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Mostrando postagens de agosto, 2021

Chorão - Marginal Alado

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Ídolos não são Deuses indestrutíveis. São seres humanos, tem forças, mas tem suas fraquezas. E o preço da fama é alto demais para todos. Às vezes, trágico e cruel. Foi o que aconteceu com Chorão. Considero ele o Axl Rose do Rock Brasileiro. Com sua pose de Durão, ele fala e canta verdades com seu Charlie Brown Jr. Ao lado de Champignion, Marcão e Pelado, a banda tomou conta do rock brazuka e popular  com direito a passos de skate do vocalista. Esse é um dos focos do documentário Chorão: Marginal Alado, do diretor Felipe Novais, com várias imagens de arquivo e entrevistas de quem conviveu com o cantor. Rick Bonadio, Champignion, Marcão, João Gordo, além da sua mulher e filho, falam como é a vida do Chorão e CBJR dentro e fora dos palcos. Mas, também tem o lado sombrio, dos últimos anos dele, até seu fim trágico, em 2013 (que também levou seu parceiro Champignion, seis meses depois). Hoje em dia, não tem mais Rock Brasileiro nas paradas de sucesso, num ambiente tomado por Fun

Lemmy - A Febre da Linha Branca

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"Essas coisas de vírus vão continuar se fortalecendo porque a cada cinco anos surge uma cepa nova com a qual ninguém tinha contado, e um dia um desses vírus vai matar metade do planeta". Essa frase poderia ser de um estudioso de ciência medicinal, mas quem falou (e escreveu) foi, ninguém menos do que, Lemmy Kilmister, em 2002. Podem falar o que quiserem. Eu já falei sobre ele um monte de vezes. Ícone do Rock, nazista, comedor, bêbado... Eu prefiro chamá-lo de Profeta. Toda sua história, ele mesmo escreveu, em 2002, na sua autobiografia, intitulada A Febre da Linha Branca, ao lado da jornalista Janiss Garza, publicado aqui pela Belas Letras. Com prefácio do Lars Ulrich, o livro mostra a vida do ícone, desde seu nascimento  na véspera de Natal, em 1945, seu primeiro contato com o Rock, quando foi roadie do Jimi Hendrix, sua entrada no Hawkwind, até a criação do Motorhead. Ele mostrou que não tem papas na língua, ao condenar a indústria musical, seus excessos, suas m

Tempos bons de Virada Cultural

Houve uma época, em que a cidade de São Paulo fazia, todos os anos, a Virada Cultural. Com certeza, o paulistano tinha, por opção, escolher o que fazer, durante 24 horas de eventos culturais. Se, hoje em dia, tanto por causa da pandemia, ou por má administração, não temos mais s Virada, temos que nos contentar com lives meia-boca. Em 2010, resolvi desafiar as leis da minha família (enlutada pela morte da minha mãe, em 2009) e fui ao Centro da cidade conferir um dos eventos. Como estavam fazendo um festival de Rock, fui conferir. Apesar de perder uma das primeiras atrações, que foi a banda formada por membros do Mothers of Invention, de Frank Zappa, assisti a apresentação da Patrulha do Espaço. A banda estava muito afiada, principalmente o Rolando Castello Junior, baterista e fundador da banda, uma lenda viva do Rock pesado brasileiro, ao tocar com Made In Brazil e ter na Patrulha o ex-Mutante Arnaldo Baptista. No show, teve vários vocalistas revezando nas músicas, sendo que o então sau

Zé do Caixão - Maldito

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"Você! Você! E todos vocês!" É com essa icônica frase que introduzo sobre esse livro de um dos maiores (e injustiçados) nomes do cinema brazuka: José Mojica Marins. Ou melhor, Zé do Caixão (Coffin Joe, no Exterior), lançado pela Darkside Books e escrito por André Barcinski e Ivan Finotti, em 1998. Pra quem conhece o Zé nos programas de TV, não sabem que ele viveu aos trancos e barrancos, desde sua sofrível infância em São Paulo, quando conheceu o cinema e o terror. Foi então que ele, com toda sua criatividade, criou diversos filmes, que se tornaram obras maiores, como A Meia-Noite Levarei Sua Alma e Esta Noite Eu Encarnarei no teu Cadáver. Embora ele ficasse conhecido, sua vida, tanto financeira e pessoal, não estava muito bem. Vivia sempre pulando a cerca, bebendo muito, passando por perrengues, chegando ao cúmulo de se candidatar à política. A Censura vivia pegando no seu pé. Seus filmes que dirigia (no livro, tem uma filmografia de todas as produções do Mojica)

Pat Garrett & Billy The Kid

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O velho oeste sempre teve seus heróis e vilões, seja no cinema ou na história americana. E quem fez questão de contar o que aconteceu foi o mais maldito diretor de Hollywood: Sam Peckinpah. Louco como sempre, ele realizou Pat Garrett & Billy The Kid. Antes, esses senhores eram amigos e foras-da-lei. Mas, o tempo mudou, e Pat virou xerife eleito. E sua missão é prender Billy, que continua tocando o terror. O xerife tem que deixar o lado amigável para cumprir a lei, mas não será fácil. Peckinpah reuniu um elenco de estrelas amaldiçoadas, como James Corburn, Kris Kristoffersson (que, além de ator, também é cantor de folk. Suas músicas embalaram o diretor.), Jason Robards e Bob Dylan, que compôs a trilha sonora deste filme. Bem mais dramático que Meu Ódio Será Sua Herança, Pat Garrett & Billy The Kid foi um Faroeste digno de nota, na carreira do Sam Peckinpah.