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Mostrando postagens de junho, 2022

Anvil - The Story of Anvil

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Desde que o Heavy Metal surgiu, em 1970, com o lançamento do primeiro disco do Black Sabbath, houve muitas fases e bandas surgindo, ao longo das cinco décadas. Algumas viraram megabandas, como o Metallica, Iron Maiden, Scorpions, Whitesnake, entre outras, que venderam milhões de cópias. Porém, apenas UMA banda não teve essa proeza: Anvil. É por isso que a história da banda canadense virou filme, com o lançamento de The Story of Anvil, dirigido pelo ex-roadie da banda, Sacha Gervasi, que também escreveu o roteiro de O Terminal, de Steven Spielberg. O intuito era contar a trajetória dessa, que é uma das mais injustiçadas bandas do Metal. O filme começa com o festival, que reuniu Scorpions, Whitesnake, Bon Jovi e Anvil. Em meio a imagens dos anos 80, tem depoimentos de gente graúda, como Lemmy Kilmister, Scott Ian, Lars Ulrich, Tom Araya, Slash, Michael Dome, elogiando e homenageando o Anvil. O diretor mostrou a dura realidade de Lips e Robb Reiner em suas vidas normais e simp

Adrenaline Mob - Omertá

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Depois de se aventurar no Avenged Sevenfold e tocar com o Stone Sour, no Rock in Rio, em 2011, o superbatera Mike Portnoy resolve se juntar ao vocalista Russell Allen e o guitarrista Mike Orlando para criar um super grupo de Metal, o Adrenaline Mob. Gravaram um EP e em 2012, se juntaram para gravar seu disco de estreia, o Omertá, lançado em março do mesmo ano, com produção da própria banda, com o auxílio do Jay Ruston. Com o design inspirado no clássico filme O Poderoso Chefão, e com uma capa moderna, a banda despeja um Metal moderno, com direito a quebradas de bateria do Portnoy e as linhas de guitarra de Orlando. Sem falar que Russell solta sua garganta, de forma bem agressiva. Quem esperava aquela sonoridade progressiva, de bandas, como Dream Theater e Symphony X, se espantaram. Músicas como Undauted, Indifferent, Psychosane, All of The Line, Hit The Wall e Angel Sky são as provas de que o disco é aquilo que a banda propôs. Sem falar da cover de Duran Duran, Come Undone,

Agoraphobic Nosebleed - Altered States of America

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Em toda resenha deste blog, quando se fala de discos, eu cito as faixas de destaque. Agora, e se eu resenhar um disco que contém (pasmem!) 100 faixas, vc acredita? Pois bem, existe UM disco e atende pelo nome Altered States of America, da banda de Grindcore/noise Agoraphobic Nosebleed. Essa banda americana, de Springfield (não confundir com a dos Simpsons!), de Massachusetts, formada em 1994, tendo como seu mentor Scott Hull (que também toca no Pig Destroyer), faz um som totalmente... Nem sei como vou definir, mas é impossível ficar desatento com tamanha barulheira.  Apesar de ter fundado em 1994, a banda estreou nos palcos em 2003, tocando uma intro e duas músicas. Alteŕed States of America é o terceiro disco, lançado em 2003. Como havia dito, possui 100 faixas, com duração de 20 minutos. Pode-se dizer que cada música dura entre 4 e 50 segundos cada. Parece que gravaram vinhetas para a Globo. Somente uma música tem quase dois minutos, a Wonder Drug Wonderland. Todas as mús

Terrorizer - World Downfall

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Em uma época que se destacou a Guerra Fria, em seus minutos finais, a cena musical se mexeu com diversos discos que marcaram com ferro ardendo. Um deles foi World Downfall, da banda Terrorizer. Formada em 1987 e tendo na formação Oscar Garcia (vocal), David Vincent (baixo/backing-vocal), Jesse Pintado (guitarra) e Pete Sandoval (bateria), a banda se enfurnou no lendário estúdio Morrisound, na Flórida (EUA) para gravar seu primeiro disco. Com produção do David e sob auxílio do Scott Burns, World Downfall veio ver à luz do dia, em novembro de 1989. Com 16 faixas em mais de meia hora, o disco virou, ao lado do também primeiro disco do Napalm Death, Scum, uma bomba relógio prestes a explodir. Aquele grindcore de deixar qualquer radical político nas tamancas. Faixas como Fear of Napalm, Resurrection, Need to Live, Enslaved by Propaganda, Injustice e a faixa-titúlo são provas de que o mundo atual continua como era nos anos 80. É claro que, depois desse disco, a banda se separou.

Seu Madruga - Vila e Obra

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Há inúmeros personagens conhecidos pelo grande público, mas, poucos se tornaram Ícones. Eu já falei do Chespirito neste blog, e das suas séries Chaves e Chapolin.  E, mais uma vez, a Estética Torta resolveu publicar (ou melhor, republicar) o livro Seu Madruga - Vila e Obra, escrito pelo jornalista Pablo Kaschner, em 2010. Como o próprio nome diz, o livro faz um apanhado geral do maior símbolo da vagabundagem e com muita coisa em comum com os brasileiros. Todos estão careca de saber que Seu Madruga foi interpretado por Ramón Valdés.  Mas, o que ninguém sabe é que o ator fez inúmeros filmes, muito antes de ser conhecido mundialmente como o intérprete do pai da Chiquinha. Para os fãs do Chaves e Chapolin, Seu Madruga é ícone pop. Sem contar que Ramón também fez os vilões, como Tripa Seca, Racha Cuca e o Pirata Alma Negra.  Aqui, o escritor coleta as famosas frases de efeito ditas pelo maior pau-pra-toda-obra da vila, que deveu 14 meses de barriga para o Sr. Aluguel, que vive a

Panic - Rotten Church

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Esse blog homenageou a banda gaúcha Krisiun, postando toda a discografia. Mas, ela não existiria, se não fosse a existência de apenas UMA banda de Metal no Rio Grande do Sul. E ela atendia pelo nome Panic. Formada em 1985 pelo guitarrista Eduardo Martinez, o baixista Ricardo Olsen e o baterista Marcelo Russowsky, a banda, que tinha os nomes Tormentor e Massacre anteriormente, era influenciada por Slayer e Celtic Frost e faziam jams, como toda banda formada por adolescentes sedentos por Metal. Logo, o vocalista Reneger entra na banda. Eis então que, por sugestão do dono da Woodstock, Walcir Chalas, mudam o nome para Panic, em homenagem à música do Anthrax. Como se costumavam andar pela lendária loja Megaforce, de POA, resolvem gravar demos. Walcir queria uma banda fora de São Paulo para lançar um disco. E entrou em contato com o dono da Megaforce, o Ademir, que escolheu Panic. Foi então que os perrengues para gravar o disco aconteciam. Depois de ensaios exaustivos, a banda g

Fight - War of Words

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Nos anos 90, o mundo metálico ficou chocado com a saída do Rob Halford no Judas Priest, no auge do aclamado disco Painkiller, de 1990. O que parecia ser o fim da linha, para o Metal God, foi a hora certa ao anunciar a sua nova empreitada: Fight. O vocalista sempre gostou de experimentar coisas novas. Na época, a banda Pantera era a maior novidade do som pesado. E então uniu do útil ao agradável, quando Halford e a banda texana gravaram Light Comes Out Of Black, para a trilha sonora do filme Buffy - A Caça Vampiros. Com aquele som, Halford formou o Fight. Recrutou o batera do Priest, Scott Travis, e chamou músicos novos, como os guitarristas Brian Tilse e Russ Parrish, e o baixista Jay Jay. Em 1993, gravaram War of Words. Pela capa poderia ser uma alusão ao Black Album, do Metallica. Mas, o som é um Metal grooveado, com toques Thrash e Heavy, ao mesmo tempo. Com produção do próprio Halford, o disco prometia (e muito) para quem não gostava do Judas Priest. Faixas como Into Th

Testament - Low

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O começo dos anos 90 foi muito ingrato para o Heavy Metal, por causa do movimento grunge. Algumas bandas tiveram que mudar o direcionamento do seu som, adicionando andamentos simples, como o Metallica, e seu famoso Black Album, de 1991. Diferentemente, outra banda resolveu manter o seu som, colocando elementos agressivos. É o caso do disco Low, da banda Testament. Depois das saídas do guitarrista Alex Skolnick e do baterista Louie Clemente, a banda chama, nos seus respectivos lugares, James Murphy e John Tempesta (como músico temporário) para gravar um dos discos mais agressivos do Thrash Metal. Diferente dos anteriores Souls of Black (1990) e The Ritual (1992), Low é 1000% nitroglicerina pura, com Chuck Billy detonando sua garganta, com faixas como Low (que virou clipe), Legions (In Hiding), Chasing Fear e a quase Death Metal Dog Faced Gods, com o vocal gutural de Chuck. Todo o disco tem, ao mesmo tempo, o Thrash com o Groove, cortesia do Eric Peterson e Greg Christian, so

Fatos de TV: Documento Especial - houve um tempo em que a imprensa era livre

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No dia 7 de junho foi comemorado o dia da liberdade de imprensa. E para celebrar, vamos com mais um capítulo do Fatos de TV, relembrando um dos programas jornalísticos mais marcantes: Documento Especial. Criado pelo jornalista e diretor Nelson Hoineff, e apresentado pelo ator Roberto Maya, o programa tem, como subtítulo, Televisão Verdade. O intuito era mostrar a verdade, sem baixar o nível, com reportagens, tanto investigativas quanto polêmicas. No melhor estilo underground de se fazer notícias.  Foi exibido, no período entre 1989 até 1998, nas emissoras Manchete, SBT e Bandeirantes. Mas, a mais marcante foi a da emissora dos Bloch.  E reportagens não faltam: Os Pobres vão à Praia (com depoimentos preconceituosos e imagem de uma pessoa morta), Vida de Gordo (que rendeu ibope), Igreja Universal (foi a pioneira ao denunciar as falcatruas dos bispos), Ufologia, Muito Feminina (sobre homossexualidade feminina), O Suicídio da tribo Kaiowas, entre outras. Claro que o programa se

Damageplan - New Found Power

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O destino pode pregar uma peça, principalmente quando você está recomeçando a sua vida. E foi o que aconteceu com o Damageplan, banda dos irmãos Dimebag Darrell e Vinnie Paul, após o fim do Pantera. Depois que Phil Anselmo anunciou o lançamento do disco da sua banda Superjoint Ritual, ele alega que não quer mais saber de continuar com o Pantera.  Ainda em 2003, os irmãos resolvem se mexer e contratam Pat Lachman (vocal, ex-guitarrista da banda do Rob Halford) e Bob Zilla (baixo) para formarem o Damageplan. Com a banda formada, gravam e lançam seu primeiro e único disco New Found Power, produzido pelos Abbott Brothers. O disco é da mesma pegada do Pantera, aquele groove Metal que só eles sabiam fazer. Inclusive, chamaram Corey Taylor (Slipknot, Stone Sour) e Zakk Wylde (Black Label Society) para a festa. Corey deu uns berros na Fuck You, enquanto Zakk participa na Reborn e Soul Bleed. Algumas músicas são como recado ao seu desafeto, o Phil Anselmo, sem falar do W. Bush e da

The Batman

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Havia muita expectativa quanto à esse filme. Antes de ser filmado, Ben Affleck teria sido escolhido para produzir e co-dirigir o filme, mas desistiu porque ficou insatisfeito com o roteiro e desistiu de interpretar o Homem-Morcego. Matt Reeves foi o escolhido, pois a Warner/DC queria era fazer um filme com o Bruce Wayne mais jovem, explorando mais como detetive, do que nos filmes anteriores à esse. Robert Pattinson foi o eleito pra fazer o Batman, com mais pessoas no elenco, como Colin Farrell e Zöe Kravitz. As filmagens foram em Londres e Chicago, entre janeiro de 2020 e março de 2021. The Batman iria ser lançado em junho do ano passado, mas, devido à pandemia da Covid-19, a produção foi adiada entre março e setembro de 2020. Só foi lançado em 4 de março de 2022. Gotham City vivia numa onda de assassinatos. Batman queria vingança pela morte dos pais. Contando apenas com James Gordon e Selina Kyle, o vigilante das Trevas investiga um misterioso jogo de quebra-cabeças, elabo

Rebel Meets Rebel

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Entediados com sua banda principal, mesmo com a divulgação do até então último disco, Reinventing The Steel, o Trio do Pantera, Dimebag Darrell, Vinnie Paul e Rex Brown, resolvem gravar músicas fora da caixinha, ao lado da lenda viva do Country music, David Allan Coe. O resultado é o projeto-disco Rebel Meets Rebel, gravado em 1999, mas só veio ver a luz do dia, em 2006, pela gravadora Big Vin Records, do Vinnie, dois anos após o assassinato do Dimebag, em 2004. Como havia dito, o projeto era só pra descontrair a mente dos envolvidos. E deu certo. As músicas são perfeitas pra tocar numa festa de peão de boiadeiro (quem sabe em Barretos?). Meus destaques são Nothin' To Loose (que virou clipe), Cowboys Do More Pore, a faixa-título e Get Outta' My Life, com os vocais de Hank Williams III. É como se o Slayer gravasse com o Johnny Cash, ou o Metallica com Shania Twain. Vai saber....

Mayhem - De Mysteriis Dom Sathanas

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Pense em um disco macabro, diabólico, sinistro, controverso, polêmico e marcante, ao mesmo tempo. Pensou? O que eu diria a você que esse disco que descrevo foi marcado por tragédias? Você acredita? Foi a minha reação ao escutar De Mysteriis Dom Sathanas, primeiro disco da banda norueguesa Mayhem, um dos trabalhos que inauguraram o Black Metal norueguês. Quem assistiu Senhores do Caos, saibam o porquê da banda, capitaneada por Euronymous, guitarrista e compositor, ter formado a banda. Ao lado do vocalista Dead, compuseram De Mysteriis Dom Sathanas, em 1987. As letras falavam coisas suicidas. Por uma ironia do destino, Dead se mata explodindo seus miolos. O guitarrista encontrou o corpo em seu apê, tirou a foto, pegou os pedaços do crânio e fez um souvenir. Quanto aos miolos espatifados, fez um ensopado canibal (dizem que ele comeu o ensopado!). Para o lugar do Dead, Euronymous chamou Attila Csihar pra gravar as vozes, no baixo chamou Varg Vikernes (Burzum) e Hellhammer na ba

Fatos de TV: MTV Brasil - a única que teve vergonha na cara

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Como esse blog dedica à música e a TV, nada melhor do que fazer mais um capítulo para Fatos de TV, falando sobre a Emissora que mais contribuiu para a música e ao público jovem, e que marcou época e gerações: MTV Brasil. Criado e fundado, em 20 de outubro de 1990, pelo Grupo Abril e a MTV Networks, foi a terceira versão da MTV no mundo, e a primeira em TV aberta. No Rio de Janeiro, a TV Corcovado se afiliou a emissora, porém, de forma precária. Eu poderia falar de TODOS os programas que foram criados pro canal. Mas, como eu falo de Som pesado, vou falar dos mais importantes: Fúria Metal, Total Massacration, Riff, Gordo A Gô Gô, Garganta & Torcicólo, Gordo Pop Show, Gordo On Ice, Piores Clipes do Mundo, Gordo Freak Show, Fundão MTV, Gordoshop... Será que faltou algum? Ah, sim! O melhor programa de humor de todos os tempos: Hermes & Renato. A MTV contribuiu, para o bem e para o mal, para a divulgação de clipes nacionais e internacionais. Tanto é que a direção artístic

Discharge - Hear Nothing, See Nothing, Say Nothing

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Nunca na história da música pesada um disco se tornaria seminal para o estrago que fizesse. Somente uma banda fez essa proeza: Discharge. O disco? Hear Nothing, See Nothing, Say Nothing. Considerados os pais do D-Beat, a banda de Stock-On-Trent (berço do Lemmy Kilmister) galgou os degraus do underground e gravou essa bolacha de menos de meia hora de puro Punk Hardcore Crust dos infernos. Parece que ele foi gravado ontem, pois ele envelheceu bem, apesar de ter sido gravado em 1982. 40 anos depois, o disco ainda faz barulho. Várias bandas do Metal e Hardcore devem suas vidas ao Discharge. E à H-N-S-N-S-N. E a banda está na ativa.