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Mostrando postagens de junho, 2021

Mamonas Assassinas

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Um disco pode transformar um artista em fenômeno. E, por causa do destino, a carreira acaba tragicamente. Mas, o artista (ou uma banda) sempre ficará marcada no coração de quem já viu, ao vivo. Eu não tive a oportunidade de ver os Mamonas Assassinas, ao vivo. Somente nas jovens tardes de domingo, na TV aberta. E era constante as aparições deles em tudo o que é programa. É motivo de sucesso. Mas, a carreira deles começou de um jeito curioso. Antes eram a banda Utopia. Mas, resolveram homenagear a bela Mari Alexandre e resolveram se chamar Mamonas Assassinas. Quando gravaram uma demo, mandaram pra tudo quanto é casa de show. A resposta? Porta na cara da banda. Até que o Rick Bonadio resolveu produzir o disco de estreia dos garotos de Guarulhos. Dinho, Júlio, Sérgio, Samuel e Bento tocavam e cantavam como se estivessem brincando de casinha. Lançado o disco, era a hora do tudo ou nada. Ouvindo o disco hoje, pode ser um tanto embaraçoso. Mas  na época, TODAS as músicas foram toc

No Celebration: A Biografia oficial do Paradise Lost

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Vindos da cidade de Halifax (ING), o Paradise Lost é uma resposta ao Metallica. Veja bem: ambas as bandas são idênticas (qualquer semelhança, tanto no vocal, quanto nos discos, são meras coincidências), mantém as mesmas formações, nos primeiros anos fizeram discos únicos, sendo que inventaram estilos (O Metallica, com seu Thrash Metal e o Paradise Lost, o Gothic Metal). Lançaram seus principais discos, no auge das carreiras (Black Álbum e Draconian Times), porém, experimentaram o lado pop e mudaram de visual. Nos últimos anos, reencontraram o headbanger das suas almas e lançaram discos sensacionais. Só há uma diferença: o Metallica foi marcado pela tragédia. E o PL continuou a trilhar o seu legado. Contado pelo autor David E. Gehlke, em seu livro No Celebration, lançado pela editora Estética Torta, com entrevistas de Nick Holmes, Greg Mackintosh, Aaron Aedy e Steve Edmounson, além dos bateristas que já passaram.

Hatebreed - The Concrete Confessional

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Que o Hatebreed é uma banda seminal do Metal/Hardcore, todo mundo já sabe. Mas o que poucos sabem é que a locomotiva da banda não parou. E realizaram, junto com o produtor Zeuss, o The Concrete Confessional. O que se ouve aqui é puro creme do Hardcore brutal responsa. Jamey Jasta grita como um gorila. Seus vocais estão mais afiados. A banda toda colabora com um som cristalino. Sem falar da produção, que está nos trinques. Não dá para destacar uma só faixa, todas são cheias de ódio americano, recheado de mensagens positivas de autodeterminação. Seria o Hatebreed o Pantera do novo milênio?

Red Front: Metal Brazuka preparando para a guerra

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O Metal Brazuka tem se tornado uma vitrine de novos destaques, apesar das críticas de que o movimento foi "declarado" morto. Nomes como TRAYCE, PROJECT46, NERVOSA, HOLINESS, MUQUETA NA OREIA e RED FRONT são exemplos mais recentes. Inclusive a última mostra que som pesado e interação com o público podem caminhar juntos. Após a bem-sucedida Demo (distribuida com a famosa gelatina Red Front), a banda formada por Léo (v), Oscar e Marcelo (g), Marq (bx) e Daniel (bt) lançaram Memories of War, uma bomba-relógio prestes a explodir os tímpanos. Com produção da banda e gravado no Mr. Som, peças como Killer, Institutions Down, Circle of Hate (que virou clipe, incluso do CD), Just a Game, Disaster (sobre a tragédia da TAM) e a faixa-título provam que os caras não estão de brincadeira. Self Flagellation merece sua menção com seu refrão pegajoso. Nos shows, a banda vem se destacando, abrindo para lendas como Destruction, Sodom e Death Angel. Já pisaram na Europa para esparrama

Black Sabbath: Obrigatório, se você acredita em duendes!

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Desde sua criação, no dia 13 de Fevereiro de 1970 (numa sexta-feira!), o Black Sabbath virou o Rock de cabeça para baixo com riffs fúnebres de Tony Iommi, das letras sombrias do Geezer Butler e dos vocais jazzísticos de Ozzy Osbourne (antes dele estragar tudo por causa das bebedeiras!). Seus discos viraram peças obrigatórias para qualquer ex-hippie frustrado com aquela pregação de ¨Paz e Amor¨, extinta naquele fatídico festival de Altamont, durante a turnê dos Rolling Stones. Após o bem sucedido Volume 4, Ozzy/Tony Iommi/Geezer Butler/Bill Ward trocaram o estúdio Record Plant e se hospedaram em um castelo chamado Clearwell Castle, no País de Gales, também refugio de bandas como Deep Purple, Led Zeppelin e Rush. Durante as gravações, o guitarrista acreditava que teria visto assombrações naquele recinto, como gnomos, duendes, gárgulas, ruídos, sombras, além de pregar peças em seus companheiros. Se for verdade ou não, o que temos certeza é que Sabbath Bloody Sabbath se tornou

Ratos De Porão/Looking For An Answer: Raiva X Fúria

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Quem achava que a Espanha era o País das touradas, dos filmes do Pedro Almodovar e da Seleção campeã do mundo de 2010, saibam que o país também é sinônimo de música extrema, depois de escutar o split Ratos De Porão/Looking For Na Answer. Após o disco Homem Inimigo do Homem (2006), João Gordo (v), Jão (g), Bôka (bt) e Juninho (bx) romperam o silêncio e deram sua amostra do que há de mais sujo e agressivo, antecipando seu próximo trabalho de estúdio. Exército de Zumbis virou "hit" ao abordar a praga que assola nossa sociedade. Paraíso da Soberba e Martelo dos Hereges não dão sossego botando pra fora toda a podridão, seja na política, religião e cretinagem. Tirando do baú, Guerrear e Políticos Em Nome do Povo introduzem o cover do LFAA, La Matanza, no melhor estilo "boca cheia de pão-de-forma" do Gordo. Pra quem pensam que ele se converteu a essa "crença" e se dedicar ao Legendários, esperem pela nova bolachinha. Por outro lado, os espanhóis vomit

Pantera: Firme e forte no cenário metálico

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Com dois álbuns na bagagem (Cowboys From Hell e Vulgar Display of Power), o Pantera continuava firme e forte no cenário metálico, ao lado do Sepultura, Machine Head e Biohazard, apesar de o estilo estar quase morto (para os críticos!), devido à ascensão do grunge. Depois do sucesso do Vulgar, o quarteto texano se manteve no topo mais alto, devido aos seus shows e performances agressivas. Lançado em 1994, Far Beyond Driven alcançou o primeiro lugar da Billboard, na semana de lançamento. Toda a extremidade desse petardo está registrado. Logo no início vêm Strengh Beyond Strengh, ultrapassando a mil por hora. Becoming remete ao glorioso Black Sabbath, introduzindo 5 Minutes Alone, o melhor exemplo de riff e refrão, com direito a solo de cima para baixo. Mas não pense que o disco só se resume a essas músicas. I'M Broken, Sheeding Skin, 28 Years, Hard Lines Sunken Cheeks, Used My Third Arm (que era uma faixa perdida, chamada Piss, lançada na edição especial de VDoP) também f

Metallica: Com Ride The Lightning, de promessa a realidade

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Com o lançamento do Kill´Em All (1983), o Metallica passou de promessa a realidade. Cada vez mais velozes e furiosos, James Hetfield, Lars Ulrich, Cliff Burton e Kirk Hammett queriam mais e voaram para Dinamarca para gravar seu sucessor. No meio do caminho, perderam seus equipamentos e tiveram que pedir ajuda à banda Mercyful Fate, que também estavam gravando no mesmo estúdio. Reza a lenda que Lars Ulrich ficou amedrontado durante as gravações, quando olhou o caderno de anotações do King Diamond; o que, mais tarde, James revelou que algumas das letras do disco foram inspiradas pelo próprio King. Produzido pela banda e por Flemming Rasmussen, Ride the Lightning abre com Fight Fire With Fire, uma intro acústica que vira uma bomba atômica. Contando com duas faixas co-escritas por Dave Mustaine, a faixa-título e The Call Of Ktulu são destaques absolutos. A primeira é rifferama pura, de deixar qualquer moleque em um estado de sair quebrando tudo. A letra (assim com a capa) abord

Metallica: Álbum mostra agressividade, técnica e melodia

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O que Ride the Lightning e Master of Puppets tem em comum? Ambos são discos do Metallica? Sim, óbvio. Mas também ambos possuem oito músicas cada um, o mesmo estilo de músicas quando comparadas faixa-à-faixa e produzidas no mesmo estúdio e produtor. Só que tem uma diferença: Master é mais composto, instrumental e liricamente, e mais maduro que o antecessor. Sem possuir faixas compostas por Dave Mustaine, o terceiro álbum do Metallica mostrou que agressividade, técnica e melodia são ingredientes certos. Deixando de lado suas influências do NWOBHM e Punk, a banda criou seu próprio universo metálico. Tendo como tema a manipulação e o controle, a faixa-título virou peça-chave do disco. Riffs sensacionais, solos impecáveis e vocais marcantes fazem dessa faixa um clássico. Mesmo com o boicote dos "conservadores" do PMRC, Master fez história. Outros pontos fortes são as pesadas Disposable Heroes (com riffs históricos de bater cabeça!), Battery (bela introdução e poderia v

Slayer: Um Apocalipse sonoro

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Se forem fazer uma lista dos melhores discos de Heavy Metal de todos os tempos, provavelmente, colocariam qualquer um do Slayer nessa lista. E Reign In Blood, obviamente, não iria passar batido, pois seria uma blasfêmia maior para qualquer fã que cultua o som pesado. Tom Araya, Kerry King, Jeff Hanneman e Dave Lombardo voaram para Nova York, para gravar com Rick Rubin e Andy Wallace, o que seria, mais tarde, O disco. Rubin fundou o selo Def Jam, que contava com Run DMC, Beastie Boys e Public Enemy. Fãs radicais do Slayer previam o pior, caso a banda gravasse algo diferente do que faziam Show No Mercy (1983) e Hell Awaits (1985). Porém, tudo virou realidade quando Reign In Blood deu a luz. Mais de 29 minutos em 10 faixas, RIB virou rival de Master of Puppets (Metallica). Enquanto a banda de James Hetfield e Lars Ulrich conquistavam os grandes palcos, os assassinos faziam o inferno queimar. Começar o disco com a frase "Auschwitz, the meaning of pain. The way that I want

Pantera: 20 anos depois, ainda um soco na cara

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Para muitos fãs, Cowboys From Hell sempre será o primeiro disco do Pantera. Porém, devem se lembrar que a banda dos Darrell Brothers (Dimebag e Vinnie Paul) lançaram quatro discos, sendo que três foram com Terry Glaze nos vocais e Power Metal (1988), com a estreia de Phil Anselmo. Com esse play, a banda texana dava indícios do que iria por vir. Dando continuidade a sua saga vitoriosa, iniciada pelo Cowboys, o Pantera lança Vulgar Display Of Power, no mesmo ano em que marcaram discos como Fear Of The Dark (Iron Maiden), Contdown To Extinction (Megadeth), Sound Of White Noise (Anthrax), The Art Of Rebellion (Suicidal Tendencies), No More Tears (Ozzy Osbourne), entre outros. O mundo musical foi tomado pelo Grunge, fazendo com que bandas de Metal sumissem um pouco de cena. Mas o Pantera, formado por Phil Anselmo (vocal), Dimebag Darrell (guitarra), seu irmão Vinnie Paul (bateria) e Rex Brown (baixo), não estavam ligando pela explosão que o Grunge estava fazendo. Voltando ao álb

Motorhead: É hino atrás de hino, destacá-los é covardia

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1980. Este foi o começo de uma era que tornou-se histórica para a música pesada. Lançamentos não faltavam: Blizzard Of Ozz, British Steel, Heaven & Hell, Back In Black, além dos trabalhos iniciais da New Wave Of British Heavy Metal. Mas o destaque mesmo vai para o Motörhead e seu Ace Of Spades. Comentar sobre a banda do Lemmy Kilmister (bx/v) é chover no molhado. Apesar de assumir que tocava só Rock, ele sempre levava sua vida Heavy Metal a sério. Depois dos sucessos dos álbuns Overkill e Bomber), ambos de 1979, Lemmy, "Fast" Eddie Clack (g) e "Philty Animal" Taylor (bt) juntaram-se com Vic Maile para gravarem o álbum que, mais tarde, mudaria a cena musical. Um álbum transgressor que virou mais um episódio da série Classic Albuns. A faixa-título dispensa maiores comentários. Já ouvi ela umas trocentas vezes sem cansar. Até o refrão dela é legal: "You know I'm born to lose, and gambling's for fools, but that's the way I like it baby,

Judas Priest: "Painkiller", marcando os anos noventa

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O Judas Priest vinha em uma sequência de álbuns clássicos e turnês gigantescas. Desde seu primeiro disco, Rocka Rolla (1974), a banda formada por Rob Halford (v), Glenn Tipton (g), K.K. Downing (g) e Ian Hill (bx) totalizaram 11 discos, 2 ao vivo e uma constante troca de bateristas. Foi só lançar British Steel (1980) e efetivar Dave Holland nas baquetas, que os sacerdotes do Metal invadiram a década mais metálica da história. Após o fraco Ram It Down (1988), Dave saiu por motivos pessoais, e quando todos achavam que o Judas iria descansar, eis que a banda recrutou Scott Travis (ex-Racer-X) para gravar seu mais precioso magnum opus: PAINKILLER. Remetendo aos tempos de Sad Wings Of Destiny (1975), a banda convidou o produtor Chris Tsangarides (Anvil, Thin Lizzy, Helloween, King Diamond, Angra, Gary Moore, Tygers Of Pan Tang), que produziu aquele álbum, para resgatar a magia e o peso que tanto faltava. Mesmo com a ascensão do Thrash Metal em decadência, a explosão do Hard Rock

Korzus: História de luta pelo amor ao Heavy Metal

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O Korzus é, sem sombra de dúvida, um dos maiores representantes do Metal brasileiro. Desde seu primeiro registro, Guerreiros do Metal, faixa do segundo volume do SP Metal, a banda liderada pelo vocalista Marcello Pompeu acompanhou o cenário como se fossem mandados para uma missão militar. E, de uns tempos para cá, várias modas passaram e muitas bandas pioneiras sumiram de vista. Com o auge do Sepultura no exterior, o Korzus foi visto como injustiçada. Mesmo não assumindo tal honraria, eles escreveram sua história de luta pelo amor ao Metal. Depois do bem sucedido Ties Of Blood (2004), Pompeu, Heros Trench e Antônio Araújo (guitarras), Dick Siebert (baixo) e Rodrigo Oliveira (bateria) resolveram que era a hora certa de destacar no globo, mesmo com as mudanças tecnológicas que arruinaram o mercado fonográfico. Mais focados, preparados e furiosos, lançaram Discipline of Hate. E quem já ouviu Ties Of Blood, KZS (1995) e Mass Illusion (1992), dá pra sacar que lançaram um clássic

Iron Maiden: 30 anos do melhor disco britânico

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Não à toa que a rede de lojas HMV elegeu esse disco o melhor dos últimos 60 anos, na frente de outros clássicos das bandas Pink Floyd, Beatles e de artistas mais recentes, como Adele e Oasis. Não à toa que esse disco foi o favorito do antropólogo e documentarista Sam Dunn (que produziu e dirigiu Flight 666). Não à toa que foi nesse ano que muitos lançamentos causaram barulho, inclusive o até então mais vendido de todos os tempos, Thriller, do Michael Jackson. Ainda na seção oitentista, o álbum The Number Of The Beast foi lançado em 1982, na mesma época em que o Metal lançou Screaming For Vengeance (Judas Priest), Iron Fist (Motörhead), Creatures Of The Night (KISS), Black Metal (Venom), entre outros; a Donzela de Ferro se consagrou definitivamente com este clássico. Após a saída de seu vocalista Paul Di'Anno (é o que faz a manguaça!), Steve Harris indicou Bruce Dickinson (Samson) para a vaga. É aí que a brilhante história se prossegue. Contendo nove faixas (marcantes e

Testament: O Dream Team do Thrash Metal

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Nos anos 90 o Metal não estava em seus melhores anos, a não ser para uma nova cena pesada que estava surgindo, quando bandas como Sepultura, Machine Head, Biohazard, Pantera lançavam discos perfeitos, cravando de vez o nome na história da música pesada. Enquanto o Metallica optava pelo caminho inverso, após o multiplatinado Black Album e causando polêmica entre os fãs mais radicais, o Testament ressurgia das cinzas após três anos sumida desde o ofuscado The Ritual (1991). Chuck Billy (vocal) e Eric Petterson (guitarra) trilhavam sua jornada, levando seu legado para o mundo, com os lançamentos de Low (1994) e Demonic (1997). Uma grande diferença é que o som da banda ficou mais agressivo e extremo do que os discos anteriores, inclusive nos vocais guturais de Chuck. Porém, a dupla resolveu mostrar ao globo que o Testament também é sinônimo de boa música, convocando um time de respeito. Para dividir com o Eric nas guitarras, veio James Murphy (Death, Obituary); no baixo Steve D

Soulfly: "Omen" é uma pedrada do início ao fim

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Max Cavalera continua mais selvagem e infernal a cada momento. Se sua saída no Sepultura foi traumática, ele deve ter expressado sua raiva a níveis altos. Isso é comprovado com os lançamentos de suas bandas, incluindo Cavalera Conspiracy. Omen, o sétimo do Soulfly é uma pedrada do início ao fim, mostrando mais uma vez que ninguém está de piada. Com um time de responsa, Marc Rizzo (g), Joe Nunez (bt) e Bobby Burns (bx, que saiu após o lançamento), Max desce a lenha com 11 patadas. Bloodbath & Beyond abre com uma paulada no melhor estilo MMA, boa pra pogar como louco. Rise of the Fallen conta com os vocais rasgados de Greg Puciato (Dilinger Escape Plan). Great Depression fala sobre a crise econômica que quase pôs os EUA na pindura, mas o som é Thrasheira. Outros destaques são a Lethal Injection (com Tommy Victor, do Prong), Mega Doom, Kingdom, Counter Sabotage e Jeffrey Dahmer. Como sempre, o álbum termina com Soulfly VII, uma viagem de belas notas. A capa mostra sete gua

Machine Head: Enxame de riffs e melodias no Unto the Locust

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O Machine Head é um dos herdeiros da nova safra do Thrash Metal moderno. Oriundos de outra banda, Vio-Lence, a banda lançou Burn My Eyes (1994), na cola do Pantera, Sepultura e Biohazard. Porém, eles sofreram mudanças radicais no som e pagaram um preço alto, afastando seus fãs e crítica.  Ao chegar nos anos 2000, Robb Flynn (v/g) e seus asseclas acordaram do pesadelo e entraram na onda do Metal americano, pegando carona de bandas, como Lamb Of God, Killswitch Engage, Shadows Fall, entre outras. Mas foi só lançarem Through The Ashes of Empire (2004) e The Blackening (2007), que sua trajetória tomou fôlego. Depois de uma turnê monstruosa, divulgando seu antecessor, finalmente eles exorcizaram seus fantasmas e expuseram toda sua raiva, disfarçada de sete patadas, denominada Unto the Locust. Para essa receita, basta colocar Master of Puppets, Bonded By Blood, Reign in Blood, Vulgar Display of Power, The Nunber of the Beast, Painkiller e Arise num liquidificador. Toda essa liga

Soulfly: Versatilidade musical soberba no "Conquer"

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Max Cavalera vem se destacando com lançamentos extremos, seja com o Soulfly, ou com o Cavalera Conspiracy, ao lado do seu irmão Igor Cavalera, remetendo os bons tempos do Sepultura. Após Dark Ages (2005), Max, Marc Rizzo (g), Bobby Burns (bx) e Joe Nunez (bt) investem num Death, Thrash e Hardcore e gravam Conquer. É aí que Max Possessed reencarna e vocifera como nunca. Blood Fire War Hate abre a bolacha, de forma épica. David Vincent (Morbid Angel) empresta seus guturais para cantar esse hino de guerra. Outro que também dá uma canja de sangue com Max é Dave Peters (Throwdown) em Unleash, no qual Marc Rizzo dá um show de técnica. A fase Arise/Chaos A.D. também está presente em Paranoia, Warmageddon, For Those About to Rot (não confundam com aquela do AC/DC), Enemy Ghost, Doom e Fall os Sycophants. O CD fecha com Soulfly VI, mantendo o clima dos anteriores, mostrando uma versatilidade musical soberba. Tire suas conclusões e ouça Conquer. Se Max Cavalera sonha mesmo voltar ao

Sepultura: Vivendo seu momento oportuno em "Kairos"

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Depois de dois álbuns conceituais, Dante XXI (2006) e A-Lex (2009), o Sepultura realizou seu projeto mais especial: contar sua própria história em forma de música. Pesada, diga-se de passagem. Após uma série de incertezas, quanto ao seu futuro na música, a banda saiu da SPV e assinou com a Nuclear Blast. Pelo jeito, aquilo foi passado de dúvidas para expectativas. E para realizar tal proeza, Andreas Kisser e cia. chamaram o experiente produtor Roy Z (Bruce Dickinson, Halford, Judas Priest, Helloween, Sebastian Bach) para acompanhar, passo a passo, as gravações. Como foi dito, Kairos foi baseado na história do Sepultura. A começar com os riffs nervosos de Spectrum, com direito as batidas tribais de Jean Dolabella, que saiu da banda, no último trimestre de 2011. Voltando ao disco, a faixa-título relembra os tempos do Chaos A.D. (1993), parecida com Territory. Outros destaques são as pesadas Relentless, Mask, Born Strong (revisitando Roots Bloody Roots), Seether e a ousada Str

Anthrax: "Worship Music" é uma avalanche de riffs e solos

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Depois de oito anos, o Anthrax voltou ao estúdio e gravou um dos melhores discos de 2011. E esse hiato valeu mesmo a pena. Senão, vejamos. A banda contava com John Bush nos vocais, mas aí chamaram Joey Belladonna para uma turnê de reunião em 2005. Depois da badalação, Scott Ian (g/bcv) e cia resolveram indicar vários cantores para a vaga. Corey Taylor, Tim Ripper Owens e Pat Lachman tentaram, escolheram o desconhecido Dan Nelson, porém Charlie Benante (bt) não gostou e o esperado aconteceu: Belladonna é o vocalista do Anthrax. Claro, ele foi o responsável pela fase mais clássica da banda. Quem viu o DVD do Big 4 deu pra sacar a vitalidade que os músicos tiveram. Empolgados como nunca. Worship Music é uma avalanche de riffs, solos, bateria precisa e vocais pra lá de grudentos. Uma mistura do We´re Come For You All (2003) com a fase clássica do Belladonna. Destaques: Todas! Mas Fight'Em 'Til You Can't, Earth on Hell, The Devil You Know (nome do álbum do Heaven &am

Metallica: Depois de três pisadas na bola, chamaram Rubin

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Depois de três pisadas na bola, e uma ajuda de um psicanalista, James Hetfield (v/g), Lars Ulrich (bt), Kirk Hammet (g) e Rob Trujillo (bx) chutaram o produtor Bob Rock e recrutaram Rick Rubin (leia-se: Slayer, AC/DC, System Of A Down, Slipknot, Johnny Cash, Red Hot Chili Peppers, Beastie Boys, Linkin Park, Audioslave, Rage Against The Machine) para produzir Death Magnetic. Comentar o apagão do bom e velho Metallica duraria uma eternidade. Desde o "Black Album" que a banda não grava nada que lembre os bons tempos. Nos últimos anos Lars Ulrich declarou guerra contra a internet, para a proibição de download ilegal de suas músicas. Hetfield se internou numa clínica para parar de beber. Jason Newsted saiu do Metallica por não ter espaço para se dedicar a outros projetos. Fora isso, todas as turbulências que rondaram a cabeça dos integrantes foram passadas para trás. E Death Magnetic é, sem sombra de dúvida, o melhor álbum gravado em anos. Diferentemente do St. Anger (

Carro Bomba: Exemplos de como viver em Sampa é um inferno

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O Rock Brazuca tem revelado inúmeros nomes para resgatar o som pesado dos anos 80, época em que as bandas transmitiam paixão, sensação e muita intensidade. Baranga, Tomada, Pedra, Cracker Blues e Carro Bomba são exemplos mais fortes. Mas essa última merece ser mencionada. Formada por Rogério Fernandes (voz), Marcelo Schevano (g), Fabrízio Micheloni (bx) e Heitor Shewchenko (bt), o Carro Bomba soltou seu "quarto atentado", com Carcaça. Honrando a escola Black Sabbath (fase Dio), o disco é uma continuação do Nervoso. Suas dez patadas são uma forma de criticar essa cidade que quanto mais cresce, mais a população sofre com tanta pataquada. Bala Perdida, Carcaça, Combustível (a melhor de todas e uma homenagem ao Dio), Mondo Plástico e Blueshit são verdadeiros exemplos de como viver em Sampa é um inferno. Aliás, André Kitagawa tá de parabéns. Essa capa é uma obra de arte. Outro destaque é a última faixa, Tortura, que conta com os berros do Vitor Rodrigues (ex-Torture Sq

Soulfly: Max Possessed reencarna no corpo cansado

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Desde que o Soulfly lançou seu quinto disco, Dark Ages (2005), Max Cavalera resolveu seguir a máxima "é melhor dar um passo para trás, para seguir em frente". E foi o que fez nos anos seguintes, lançando um disco mais agressivo que o outro. Com seu fiel escudeiro Marc Rizzo (guitarra), a "alma que voa" registrou Prophecy (2004), o já citado Dark Ages, Conquer (2008) e Omen (2010), sem falar que, simultaneamente, dedicam também seus compromissos com o Cavalera Conspiracy e seus respectivos "full-lengths" Inflikted (2008) e Blunt Force Trauma (2011), saciando a vontade de uma possível (e ainda longe de acontecer) reunião do Sepultura. Com sangue nos olhos, Max e Marc trocam de cozinha e chamam Tony Campos (baixo) e David Kinkade (bateria) para gravar Enslaved. Com produção do Zeuss (Hatebreed, Agnostic Front), o oitavo disco é um dos melhores de 2012, pois tanto o som quanto a capa é de arrepiar. Na parte visual, seria uma mistura de Chaos A.D. (

Claustrofobia: Dez patadas no saco em português

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Sabe aquele disco que representa o que é uma banda de verdade? Aquele lançamento que quando a gente põe nos nossos ouvidos, dá pra sacar que essa mesma banda, ou artista, sabe a mensagem que está passando? Foi com essa pretensão que o Claustrofobia resolveu fazer ao realizar seu maior sonho: compor e lançar um álbum todo cantado em português, com as mesmas características que fizeram eles famosos. Quem acompanha a trajetória do grupo, sabem que eles nunca negaram suas raízes, fazendo o seu Metal Malóka, cuspindo sua fúria pra todos os cantos do globo infestado de pragas doentias. em todos os discos, sempre colocaram faixas com a nossa língua. E é a partir daí que resolveram ser mais ambiciosos e fizeram Peste. Sim, são dez patadas no saco, todas cantadas em brasileiro (português fica mais clichê!). A capa ficou mais macabra e o formato digipack é coisa de primeiro mundo. Méritos do Ciero (DaTribo) e da própria banda que não se acovardou ao realizar tamanha proeza. Vamos às

Slayer: 23 anos após Reign In Blood, outro álbum magistral

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23 anos após esse magistral disco Reign In Blood, o Slayer resolveu pintar o globo de sangue. World Painted Blood é a prova de que a Terra está mesmo sem rumo para continuar vivendo, com todas essas catástrofes. A faixa-título resume tudo isso, com direito a riff macabro e brutalidade a mil. Cortesia de Jeff Hanneman com a letra de Tom Araya. Outras faixas merecem muito mais destaque, como a Hate Worldwide (boa para pogar!), Snuff (que solos du caraio!), Americon e Public Display Of Dismenberment, todas com palhetada do careca barbudo com sobrenome de rei, Kerry King. Psychopathy Red é o primeiro single, e essa tem o fascínio do Araya por serial Killers, assim como Human Strain. Hanneman possui as melodias, aliadas ao estilo macabro e sádico do Slayer, temas como Beauty Through Order, mais parecida com Motörhead. O holocausto chega ao fim com Playing with Dolls e Not Of This God. Se alguém achou que o Slayer não tem mais pique, tenho o dever de avisar que vocês são uns mané

Testament: Como Metal deve soar, pesado, rápido e claro

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Em 1999, o Testament lançou o álbum The Gathering. Com certeza, aquele disco é imbatível. Das músicas, da produção ao line-up, composto pela bateria do "alien" Dave Lombardo, do baixista Steve DiGiorgio, das guitarras de James Murphy e Eric Peterson, além do vocal fora-de-série do Chuck Billy. The Gathering foi (e continua) aplaudido por público e crítica. Nove anos se passaram e, assim como AC/DC e Metallica, eles romperam o silêncio (devastado pelas turbulências que rondaram a banda nos últimos anos) e lançaram The Formation Of Damnation (2008). Da mesma forma como o Metallica gravou o Death Magnetic, Chuck e Eric chamaram seus antigos companheiros Alex Skolnick (g) e Greg Christian (bx) e o batera Paul Bostaph (ex-Slayer, Exodus e Forbidden) para matar a ansiedade de seus fãs, que torciam por um grande clássico. É lógico que os tempos são outros, porém isso não mudou em nada na carreira do Testament. Só pelas músicas já valeu cada centavo do meu bolso. Além da

Heaven & Hell: Devil You Know foi último suspiro do Mestre

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Pra muita gente, a fase Ozzy Osbourne sempre será a melhor do Black Sabbath. Ao lado do Madman, temos Tony Iommi, Geezer Butler e Bill Ward que, juntos, gravaram pérolas como Paranoid, Sabotage, Sabbath Bloody Sabbath e o autointitulado disco de estréia. Porém, é inegável que a fase com Ronnie James Dio e Vinnie Appice foi, é, e sempre será a mais produtiva e bem-sucedida da história. Quem nunca se embalou ao som de Heaven And Hell, Mob Rules e Dehumanizer? Aquela voz potente do baixinho, aliado ao peso dos riffs de Iommi e a cozinha sempre segura de Butler e Appice entrou para o rol do Sabbath. Depois da turnê de reunião com a formação original, Iommi e Butler se encheram de só tocar a fase Ozzy e, sedentos por criar material inédito, voltaram a se reunir com Dio e Appice para criar outro grande clássico, só que desta vez, a banda resolveu se chamar Heaven and Hell. Mas quem se importa? Estamos diante de uma das formações mais fantásticas do Black Sabbath. E, pra isso, gra

Master: O Mestre contra os Estados Unidos

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Existem músicos que constroem carreiras com suas bandas. Mas existem aqueles que possuem um currículo astronômico de participações de determinadas bandas e/ou projetos. Entre esses casos, nomes como Mike Portnoy, Steve Lukather, Jörg Michael e o finado Ronnie James Dio são os mais citados. Mas existe um que poderia merecer essa honraria: Paul Speckmann. Suas bandas, da qual ajudou a iniciar o cenário Death Metal, são desconhecidas pelo grande público, como White Cross, War Cry, Death Strike, Krabathor e Abomination, mas foi com Master que ele se destacou no cenário underground. A banda teve seus altos e baixos (mais baixos do que altos) nos anos 80. Mesmo assim, ele não desistiu e passou a tocar seus projetos em frente. Remontou o Master em 1998 e lançou suas peças pelo globo afora. Apesar de não conquistar fama como seus colegas de longa data, Speckmann seguiu sua jornada. Atualmente morando na República Checa, Paul e Master lançaram em 2008, Slaves to Society. Eis a sua r

Baranga: "Roqueiro brasileiro tem cara de bandido?"

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Sabe aquela máxima "Roqueiro brasileiro tem cara de bandido"? Pois é nesse tal de Rock ‘N Roll que a banda paulistana Baranga dita suas regras com seu terceiro disco Meu Mal. Xande (cantor, guitarra e slide), Deca (guitarra), Soneca (Baixo Elétrico e coros) e Paulão (Batera, Pratos e coros) não precisam de sobrenomes para serem conhecidos, apesar do baterista ter um currículo de causar inveja (Centúrias, Harppia, Firebox, Cheap Tequila). Mas é com essa banda que eles provam que Rock ‘N Roll é a base de suas vidas. Depois do bem-sucedido Whiskey do Diabo (2005), lançaram Meu Mal botando tudo para quebrar. Paulão pedala com Filho Bastardo, numa velocidade impressionante. Não à toa que essa faixa foi escolhida para ser o seu clipe de trabalho. Todo esse disco tem tudo o que precisam saber sobre carros, mulheres, bebedeira e sacanagem à vista. Apesar das faixas Garota Rocker, Frango Farofa e Cachaça, Na Contra-Mão e a faixa-título chamarem a atenção, é com Fuego Del I

Violator: o ressurgimento do Thrash está acontecendo no Brasil

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Quando se fala em Thrash Metal, vocês lembram da Bay Area, situada em São Francisco (EUA); ou da cena Alemã ou canadense. Mas, o que vem ocorrendo atualmente aqui no Brasil é o ressurgimento do estilo que consagrou bandas como Exodus, Vio-Lence, Whiplash, Testament, Heathen, Kreator, Destruction, Tankard, Sacrifice, Razor, Voivod, Onslaught (ING), só para citar alguns. Quem viveu aquela época sabem da importância do Thrash para o globo. Com as voltas das lendárias MX, Desaster, Anthares, Minotauro, Panzer e outras, aquele espírito de vestir jaquetas cheias de patches, tênis branco e calça jeans apertada voltou a explodir na alma dos thrashbangers brazucas. Algumas bandas, como Bywar, Decimator, Blasthrash, Bloody, Beyond The Grave, Farscape e Prophecy herdaram tudo o que um verdadeiro fã consegue sentir. A maior prova disso é confeir a discografia da banda Violator. Formada em Brasília, em 2002, Pedro "Poney" Arcanjo (vocal/baixo), Pedro "Capaça" (guitar

Threat: tudo que um fã precisa ouvir

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Formada em 2001 por Wecko (v/g), Fábio Romero (v/bx), André Curci (g/bv) e Edu Garcia (bt), o Threat fez o que poucas bandas possuem: personalidade. Após lançar três EPs e fazer apresentações memoráveis (incluindo abertura para Anthrax), registraram seu primeiro álbum completo. Com toda sua experiência, rumaram para o Mr. Som e, com o auxílio de Heros Trench (Korzus), lançaram Heaven to Overthrow. O que se ouve é uma banda entrosada, tanto nos seus instrumentos quanto nos vocais. Uma mistura de Machine Head, Suicidal Tendencies e Biohazard. Mas o que foi dito acima diz claramente. Headshitch abre o disco com aquela martelada, riffs quebrados e vocais nervosos. Destaques para Out Of Sight Out Of Mind (com solo de Heros), a faixa-título, Ready, Alone Once again, Mý Enemy (com solo de Hugo Mariutti), Scars, 15 Years e One Man Stand. Todos esses sons tem tudo o que um fã precisa ouvir. Mesmo com o peso em evidência, há ecos de Rap e tons modernos. Outro destaque é a arte gráfic

Helmet: mesclando Heavy Metal com o groove do Funk

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O Helmet foi formado em 1989 pelo vocalista e guitarrista Page Hamilton, que saiu de Oregon para morar em NovaYork para estudar Jazz e violão clássico. Com isso, se tornou PHD em Jazz, pela Universidade de Nova York. Com fortes influências de Sonic Youth, Killing Joke, Aerosmith, AC/DC e Led Zeppelin e por seu conhecimento sobre Jazz, Hamilton decidiu formar a banda, mostrando uma maneira diferente de tocar Rock, mesclando Heavy Metal com o groove do Funk e as improvisações jazzisticas. Para sua formação chamou Henry Bogdan (bx), o australiano Peter Mengede (g) e John Stanier (bt). Conhecido como "uma banda pensante de Heavy Metal", o Helmet resolveu evitar os padrões tradicionais do Metal, como cabelos compridos, acessórios, roupas de couro, para um modelo mais simples, como bermuda e tênis, no melhor estilo skatista. Naquela época, o Grunge tomava conta no cenário musical, enquanto bandas como Metallica e Guns 'N Roses alcançavam o auge de suas carreiras. Ap

Body Count: causou barulho ao misturar Rap com Thrash Metal

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No final dos anos 80 e começo dos anos 90, o Rap tomou conta da música em geral. Seja nas rádios, nas vendagens, na moda ou nos noticiários. Porém, o que ninguém imaginava é que o Rap também fazia par com o Rock. Run DMC se juntou com o Aerosmith para regravar Walk This Way, retomando a carreira da banda, que andava meio apagada. Depois, o Public Enemy gravou Bring The Noise com o Anthrax, que não fez feio com o EP I'm The Man (1987). Todos esses registros foram fundamentais para o surgimento do Rap Metal (muito antes do New Metal). E a primeira banda a dar cabo foi o Body Count. Formado pelo rapper Ice T (Tracy Marrow), a banda causou barulho ao misturar os riffs de Thrash Metal com as frases de efeito do hip hop. Conhecido por ser um dos primeiros gangsta rap da época, Ice T fez barulho ao gravar a música Cop Killer, em que critica o sistema policial, além do abuso da violência. Com essa música, o governo ordenou que as primeiras cópias de Body Count fossem recolhidas

Endrah: dá vontade de se jogar de um penhasco

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Em 2004, o baterista Fernando Schaefer (cujo currículo dispensa apresentações!) se juntou com o guitarrista Billy Graziadei (Biohazard) para formar um projeto que misturava Hardcore com Death Metal. Nessa empreitada, se juntaram o guitarrista César "Covero" Passos (ex-Nervochaos), o baixista TJ (ex-Treta e Nervochaos) e o vocalista Scream. Rebatizado como Endrah, lançaram a demo DEMONStration. A partir daí, ocorreram as saídas de Billy e do Scream e a vinda do americano Relentless para os vocais. Como definiu o baterista como uma mistura de Slayer, Cannibal Corpse, Meshuggah e Hatebreed, o Endrah lançou em 2007 seu primeiro disco, auto-intitulado. Com a ajuda do produtor Ciero (Da Tribo), Endrah possui dez faixas que dá vontade de se jogar em um penhasco e cair de cabeça em uma pedra. O som é extremamente violento e técnico, destacando os bumbos duplos e as viradas de Fernandão. Relentless canta como se estivesse vomitando sangue na cara desses malditos que roubam

Napalm Death: uma lenda do som extremo

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O Napalm Death veio em uma época que, para fazer um som pesado, precisa ultrapassar os limites da velocidade da luz. Surgidos na cidade de Birmingham (ING), berço do Black Sabbath e Judas Priest, a banda inovou no quesito brutalidade e ousadia, numa fase em que o Thrash Metal estava se desgastando e o Death Metal herdava os ensinamentos do Slayer, Celtic Frost, Possessed e Repulsed. Inspirados nos filmes de guerra, como Apocalypse Now, Platoon e Nascido para Matar, o Napalm Death fez voz aos acontecimentos mais cabulosos da Humanidade, como guerras, religiões, políticas e temas sociais. Desde seu primeiro disco Scum (1987), a banda passou por mudanças de formação, até contar atualmente com Mark "Barney" Greenway (v), Mitch Harris (g/bv), Shame Embury (bx) e Danny Herrera (bt). Despois de mudanças drásticas de sua sonoridade, o grupo voltou com carga total com Enemy of the Music Business (2000), criticando o sistema da indústria musical. Depois de homenagear seus í

Scorpions: eles cumpriram a promessa

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Resolvi escrever sobre o disco que marcou a volta do SCORPIONS ao estilo que sempre o consagrou: Hard Rock de qualidade. Desde Crazy World (1990), e seu megahit Wind Of Change, os alemães de Hanover ficaram apagados, devido à moda Grunge, que varreu a cena pesada. Após Eye To Eye (1999), viram que seu veneno não surtia efeito. Foi então que tiveram a ideia de revisitar sua trajetória, ao gravarem, com o auxílio de uma orquestra, o Moment Of Glory (2000) e desplugarem suas guitarras com Acoustica (2002). Assim como na música que escreveram, Don´t Make no Promisses, do álbum Animal Magnetism (1980), Rudolf Schenker (guitarra) e cia provaram que voltariam a gravar um disco tão pesado e inquebrável. E é com esse título que nomearam seu então novo trabalho. Unbreakable é folheado com o mais puro aço, tanto nas cordas da guitarra quanto nas cordas vocais de Klaus Meine. New Generation abre o álbum com as guitarras afiadas e aquele marcante refrão de Klaus. Love ´Em Or Leave ´Em t

Beatles: mudaram os rumos da música mundial

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Quem nunca ouviu sequer uma música, ou um disco, dos FabFour, atirem a primeira pedra! Os anos 60 estavam a todo vapor. Enquanto o Rei do Rock dedicava sua carreira de ator de cinema, surgia na Inglaterra quatro jovens que, com suas influências, mudavam os rumos da música mundial. Com dois discos nos primeiros lugares na paradas britânicas, os Beatles decidiram que era a hora de mostrarem a que veio. Com 13 faixas próprias, A Hard Day´s Night veio com um pacote extra: um filme estrelado pelos quatro cabeludos de Liverpool, que virou mania mundial (inclusive no Brasil, que intitulou Os Reis Do Ié-Ié-Ié). Voltando ao disco, como foi dito acima, é o primeiro que contém todas as músicas com a autoria de Lennon/McCartney. A faixa-título virou destaque, cujas imagens do filme mostrava os Beatles fugindo de suas fãs histéricas. George Harrison gravou essa peça com uma guitarra Rickenbacker de 12 cordas. Outros destaques ficam para I Should Have Known Better, If I Fell, Can´t Buy M

Pink Floyd: influenciado pelo livro A Revolução dos Bichos

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Sabe quando você quer fazer algo inacreditável, e alguém diz na sua cara e fala "só quando os porcos voarem"? Pois bem, Você está andando em algum lugar, vê uma construção enorme e tenta imaginar um porco triunfando entre as torres. Se acham aquilo impossível, então é melhor observarem a obra-prima do Pink Floyd, Animals. Se for para analisar a famosa capa desse disco, você deve estar imaginando o por que dessa expressão mais famosa. Um porco inflável sobrevoando o Battersea Power Station foi ideia do próprio Roger Waters, que virou ditador da sua banda. No auge dos discos Dark Side Of The Moon (1973) e Wish You Were Here (1976), a banda passou do paraíso ao purgatório, quando Waters inflou seu ego ao tentar tomar o controle absoluto da banda, façanha essa que foi conquistada durante as gravações do seu disco posterior The Wall (1979). Influenciado pelo livro A Revolução dos Bichos, de George Orwell, Animals fala sobre o controle dos animais em uma fazenda, causan

Nailbomb: Um dos únicos registros dessa pseudobanda

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O Sepultura ainda estava no auge de sua carreira, fazendo shows pelos quatros cantos do globo, apesar da má reputação em seu país de origem. Pois bem, enquanto o Andreas Kisser vivia ocupado com seus projetos paralelos, Max Cavalera se juntou com seu "genro" Alex Newport (guitarrista do Fudge Tunnel) para seu projeto, só por diversão, mesmo curtindo a vida de pai de primeira viagem. Nailbomb é o nome desse projeto. Com o intuito de só durar um único registro, Max e Alex resolveram samplear algumas de suas influências, misturando Hardcore, Thrash Metal e Industrial, criando um estilo que, mais tarde, poderia ser útil para a carreira do Sepultura. A Roadrunner se interessou por esse material e lançou, em 1994, o Point Blank. A capa é chocante, mostrando uma vietnamita com uma metranca na cabeça. O som? Seria uma mistura de Sepultura com Ministry? Pode ser. Contando com a colaboração dos comparsas Igor Cavalera, Andreas e Dino Cazares (Fear Factory), o disco tem como

Hellyeah: pronto para detonar, como nos tempos do Pantera

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Quando todos achavam que Vinnie Paul (ex-Pantera, Damageplan) nunca mais iria tocar bateria novamente, depois do trágico assassinato do seu irmão Dimebag Darrell, em oito de dezembro de 2004, eis que ele ressurge com sua nova banda: Hellyeah, ao lado de seus companheiros Chad Grey (vocal, Mudvayne), Greg "Tribbs" Tribbett (guitarra, Mudvayne), tomcat (guitarra, ex-Nothingface) e Bob Zilla (baixo, ex-Damageplan). Com essa banda, lançaram dois discos, Hellyeah (2007) e Stampede (2010). Mas só agora é que eles querem se firmar como uma das maiores bandas da atualidade, quando lançaram Band Of Brothers. E o que se ouve nesse disco é que Vinnie está mais do que preparado para detonar, como nos tempos do Pantera. Produzido por ele em seu home Studio, no Texas, o novo disco é uma mistura de Pantera, com doses de southern rock e toques modernos. Chad está cantando como nunca, sem dever nada ao Phil Anselmo (Down, ex-Pantera), alternando gutural com melodia. Mas o destaque