Postagens

Mostrando postagens de junho, 2023

Livro/Fatos de TV: O Homem do Sapato Branco

Imagem
Mais uma vez, vou fundir o post, dando dicas de livros com fatos de TV. O primeiro foi sobre a Excelsior. Agora, vou falar do Homem do Sapato Branco, escrito pelo jornalista Maurício Stycer. Como o título diz, é a biografia do apresentador e ex-politico Jacinto Figueira Jr., cujo seu pseudônimo ganhou projeção nacional, na década de 60, quando apresentou o seu programa, que leva seu apelido. Sem dúvida, ele foi o pioneiro do Mundo Cão, sendo que, nos anos 80, 90 até os dias de hoje, foi copiado por ilustres conhecidos da TV, como Ratinho, Datena, Alborghetti, Sikera Jr. e Luis Bacci. Mas, o que o Jacinto fez, nos anos 60, faz o caso Gugu-PCC comer poeira, perto disso. Casos policiais, brigas familiares, cirurgias ao vivo, visitas de pessoas exóticas, até mesmo casos "armados" pela produção. Sem falar que, quando foi deputado, fez a Assembleia Legislativa virar um albergue. Até mesmo fez uma campanha solidária de Natal, em que houve confusão até a chegada da políci

Sergio Leone - O Italiano que inventou a América

Imagem
Celebrando o trigésimo aniversário de sua morte, Sergio Leone é tema do documentário O Italiano que inventou a América, dirigido por Francesco Zippel, é exibido no dia de São João, na mostra 8¹/² Festival do Cinema Italiano. O intuito é celebrar a vida e obra do maior ícone do Western spaghetti, sendo que sua influência no cinema veio do seu pai, um importante cineasta do cinema mudo Italiano. Seu primeiro filme, O Colosso de Rodes, teve muita influência de Ben-Hur. Mas, foi na famosa trilogia dos Dólares e Era Uma Vez no Oeste, que Leone ganhou fama mundial, e fez escola. E foi nessa escola, que "alunos", como o Mestre Quentin Tarantino, Steven Spielberg, Martin Scorsese, Darren Aronofsky, Damien Chazelle, Dario Argento, falam da importância do diretor nas suas vidas cinematográficas. Outro que foi muito importante na vida de Leone foi o Maestro Ennio Morricone, seu eterno parceiro. Toda vez que começa o filme, aparece a trilha sonora para dar brilho. Atores como

Trilhas Sonoras: Era Uma Vez na América, de Ennio Morricone

Imagem
Era Uma Vez na América foi o último filme da carreira de Sergio Leone, com o elenco formado por Robert De Niro, James Woods, Joe Pesci e Elizabeth McGovern. Com quase 4 horas, o filme é de uma beleza monumental, ambientada na Nova York, dos anos 30, durante a Lei Seca. Mas, só foi completa, com a trilha sonora, composta por seu colaborador Ennio Morricone. Algumas das partituras foram tocadas no set enquanto filmavam. Deborah's Theme foi escrito por outro filme dos anos 70, porém foi rejeitado. Morricone mostrou-a para Leone, que acabou incluindo-a. É notável também a colaboração de Gheorghe Zamfir, que toca uma flauta, que foi usada no filme Picnic na Montanha Misteriosa, de Peter Weir. Outras músicas foram usadas para o filme, como Amapola e Yesterday, dos Beatles. Apesar de ser marcante, a trilha sonora teve um gosto amargo. Durante o Oscar, na categoria de Melhor Trilha sonora, o nome de Morricone foi cortado nos créditos iniciais, por acidente, para tornar a duraçã

Dream Widow - EP de estreia

Imagem
Lançado no dia 25 de março de 2022, para divulgar seu filme Terror no Estúdio 666, o EP Dream Widow é mais uma empreitada de Dave Grohl, líder do Foo Fighters. Como havia dito, em posts anteriores, Dave lançou, em 2004, o Probot, com a participação de lendas do Metal mundial. Agora, ele resolveu encarnar o mais maldito dos demônios para gravar esse registro. Dave relatou que, quando gravava as cenas, ele entra num Porão e encontra uma demo de 25 anos atrás de uma banda chamada Dream Widow. Reparem que Dave gravou tudo nesse disco, sem contar com a colaboração dos outros integrantes do Foo Fighters. Com oito faixas, o disco é uma mistura de Thrash Metal, Stoner e Black Metal, com doses de Corrosion of Conformity, Kyuss e Trouble. Destaques para Come All Ye Unfaithfull, Angel With Severed Wings, The Sweet Abyss, Lacrimus Dei Ebrius e a March of The Insane. Pelo jeito, Dave bem que poderia reproduzir essas músicas em um show qualquer, pois são excelentes.

Trilhas Sonoras: Os Oito Odiados, de Ennio Morricone

Imagem
O oitavo filme do mestre Quentin Tarantino, Os Oito Odiados, é um dos filmes mais controversos e violentos do cinema atual. As interpretações de Samuel L. Jackson, Kurt Russel e Jennifer Jason Leigh são de abrilhantar os calidos fãs do cineasta. Mas, quem rouba mesmo a cena é a trilha sonora, composta pelo maestro Ennio Morricone, que sugeriu para Quentin essa trilha para o filme. A começar pela introdução L'Ultima Diligenza Di Red Rock, que é fantasmagórica, com um tom sombrio e misterioso. Poderia cair muito bem em qualquer filme de Kubrick. A trilha mostra, com o passar das cenas os perfis psicológicos dos personagens. L'Ultima Diligenza tem, no total, 25 minutos, mas, para o filme, foi reduzido a 7:30. Em contrapartida, temos algumas músicas de outros artistas, como Apple Blossom, de White Stripes, Jim Jones At Botany Bay (música folk tradicional australiana), Now You'ŕe All Alone, de David Hess, e There Won't Be Many Coming Home, de Roy Orbison. Morrico

Testament - Brotherhood of The Snake

Imagem
Depois de desfrutar os louros do seu antecessor Dark Roots of Earth, o Testament resolveu aderir a máxima "Em time que está ganhando, não se mexe". Aliás, nem mesmo a saída do Baixista Greg Christian abalou as estruturas da banda. Pelo contrário, chamaram, ninguém menos, o baixista Steve Di Giorgio para ocupar o cargo. Vale lembrar que ele já gravou com a banda o clássico The Gathering, de 1999, sem falar que ele já esteve em diversas formações do Testament. Além do Steve, estão Chuck Billy, Eric Peterson, Alex Skolnick e Gene Hoglan para completar a bagaça. Reuniram com Andy Sneap e Juan Urteaga para gravar Brotherhood of The Snake. A começar pela faixa-título, que é uma cacetada nas fuças. Com certeza, aquele arroz com feijão do Thrash Metal permanece intacto. Embora tem aquele "mais do mesmo", o disco não decepciona. Destaques também para The Pale King, Born in a Rut, Centuries of Suffering e a saideira The Number Game. A capa, desenhada por Eliran Ka

Trilhas Sonoras: Era Uma Vez no Oeste, de Ennio Morricone

Imagem
Dando continuidade à trilhas sonoras, mais uma vez, vou comentar a maior obra do Maestro Ennio Morricone, Era Uma Vez no Oeste. Com esse filme, Sergio Leone originou a Trilogia Era Uma Vez, seguindo com Quando Explode a Vingança e, terminando, com Era Uma Vez na América. Todos esses filmes tiveram a contribuição do Morricone, inclusive ele era parceiro ilustre de Leone. O papel desempenhado por uma trilha sonora no contexto da realização cinematográfica é uma somatória do som, da música e dos planos, todos devem ter uma convivência harmoniosa para que nenhuma delas roube o mérito da outra. Essa, seguramente, foi a preocupação de Morricone ao conceber a trilha de Era Uma Vez no Oeste. Os instantes iniciais do filme são todos no sentido de valorizar o som, tirando o máximo de cada material sonoro. A música do Harmônica, tirado do personagem do Charles Bronson, tinha vida própria. Porém, a música que leva o título do filme é de uma beleza monumental, amparada pela soprano Edda

Trilhas sonoras: Cinema Paradiso, de Ennio Morricone

Imagem
Atendendo a pedidos, o Esporro Público dará espaço à seção de Trilhas sonoras. E começaremos com uma das mais marcantes de todos os tempos: Cinema Paradiso, composta pelo maestro Ennio Morricone. Quem assistiu a esse filme, sabe o quanto ficaram emocionados com a linda história do Totó e Alfredo, uma amizade duradoura, regada a cinema. Uma declaração de amor à sétima arte. Mas, o personagem, digamos, que roubou a cena, foi a trilha sonora de Morricone. Vários temas, no decorrer do filme, embalaram corações. O tema principal do filme revela poesia e encantamento e tem a capacidade para nos transportarmos para um mundo mágico permeado por cenas das mais antológicas produções cinematográficas de todos os tempos. Uma delas é a cena final, em que Totó, já crescido, assistia à montagem que havia sido feita, pelo Alfredo, dos recortes de filmes antigos. Morricone afirmou em diversas entrevistas que aceitou compor a trilha do filme por ter a absoluta convicção de que se tratava de

Fatos de TV: o advento das TVs piratas no Brasil

Imagem
Para se ter um canal de TV no Brasil, basta solicitar uma concessão pública, com o aval do Presidente da República, certo? Errado! Não no final dos anos 80. Esse blog já falou de diversos canais oficiais de televisão que foram extintos, seja por não-pagamento de salários e dívidas trabalhistas e financeiras, seja por não renovarem as suas concessões.  Falamos da Tupi, Excelsior, TV Rio, TVJB, TV Paulista, Rede Manchete, TV Jovem Pan e OM, que fizeram parte da história da TV Brasileira. Cada uma dessas emissoras se tornaram, mais tarde, Redes de televisão, como SBT, Rede TV!, CNT, Rede Record e Globo. Porém, os antigos canais que não foram renovados, foram cancelados pelos agentes da DENTEL, por ordem do Ministério das Comunicações, até o final dos anos 80. E quem iria desafiar o monopólio? Foi então que surgiram as TVs piratas, principalmente no eixo Rio-São Paulo. As primeiras foram a TVento, do RJ, e a TV Cubo, de SP. Com o foco anárquico, essas "TVs" desafiaram

Fatos de TV: O Povo na TV - Onde o Povo teve vez e voz

Imagem
Considerado um dos programas mais polêmicos e marcantes da TV Brasileira, O Povo na TV estreou em 1980, na TVS Rio de Janeiro, e em rede nacional, um ano depois, no dia 19 de Agosto, dia da inauguração do SBT. O embrião foi o extinto Aqui e Agora, da Tupi (que, por sinal, o SBT usou o nome para criar o jornal nos anos 90). Com o fim da Tupi, e a Criação do SBT, parte da equipe do Aqui e Agora criaram O Povo na TV. Com um time pra lá de inusitado, como Sergio Mallandro, Mara Maravilha, Cristina Rocha, Wagner Montes, Roberto Jefferson (sim! Podem acreditar!) e Wilton Franco, o programa tinha como o Povo sua principal atração. Com os moldes do Homem do Sapato Branco, o programa mostrava casos surreais e brigas físicas, sem falar das denúncias de defesa ao consumidor. Agora sabemos onde o Ratinho, Alborghetti e Márcia Goldsmith arrumavam pautas para os casos. A audiência era pau a pau contra a Globo.  Porém, em dezembro de 1982, um caso chocou o país, quando uma mãe levou ao pr