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Mostrando postagens de outubro, 2023

Um momento de reflexão sobre a TV de hoje, segundo Guilherme Arantes

"Me perguntam porque evito fazer televisão. É que tenho percebido que minha imagem pode trazer danos à audiência. E que a "audiência" da TV pode trazer danos para mim.  Sei que a TV foi maravilhosa para nossas gerações, especialmente a minha. Tenho total reconhecimento. Amo a TV. Amei existir e fazer parte dela. Mas era outra TV. Outro jeito de se fazer.  A gente cantava, e pronto. Não tinham os componentes e as fórmulas que vingaram nos tempos atuais. Ficou bem complicado agora, com interatividade e o voyerismo invasivo, científico, dos talk-shows... E sei que os programas das TVs vivem na corda-bamba, lutando desesperadamente por audiência. Muito da TV hoje, se constróis em função do que vem e do que causa nas Redes Sociais. E isso é Orwelliano, diabólico.  Não quero constanger o público, também, já que hoje em dia as pessoas são todas muito bonitas nas redes sociais, nas mídias. Esta é a época de Ouro da humanidade, em que os seres humanos são todos simplesmente mar

Assassinos da Lua das Flores

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Há exatos quatro anos, Martin Scorsese deu uma declaração polêmica, ao ser questionado sobre o que acha dos filmes de super-heróis. Ele disse que não passam de "parques de diversões". É claro que o público geek não tolerou a crítica do célebre cineasta, chamando-o de "velho" e "ultrapassado". Porém, o que precisam saber é que CINEMA não é só fantasia e, principalmente, efeitos especiais de encher os olhos d'água. CINEMA tem que ter história de verdade. E foi esse conceito de CINEMA que o Scorsese seguiu, quando criou Assassinos da Lua das Flores, que estreou essa semana. No início do Século XX, a tribo Osage descobriu petróleo em suas terras. No entanto, Ernest (Leonardo Di Caprio) regressa à América, após a Primeira Guerra, e se instala no rancho do seu tio Bill King Hale (Robert De Niro). O velho recomenda à seu sobrinho que se encarrega de ser motorista para os índios. Ernest conhece Mollie (Lily Gladstone), que se apaixona e, mais tarde

É dia do Rock radiar, bebê!

Foi realizado a 9ª edição do Rockfun Fest, dessa vez, no Centro Esportivo Tietê, na zona norte de São Paulo. Como sempre, foi um evento gratuito, mesmo assim, com uma doação de 1 kg de alimento não perecível, para garantir a entrada. Ao adentrar ao gramado, vi dois palcos, o Legends e o Rockfun. Ao chegar às 12h00, a primeira atração marcou, com ferro, o início do massacre.  Liderado pelo chef de cozinha (ex-jurado do MasterChef) Henrique Fogaça, o Oitão cuspiu fogo e sangue nos olhos, com seu Hardcore brutal. A banda lançou, recentemente, seu clipe Borderless (com participação do Brujeria), disponível no YouTube. Pelo jeito, o público dançou conforme a música, e fez rodas, no meio do calor do meio do dia.  Os convidados foram o vocalista Mauro Punk, do Sigred Ingrid, que cantou Refuse/Resist, do Sepultura, e outra pessoa, o sócio do Cão Veio também marcou presença. Destaque para o baterista Rodrigo Oliveira (também batera do Korzus), que desceu o braço, sem dó nem piedade. Após o inte

Nervosa - Jailbreak

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Desde que criou a Nervosa, em 2010, Prika Amaral sempre manteve intacta sua pegada e Fúria ao tocar seus riffs. De lá pra cá, muita coisa mudou. Começo meteórico, lançamentos, turnês pela Brasil e o Mundo, reconhecimento da mídia metálica e dos fãs, sem falar que também quem não gosta da banda, mas, para a guitarrista, ela dá um chute no saco dos machistas de plantão. Porém, veio 2020, a pandemia e o baque da separação, no qual foi superado com Perpetual Chaos (2021), que deu nova vida à Nervosa. Somente algo virou rotina: as mudanças de formação. Prika não se abateu e resolveu botar ordem na casa, ao chamar Helena Kotina na guitarra, Hel Pyre no baixo, e Michaela Naydenova na bateria. E uma novidade: Prika assumiu o vocal, que veio em boa hora. Com o time completo, gravaram Jailbreak, e foi aí que a loira despertou a leoa dentro dela. Seu vocal ficou furioso. Já as guitarras, Prika e Helena despejam técnica e brutalidade. Músicas como Endless Ambition, Seed of Death, Eleme

Guerrilha - A Trajetória da Dorsal Atlântica

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O Metal brasileiro têm sido tema de muitos documentários Brasil afora. Nomes como Korzus, Sepultura, Andre Matos, Vulcano, Ratos de Porão, Brasil Heavy Metal, a loja Woodstock, e a não-oficial da loja Cogumelo Discos, são exemplos claros de como o movimento era (e continua sendo) marcante para todos. Outra banda que mereceu (e ainda merece) ter sua história contada foi a Dorsal Atlântica. Seu registro, Guerrilha, é a prova viva em que, com garra, vontade e perseverança, pode mostrar sua arte para o mundo. Jornalistas e músicos, que passaram pela banda, contam a história da banda, através dos discos gravados, e shows marcantes. Sem falar de, quando a Dorsal encerrou seu expediente, seu líder, Carlos Lopes, resolveu explorar outros sons, de outras bandas que ele criou. Durante a concepção do filme, a banda estava de volta, em 2012, para gravar seu disco, intitulado 2012, com o apoio do financiamento coletivo. Inclusive, esse documentário foi feito com esse benefício, sendo q