É dia do Rock radiar, bebê!
Foi realizado a 9ª edição do Rockfun Fest, dessa vez, no Centro Esportivo Tietê, na zona norte de São Paulo. Como sempre, foi um evento gratuito, mesmo assim, com uma doação de 1 kg de alimento não perecível, para garantir a entrada.
Ao adentrar ao gramado, vi dois palcos, o Legends e o Rockfun. Ao chegar às 12h00, a primeira atração marcou, com ferro, o início do massacre.
Liderado pelo chef de cozinha (ex-jurado do MasterChef) Henrique Fogaça, o Oitão cuspiu fogo e sangue nos olhos, com seu Hardcore brutal. A banda lançou, recentemente, seu clipe Borderless (com participação do Brujeria), disponível no YouTube. Pelo jeito, o público dançou conforme a música, e fez rodas, no meio do calor do meio do dia.
Os convidados foram o vocalista Mauro Punk, do Sigred Ingrid, que cantou Refuse/Resist, do Sepultura, e outra pessoa, o sócio do Cão Veio também marcou presença. Destaque para o baterista Rodrigo Oliveira (também batera do Korzus), que desceu o braço, sem dó nem piedade.
Após o intenso show do Oitão, foi anunciado a apresentação da banda Estação Zero, que venceu o concurso para se apresentar no Festival. A banda até que se saiu bem, ao tocar seu rock moderno, com direito a covers de Linkin Park, System Of A Down e Slipknot.
Outra banda que mandou bonito foi a Mattilha, com seu Hard Rock cantado em português. O vocalista Gabriel Martins canta muito, com direito a participação da simpática e talentosa Karina Menascé, do Allen Key.
Quem também marcou presença foi a JohnWayne, com seu Metalcore brutal, que arrancou uma roda na plateia. Mesmo com falhas no microfone do vocalista, a banda mostrou técnica e competência.
Considerada uma das atrações do festival, o Deadfish mostrou que, ainda, tem fogo pra queimar. A plateia cantou os clássicos da banda, que ficou emocionada. Mesmo assim, houve até sarcasmo, com o coro "hey, Dead Fish, vai tomar no #$!".
Enfim, quem, realmente, tomou conta da tarde, foi a Crypta. Sim, o público, principalmente feminino, compareceu, em peso, para ver as meninas superpoderosas do Death Metal. Um fenômeno inexplicável. Porém, o único defeito foi a ausência do som do microfone da Fernanda Lira. Infelizmente, apesar do sucesso repentino da Crypta, parece que não valorizam o desempenho da banda. Total falta de respeito. Mesmo assim, as meninas foram profissionais e conseguiram conquistar o público.
Passava das 18h00 e teve a Rockfun Legends, com as participações do Badauí (CPM22) e Digão, do Raimundos. Foram vários clássicos do rock nacional, especialmente quando o Digão apareceu e tocou os clássicos do Raimundos. E o momento especial foi quando a viúva do Canisso marcou presença, sem falar que o filho dele cantou EU Quero Ver o Oco.
E o massacre chegou quando os irmãos Kolesne, do Krisiun, chegaram para declarar a guerra. Alex Camargo incitava o público ao genocídio, de fazer a recente guerra de Israel virar briga de família perto do que houve no festival, que teve sapatos voando e garrafas d'água arremessadas (imagina se tivesse facas e tesouras).
Foram várias músicas de batalha, com solo do Moysés. Max destruía a bateria, como metralhadora. Alex declarou que o Krisiun nunca vai se vender pra porcaria. E soltou a cover do Motörhead, Ace of Spades, para delírio coletivo.
Após esse massacre extremo, os fiéis headbangers foram para casa. E quem ficou, viu duas instituições do Rock, Os Mutantes, que se despede da música, e o titã Paulo Miklos.
Vale uma observação: apesar da ótima organização, o ponto negativo são as filas para conseguir pagar pra comer e beber, devido ao número reduzido de atendentes.
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