Fatos de TV: o advento das TVs piratas no Brasil
Para se ter um canal de TV no Brasil, basta solicitar uma concessão pública, com o aval do Presidente da República, certo? Errado! Não no final dos anos 80.
Esse blog já falou de diversos canais oficiais de televisão que foram extintos, seja por não-pagamento de salários e dívidas trabalhistas e financeiras, seja por não renovarem as suas concessões.
Falamos da Tupi, Excelsior, TV Rio, TVJB, TV Paulista, Rede Manchete, TV Jovem Pan e OM, que fizeram parte da história da TV Brasileira. Cada uma dessas emissoras se tornaram, mais tarde, Redes de televisão, como SBT, Rede TV!, CNT, Rede Record e Globo.
Porém, os antigos canais que não foram renovados, foram cancelados pelos agentes da DENTEL, por ordem do Ministério das Comunicações, até o final dos anos 80.
E quem iria desafiar o monopólio? Foi então que surgiram as TVs piratas, principalmente no eixo Rio-São Paulo. As primeiras foram a TVento, do RJ, e a TV Cubo, de SP. Com o foco anárquico, essas "TVs" desafiaram o sistema, principalmente a Globo.
Mas, a mais famosa foi, sem sombra de dúvida, a 3 Antenna, dissidente da TVento. Totalmente fora dos padrões de qualidade, e com extremo gosto duvidoso, a "emissora" mostrava que era hardcore na veia.
Em uma das "atrações", mostrou o Roberto Marinho "ensinando" como se monta um canal de TV em casa. A programação era grotesca, com imagens pra lá de escatológicas, mostrava imagens de horário político, populares na rua, até que um dia...
Enquanto uma galera assistia a 3 Antenna, a Polícia Federal botou todo mundo em cana. Em sua última transmissão, mostrou o Saddam Hussein.
3 Antenna, mesmo com toda essa polêmica, ganhou o prêmio de melhor documentário, segundo o Júri Popular, no 8o Festival Vídeo Brasil.
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