comer poeira, perto disso. Casos policiais, brigas familiares, cirurgias ao vivo, visitas de pessoas exóticas, até mesmo casos "armados" pela produção. Sem falar que, quando foi deputado, fez a Assembleia Legislativa virar um albergue. Até mesmo fez uma campanha solidária de Natal, em que houve confusão até a chegada da políci

Sergio Leone - O Italiano que inventou a América

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Celebrando o trigésimo aniversário de sua morte, Sergio Leone é tema do documentário O Italiano que inventou a América, dirigido por Francesco Zippel, é exibido no dia de São João, na mostra 8¹/² Festival do Cinema Italiano. O intuito é celebrar a vida e obra do maior ícone do Western spaghetti, sendo que sua influência no cinema veio do seu pai, um importante cineasta do cinema mudo Italiano. Seu primeiro filme, O Colosso de Rodes, teve muita influência de Ben-Hur. Mas, foi na famosa trilogia dos Dólares e Era Uma Vez no Oeste, que Leone ganhou fama mundial, e fez escola. E foi nessa escola, que "alunos", como o Mestre Quentin Tarantino, Steven Spielberg, Martin Scorsese, Darren Aronofsky, Damien Chazelle, Dario Argento, falam da importância do diretor nas suas vidas cinematográficas. Outro que foi muito importante na vida de Leone foi o Maestro Ennio Morricone, seu eterno parceiro. Toda vez que começa o filme, aparece a trilha sonora para dar brilho. Atores como