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Mostrando postagens de novembro, 2021

Krisiun - Ageless Venomous

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Depois do mais que bem-sucedido (e clássico, diga-se de passagem!) Conquerous of Armageddon, o trio gaúcho Krisiun viu que o Death Metal, tanto aqui quanto lá fora, estava muito repetitivo e saturado. Vendo que não há opção, resolveram gravar, em São Paulo, o disco Ageless Venomous. Pra muitos fãs, aquilo era o fim da linha, por achar que, aquela brutalidade do disco anterior, estava acabado. Não se pode agradar todo mundo. O que os irmãos fizeram foram adicionar elementos para o seu som, que considero o seu South of Heaven do Krisiun. Faixas como Dawn of Flagelation, a faixa-título e Sepulcral Oath são exemplos de, como pode desacelerar o som, mas sem perder a brutalidade. A capa foi desenhada por Joe Petagno, conhecido por desenhar diversas capas para o Motorhead. Ageless Venomous fez muito sucesso, que conseguiu parar na lista dos 100 melhores discos de 2001, segundo a Rolling Stone. Depois disso, a jornada do trio de Ijui/RS continuou trilhando, para o infinito.

Franquia Mad Max

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Com uma franquia dessas, só poderia sair da mente fértil de George Miller. Mad Max se tornou sinônimo de filme pós-apocalíptico da década de 80, culminando em outras produções como Fuga de Nova York e O Exterminador do Futuro. O primeiro, rodado em 1979, é lançado no ano seguinte, custou 400 mil dólares. E faturou mais de 100 milhões. Foi a primeira produção australiana a fazer sucesso no Ocidente. Max Rockatansky (Mel Gibson) é um policial de elite que combate criminosos, entre eles uma gangue de motoqueiros, liderado por Toecutter (Huge Keays-Byrne). Max precisa proteger sua família do perigo. Com o sucesso do primeiro, George Miller fez Mad Max 2: A Caçada Continua. Nele, Max virou nomade das estradas, depois da morte da mulher e filho. E vaga em busca de combustível, até Então o bem mais precioso. Ele encontra uma comunidade que possui galões de petróleo e, ao mesmo tempo, uma gangue de mercenários. O filme teve um custo maior do que o primeiro (US$ 3,3 milhões) e lucr

Hellgarden - Making Noise, Living Fast

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Gravem bem o nome dessa banda: Hellgarden Isso mesmo. A banda veio de Botucatu para tocar o terror e o dedo na ferida, dessa sociedade capitalista e selvagem. Formada por Diego Pascuci (vocal), Caick Gabriel (guitarra), Guilherme Biondo (baixo) e Matheus Barreiros (bateria), Hellgarden pratica um Thrash/Groove Metal, fortemente influenciado pelo Pantera, Machine Head, Lamb of God, Down e Crowbar. Seu disco de estreia, Making Noise, Living Fast, é uma produção digna de trabalho ímpar, de dar inveja a qualquer produção gringa. Oito faixas bem compostas, que dá vontade de se descabelar todo. A banda se apresentou, recentemente, na capital Paulista, abrindo para o Krisiun. Ótimo começo, para quem estreou durante a pandemia.

São Paulo dá um chute no saco da Covid, com Show do Krisiun

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O dia 21 de novembro de 2021 entrou para a história do Metal Brazuka, com o retorno das apresentações de bandas nacionais, em tempos de pandemia. E uma delas é a gaúcha Krisiun , que estava encerrando a turnê do seu último disco, Scourge of The Enthroned. Com a abertura dos paulistas do Hellgarden, o domingo promete. Ao olhar em volta, vários headbangers estavam com ou sem máscara, e tomando cerveja na entrada. Foi só entrar, com ingresso na mão e o comprovante de vacinação na outra, é que entramos nas dependências do Carioca Club. O lugar estava dividido. A pista na frente estava livre, enquanto a de trás tinham mesas e cadeiras. O lugar dos merchandising das bandas estava disponível. Todas as camisas do Krisiun custavam 50 reais (se fosse uma banda gringa, o custo seria maior!). Mas, vamos ao show. As cortinas abriram e Hellgarden inicia o Massacre sonoro, para a alegria dos headbangers. A banda de Botucatu/SP, formada por Diego Pascuci (v), Caick Gabriel (g), Guilherme B

Krisiun - The Great Execution

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Em 2011, o mundo do Metal ficou chocado com o lançamento do Illud Divinum Insanus, do Morbid Angel. Totalmente diferente daquele som brutal, nos primórdios dos anos 90, a banda americana conseguiu ir, da fama à lama. Para poupar os fãs metálicos da vergonha alheia, os gaúchos do Krisiun lançaram The Great Execution, mantendo a sua receita de como se faz um Metal Brutal e violento, sem perder a técnica apurada. Considerado o mais épico da sua discografia, o disco tem faixas mais longas, hinos de batalha e uma arte gráfica totalmente à moda do Krisiun. Os irmãos de Ijui/RS chamaram o violonista Marcelo Caminha para acompanhar nos arranjos (inicialmente queriam o Yamandu Costa) e o João Gordo, que compôs Extinção Em Massa, um dos destaques do Disco, além da The Will to Potency (que virou clipe totalmente Tarantinesco) e Blood of Lions. Você tem dúvida sobre qual disco do Krisiun é o melhor? Recomendo ouvir TODOS!

Deicide - O álbum autointitulado

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Toda banda de Metal é polêmica, por extrema natureza. Desde que o Black Sabbath surgiu, o estilo foi associado ao mal. Várias encarnações fizeram seus papéis, em diversas modas e estratégias de chamar a atenção da mídia (especializada ou não!). Uma delas é a estadunidense Deicide. Formada nos anos 80, com a fusão das bandas Amon e Carnage, Glen Benton, Steve Ashein, e os irmãos Eric e Brian Hoffmann uniram suas amaldiçoadas forças e gravaram demos, no lendário Morrisound, com a produção do Scott Burns. Numa estratégia de conseguir um contrato com a gravadora (na época, a mais famosa!) Roadrunner, Benton encurralou Monte Conner e disse: "Assina com a gente, Cuzao!". Sem entender nada, Conner achou que o vocalista era mais um moleque que gastou grana no Morrisound à toa. Depois de ouvir uma das demos, o A&R da Roadrunner ofereceu um contrato com o Deicide e gravaram, no mesmo estúdio e com Scott na produção, o clássico disco Deicide, em 1990. Com uma capa sinist

A História Não Contada do Motorhead

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No mundo do Rock and Roll, não houve uma banda que fosse divisor de águas, como a inglesa Motorhead. Neste blog, já puxei o saco do seu mentor Lemmy Kilmister e sua trajetória de sucesso. Mas, depois de ler A História Não Contada do Motorhead, do escritor e jornalista Joel McIver, percebi o quanto eu (e todos vocês!) continuam admirando a banda, mesmo depois do seu fim, em 2015. O escritor foi super cuidadoso, ao relatar os altos e baixos da banda, os clássicos discos, as turnês, o sexo, Drogas e Rock and Roll, além de descer a borracha das gravadoras e empresários inescrupulosos, que existem hoje em dia, prejudicando o trabalho das bandas, que sonham com o lugar ao sol. Assim como nas biografias do Lemmy, o livro também fala das polêmicas dele, em relação à acusação de ser associado ao nazismo, que sempre negou. Sem falar que ele condena o uso de tecnologia e outras coisas cabeludas. Portanto, é por essas e outras, que eu tenho orgulho de estampar o símbolo do Motorhead no

Ratos de Porão - Anarkophobia

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Cada vez mais sujo e agressivo, o Ratos de Porão continuou sua ascensão (sem queda!), depois do disco Brasil, de 1989. Ao lado, mais uma vez, do produtor Harris Johns, a banda gravou, na Alemanha, o Anarkophobia. Diferente do Brasil, o disco seguinte é mais Thrash do que Punk/Hardcore. Mas, isso não quer dizer que eles se "venderam". Pelo contrário, Anarkophobia tem as músicas mais ácidas e provocativas, que o João Gordo já escreveu. Todo o disco, pela audição, tem ecos de Arise, do Sepultura. Com palhetadas de Exodus e Slayer. Com músicas, como Contando Os Mortos, Ascenção e Queda, Morte ao Rei, a faixa-título e Igreja Universal, dá pra notar que o Ratos não está de brincadeira. Pra não dizer que eles foram tachados de "traidores do Punk", tem a Sofrer, com aquele toque comercial. Tirando isso, o disco é fantástico.

Ratos de Porão - Brasil

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Falar desse clássico do Crossover tupiniquim, é falar que, mais de 30 anos depois que foi lançado, NADA mudou no Brasil. Entra governo, sai governo, e fica a mesma bosta de sempre. Em tempos de pandemia, veio junto a crise econômica, fazendo com que o povo vivesse em situação de rua, sem ter o que comer, por causa do aumento dos preços dos alimentos e combustíveis. Vamos falar de música, que é melhor. Gravado na Alemanha, com o auxílio do produtor Harris Johns, e lançado pela Roadrunner, Brasil é uma coleção de sons, que só o RDP sabe fazer. João Gordo é um fazedor de letras, enquanto o resto da banda faz a parte dela. Várias músicas ficaram para a história de nosso país, como Amazônia Nunca Mais, Farsa Nacionalista, Crianças Sem Futuro, Plano Furado II, Máquina Militar, Vida Animal e Herança. Sem falar que temos os hits idiotas AIDS, POP, Repressão e Beber Até Morrer. Essas músicas poderiam ter sido influenciadas por Notícias Populares e Aqui Agora. O mundo cão sob o olhar

Pavões Misteriosos

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Pra você entender como a música brasileira teve seu apogeu, basta ler esse livro Pavões Misteriosos, escrito pelo jornalista André Barcinski. No livro, fala sobre como uma legião de músicos resolveram sair das asas da Jovem Guarda e lançarem seus discos, que mudariam o curso, numa época em que o Brasil vivia numa Ditadura militar. De 1973 até 1983, foi passado a limpo as variadas épocas. De Rock a Disco, passando pelo brega e Pop comercial. Nada foi ignorado. O que posso dizer é que eu já fui influenciado por música brasileira, mas, ao ler esse livro, percebi o significado da palavra "indústria musical". Deu a entender que as gravadoras, produtores, rádios, TVs e músicos de apoio foram os "culpados" pela música brasileira ser conhecida o que é atualmente. Se fosse hoje, acho que não teria UM disco que se tornaria imperdível, para os dias de hoje. Por falar nisso, o autor resolveu fazer sua escolha, ao selecionar 50 discos importantes na linha de tempo ci

Maurício - A História Que Não Está no Gibi

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Eu já falei antes, mas não custa repetir. Desde que me entendo por gente, minha vida foi agraciada por Maurício de Sousa (que não é meu parente!). Os gibis da Turma da Mônica foram minha enciclopédia de uma infância feliz e sadia. Sempre que eu ficava triste, buscava conforto e paz nas revistas, que até hoje eu guardo com carinho. Maurício é um gênio das HQs brasileiras (agora percebi o porque de gostar de coisas do nosso país), por isso, ele escreveu sua autobiografia, com o subtítulo A História Que Não Está no Gibi. Ele conta sobre sua infância no interior Paulista, seu gosto por gibis, seis primeiros passos até a parte em que ele se tornou repórter policial, sua primeira tirinha no jornal, até virar um império milionário. De gibis até parques temáticos, para, mais tarde, ganhar filme (o livro foi lançado em 2017, naquela época o Laços estava em fase de produção!), o Maurício e sua turma da Mônica ganharam a simpatia do Brasil e do Mundo. Se tenho um agradecimento a fazer

Accept - Symphonic Terror

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Desde que o Rock é Rock, misturá-lo com música clássica é um tanto comum. Nós vimos bandas como Metallica, Deep Purple, Scorpions, Dimmu Borgir, Within Temptation, Nightwish, entre outras, que ousaram musicar suas obras. Outra, que também ajudou a unir erudito com o Heavy Metal é a alemã Accept. Podemos ouvir trechos de clássicos eruditos nas suas músicas, cortesia do guitarrista e fundador Wolf Hoffmann. Então, eis que a aclamada banda se apresentou no Wacken Open Air, em 2017, para registrar, em DVD/CD o Symphonic Terror. O show teve três partes. A primeira é a banda inteira tocando sons antigos e recentes, desde que voltou em 2010. Destaque para Restless And Wild, Pandemic e Final Journey, com o solo de A Manhã, de Peer Gynt, de Edward Greig. A segunda parte é o Hoffmann, com sua banda de apoio, e a orquestra tocando clássicos, como Simfonia no. 40, de Mozart, e Romeu e Julieta, de Beethoven. O guitarrista deu uma aula de bom gosto para os Headbangers. A terceira parte é

Cavalera Conspiracy - Blunt Force Trauma

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Quando a fase é boa, tem que seguir em frente. Foi isso que ocorreu na banda Cavalera Conspiracy, dos Cavalera brothers. Pra aqueles que reclamaram do primeiro disco, Infikted, por conta do virtuosismo do guitarrista Marc Rizzo, Max e Iggor resolvem fazer o seu Reign In Blood. Para o Baixo, chamaram Johnny Chow. Mantendo o Logan Mader como produtor, Blunt Force Trauma é 100% Thrash Metal e Hardcore. Algumas das faixas tem menos de 3 minutos, como Torture, Thrasher, Burn Waco, Warlord. Boas pra pogar como noiado de Noé. Tem Lynch Mob, com a participação do Roger Miret, do Agnostic Front. O disco é tão curto, que nem nota que estamos na sexta faixa. Os caras não estavam de brincadeira.

Cavalera Conspiracy - Infikted

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Agosto de 2006. Max Cavalera e seu Soulfly estavam homenageando Dana Wells, quando o seu irmão Iggor surgiu atrás da sua bateria e tocou, para a alegria eufórica dos fãs, Attitude e Roots Bloody Roots. Aquilo era um prenúncio do que iria por vir. Dois anos depois, os irmãos mineiros resolveram gravar, junto com Marc Rizzo e Joe Duplanter, o debut Infikted, da nova banda Cavalera Conspiracy, produzido por Logan Mader. O que se ouve é uma mistura de Thrash Metal, com aquele Hardcore desgracento, no melhor estilo Discharge. Pra aqueles que acham que Iggor se interessa em música eletrônica, ficaram espantados quando a primeira música, que dá o nome do disco, começa a explodir nos alto falantes. O bicho pega com várias faixas, como Sanctuary (que virou clipe), Hex, Terrorize, Bloodbrawl, Must Kill. As outras são temáticas, como Ultra-Violent (com o baixo do Rex Brown, do Pantera), baseada o filme Laranja Mecânica; Nevertrust, do filme Cidade de Deus e Heart of Darkness, do film