Esporro Público

O sábado do dia 27 de maio marcou o início da Virada Cultural da cidade de São Paulo. Várias atrações da música brasileira e da cultura marcaram presença em vários pontos da capital. Como eu moro no Butantã, resolvi conhecer a Casa da Cultura da região. E lá teve uma matinê, regada ao Punk rock Brazuka. Ao adentrar no recinto, encontrei pessoas de todas as idades, desde as crianças até os sessentões. O show começou às 17h00, quando os Garotos Podres abriram as cortinas, figuramente falando. Mao e seu companheiros estavam radiantes, pois o som estava tinindo. A banda tem mais de 40 anos dedicados ao Punk. Vários sons são um deleite contra os fascistas e os ditadores, especialmente a repressão policial e o antigo governo do Bolsonaro. Até mesmo o vocalista cantou seu hit maior, Papai Noel Velho Batuta, e terminou com Vou Fazer Cocô. Garotos Podres é diversão pura. Acabou o show e era hora de lubrificar com muitas doses de álcool, só pra quem pode beber (eu, especialmente, não posso, por

Com nove faixas de puro ódio e Fúria contra esses machos metidos a valentões, a Eskröta lançou Atenciosamente, Eskröta. Cada música tem menos de três minutos, com exceção da quarta faixa Fantasmas, que tem mais de três minutos e a derradeira Mosh Feminista, com menos de 1m30. Yasmin Amaral, Tamires Leopoldo e Jhon França evocaram os mais diabólicos para gravar esse disco. Destaque para o single Homem é Assim Mesmo, que seria dedicado aos caras metidos a machos, como Thiago Brennand e MC Guimê. Outra música, a Pertencer e Conquistar, tem os vocais de Milton Aguiar, das Bayside Kings e Mar Em Fúria. Uma bela homenagem à essas guerreiras do verdadeiro Metal Brazuka. Sorte que temos bandas como Eskröta, Nervosa, Crypta, Sinaya, Malvada, além das musas Mayara Puertas e Karina Menascé.

Divulgando seu mais recente disco, Atenciosamente, Eskröta, a própria banda de Rio Claro/SP fez seu show de lançamento, no Sesc Belenzinho, na capital paulista. Com certeza, houve boa parte do público, formado por mulheres, que acompanham a banda, desde o princípio. Quando soou o horário do show, Yasmin Amaral, Tamires Leopoldo e Jhon França subiram no palco para destilar o mais puro ódio antifascista e contra o machismo dominante. Várias músicas como Bife do Inferno, Grita, Tribuna Popular, Homem é Assim Mesmo e Playbosta fizeram a alegria dos headbangers. Yasmin perguntou pra plateia se gostam de filmes de terror. A resposta foi positiva. Tocaram Não Entrem em Pânico (com direito ao Ghostface, do filme homônimo) e The Exorcist. Outras musicas como Eticamente Questionável e Filha do Satanás viraram hinos para os fãs. É lógico que a banda chamou as mulheres da plateia para o Mosh Feminista. Até mesmo a vocalista do Torture Squad, Mayara Puertas, entrou na pancadaria. Realme

No sábado, dia 20 de maio, fiz duas coisas: a primeira fui ao psiquiatra e pegar as receitas de remédios que tomo. Depois disso, andei da Avenida Paulista até a rua João Passalaqua, rumo ao Teatro Mars, para ver o Mosh Metal Fest. Lá, só havia uma pessoa esperando as portas abrirem. Com o tempo, chegava várias pessoas, e só abriram às 16h00. Ao entrar, deparei com um local bem iluminado e tudo pronto para começar as apresentações. A primeira delas foi OCARADOMETAL, uma banda formada por influencuadores digitais, se autointotulando como "A Nova Promessa e Salvação do Metal Nacional". Ou seja, o Massacration da nova década. Com um som totalmente bem ensaiado, mas com letras de puro sarcasmo, a banda bem que tentou convencer a galera, mas o som não ajudou, principalmente a vocalista, que ficou ofuscada pelo seu líder, Ian Garbinato. Depois, veio o Vazio, banda de Black Metal. Essa foi a segunda vez que vejo a banda (a primeira foi no ano passado, no Kool Metal Fest). Com certeza

Quem foi criança e viveu os anos 90, sabe que a TV brasileira sempre foi sinônimo de premiar seus telespectadores. O mais conhecido sempre foi Silvio Santos e seu Baú da Felicidade. Outra empreitada foi criar a Tele-Sena, um título de capitalização que oferecia prêmios em dinheiro. Isso salvou o SBT em todos os momentos. Vendo esse fenômeno, a Globo resolveu atacar e tirar proveito, ao criar Papa-Tudo. Com o apoio do empresário Arthur Falk, dono da financiadora Interunion, o título global teve, como garota propaganda, a Xuxa, para atrair seu público infantil, convencendo os pais a comprarem as cartelas. É claro que Silvio Santos não gostou dessa façanha da concorrente. E, com isso, autoridades judiciais investigavam o golpe que isso ia dar. Há vários fatores a ser esclarecidos: Falk alega ter revelado Xuxa, que nega ter conhecimento sobre isso. A Globo, por sinal, tem culpa no cartório sobre o Papa-Tudo, ao colocar seus contratados, como Faustão, César Filho e Chico Anysio.

Lançado em 2006, o disco Primordial Domination, da banda Incantation, é nitroglicerina pura. O mais amaldiçoado fã do Death Metal vai se esbaldar com o que há de mais macabro. John McEntee (v/g) lidera a marcha triunfal do inferno, evocando os piores demônios encarnados, nas 8 faixas, sendo que ainda tem 1 instrumental. The Fallen Priest, Lead of Desilation, Hailed Babylon, Doctrines of Reproach e The Stench of Crucifixion são os destaques desse trabalho incrível e diabólico da banda, que contava com Kyle Severn (bt) e o falecido Joey "Fingers" Lombard (bx). Em 2013, para homenagear o baixista, McEntee relançou o disco, mantendo a mesma sonoridade, e com a capa, desenhada por Jack Wisniewski.

Realmente, um dos filmes mais tocantes e comoventes do Cinema. Meu Pai traz Anthony Hoppinks, em seu melhor papel, interpretando o também Anthony, um octogenário, que mora sozinho em Londres. Ele recusa a ajuda da sua filha, que se muda para Paris com seu noivo. Com o passar do tempo, Anthony piora sua saúde, e se questiona sobre sua vida, seus entes queridos e da sua memória (ele tem Alzheimer). Quem convive com pessoas idosas, sabe o quanto é difícil a pessoa regredir na sua saúde. E Hoppinks fez muito bem ao dar vida à seu personagem. Com isso, em 2021, um ano de pandemia global da Covid-19, a Academia do Oscar deu duas estatuetas ao Meu Pai: Roteiro Adaptado e Melhor Ator à Hoppinks, seu segundo em sua carreira. Se você assistiu e NÃO chorou, você deve ter problemas!

Em março de 1979, José Carlos Martinez estreou seu canal de TV, a TV Tropical, de Londrina (PR). No ano seguinte, a TV Tupi acaba e a família Stresser vende a TV Paraná aos Martinez. Com isso, se torna a Rede OM (Organizações Martinez), se afiliando à Rede Bandeirantes. Com uma programação voltada ao jornalismo e esportes, a emissora se destaca pelo conteúdo local. Em 1991, saem da Band e se afiliam à Rede Record. Mas, os Martinez queria mais. Entraram em contato com a Embratel para que a Rede OM virasse uma rede nacional, se tornando a primeira rede de televisão fora do eixo Rio-São Paulo, transmitindo em via satélite e fechando contrato com a TV Gazeta, de São Paulo. Eles também compraram a TV Corcovado, do Rio de Janeiro. Programas ficaram conhecidos, como Mulheres, Cadeia, Gazeta Esportiva, Mesa Redonda, até mesmo Galvão Bueno dirigia o núcleo esportivo e narrava jogos, como a Libertadores da América. Com isso, a emissora ficava em quarto lugar no ibope, atrás da Globo,

Parece incrível que uma banda tenha muita fome de fazer boa música da mais absoluta qualidade, como a The Troops of Doom. E, dessa vez, eles fizeram tudo ao pé da letra, quando lançaram essa semana o EP Prelude to Blasphemy. Pelo jeito, Jairo Guedz, Marcelo Vasco, Alex Kaffer e Alexandre Oliveira estavam muito inspirados e deram de presente para seus fãs duas porradas sonoras e demoníacas. 1666 e God's Orphanage são novos hinos anti-religião, de fazer o mais radical fanático religioso se descabelar todo. Desse jeito, vão virar a cabeça dos fãs nos shows. E, para completar, a banda disponibilizou no mesmo disco os dois primeiros EPs The Rise of Heresy e The Absence of Light (que já comentei anteriormente). Neles, temos as quatro músicas do Sepultura antigo, Bestial Devastation, Morbid Visions, Troops of Doom e Antichrist. Para quem ficou espantado com o anúncio dos irmãos Cavalera sobre as regravações dos dois primeiros discos de sua ex-banda, o Metal tem muito a ganhar.

Lançado em 2019, o disco Where Teasures Are Nothing, da banda paulista Kryour é todo conceitual, baseado nos fatos do nascimento até a morte e aborda os valores humanos. Segundo o líder Gustavo Iandoli, “O repertório deste primeiro álbum do Kryour se forma em uma história de vida e retrata valores humanos sob a ótica da ansiedade e da depressão”. Ainda falando sobre o conceito, ele relata: “Acredito que entrega e paixão o define, pois esperamos muito por esse momento e demos tudo na produção. As gravações foram bem detalhadas e deixamos com que as algumas ideias aparecessem dentro do estúdio. Assim, tudo foi fluindo da melhor maneira” Além do Iandoli, o time é composto por Gustavo Muniz no baixo, Matheus Carrilho na bateria e Wesley Peira na guitarra, que deu lugar ao Gustavo Oliiveira.  Então, podemos nos identificar com o que foi retratado no álbum. Recomendado para fãs do Opeth, Gojira, Children of Bodom, At The Gates, Machine Head e Meshuggah. O disco conta com o cover

A Avenida Paulista, maior centro financeiro da América Latina, virou presença obrigatória para a população fazer sua programação de lazer e cultura. Adentrando ao local, vemos várias manifestações artísticas de todas as vertentes. Principalmente o Rock. Na altura do McDonald's no. 1000, vemos uma apresentação de músicos de todas as faixas etárias, tocando Clássicos do Rock. Essa parte foi organizada pela School of Rock. E teve a participação da guitarrista Bruna Tsuruda, da banda Malvada. E esse dia teve as atrações que fizeram seus respectivos shows: Fúria Inc., Command6 e Valvera. Ambos os músicos apareceram para se equiparem. E montarem suas mesas de merchandising. A primeira banda a abrir o espetáculo foi a Fúria Inc. Pelo jeito, os caras estavam muito inspirados, entrosados e com a faca nos dentes. O repertório foi baseado nos dois discos e do single Reborn, que marcou a estreia da atual formação, que conta com os irmãos Romão (o guitarrista Gustavo e o baterista N

Depois de enfrentar uma quarentena, que durou 3 anos, e compondo material inédito, a banda de Death Metal melódico Kryour retorna aos palcos, somente para divulgar seu disco Where Teasures Are Nothing, de 2019. O show foi na School of Rock, que fica em Pinheiros, na capital paulista. Ao adentrar no recinto, vi que os roadies estavam passando o som, enquanto que a banda não chega. Presenciei a chegada de amigos e familiares para ver o Kryour. Os portões foram abertos às 20h00, e chegavam muitos fãs de todas as idades para ver a banda em ação. Quando chegou às 21h00, as luzes se apagaram. Eis que Gustavo Iandoli (vocal/guitarra e piano), Matheus Carrillo (bateria), Gustavo Muniz (baixo) e o novato Gustavo Oliveira (guitarra) entram no palco, ovacionados. O set todo foi baseado no disco citado, e também tocaram o single novo Colorful, que virou clipe. A banda despejou técnica e brutalidade, Guba fez um solo hipnótico, Matt destruiu a bateria impiedosamente. Já o líder Gus Iand

Não é nenhuma novidade que a Obra do Chespirito se tornou icônica, tanto no Brasil e no Mundo. Eu, por exemplo, nasci no mesmo ano que o Chaves estreou na TV brasileira, em 1984, no SBT. De lá para cá, o Chaves e o Chapolin conquistaram audiência e inúmeras gerações. Até mesmo os atores (vivos) vieram ao Brasil e perceberam a força do nome CHAVES. Em 31 de agosto de 2020, o mundo recebeu a notícia do fim do Chaves. Foram anos de especulações e possíveis notícias. Agora, em 2023, o SBT exibiu chamadas anunciando a volta do seriado. Mas, será que o Mundo precisa do Chaves? Eu quero deixar o lado fã, para ser realista. Como fã, eu quero a volta do Chaves. Porém, na minha opinião, eu acho que não deveria exibir. Calma! Eu chego lá. Vamos encarar a realidade, por favor! No começo de 2010, o Chaves e Chapolin foram exibidos nos canais fechados (Cartões Network, Boomerang, TBS e Multishow). Porém, com o passar dos anos, a audiência vêm caindo e o interesse do público reduziu. E, p

Esqueça tudo o que sabe sobre Faroeste. Esqueça a Trilogia dos Dólares e Era Uma Vez no Oeste. Esqueça os filmes de Sergio Corbucci. Esqueça até Django Livre e Os Oito Odiados, de Quentin Tarantino. O Velho Oeste tem o seu herói: Papaco. E o melhor de tudo: é Brazuka! Sim, o cinema brasileiro criou (na cara de pau!) o filme mais icônico do Faroeste: Um Pistoleiro Chamado Papaco. Interpretado pelo célebre ator das câmera escondidas do Sílvio Santos e o porteiro Firmino da novela infantil Carrossel, Fernando Benini, Papaco faz o Django de Franco Nero ser um Lorde Inglês perto dele. Carregando um misterioso Caixão, Papaco enfrenta bandidos perigosos, sempre num toque peculiar. Sem contar que pega várias mulheres. Graças ao YouTube, Papaco virou meme com suas famosas frases de efeito, de fazer Arnold Schwarzenegger morrer de inveja.