Metallica: Álbum mostra agressividade, técnica e melodia
Sem possuir faixas compostas por Dave Mustaine, o terceiro álbum do Metallica mostrou que agressividade, técnica e melodia são ingredientes certos. Deixando de lado suas influências do NWOBHM e Punk, a banda criou seu próprio universo metálico. Tendo como tema a manipulação e o controle, a faixa-título virou peça-chave do disco. Riffs sensacionais, solos impecáveis e vocais marcantes fazem dessa faixa um clássico. Mesmo com o boicote dos "conservadores" do PMRC, Master fez história.
Outros pontos fortes são as pesadas Disposable Heroes (com riffs históricos de bater cabeça!), Battery (bela introdução e poderia virar trilha de corrida), Damage Inc (descendo a lenha) e Leper Messiah, com sua crítica à tele evangelização.
Mas não é só de Thrash que vive esse disco. The Thing That Should Not Be possui quantidades de riffs empolgantes (mais tarde fariam o mesmo com Sad But True) e a lírica, baseada em um conto de H.P. Lovecraft.
Marcante mesmo é a sombria Welcome Home (Sanitarium), que conta a história de um paciente que sofre de psicose, mas na parte musical, Kirk Hammett dá um show de técnica. Simplesmente, o Metallica equilibrou seu trabalho, mesclando faixas pesadas e melódicas.
Está faltando algo! Sim, aquela que virou obra-prima de Cliff Burton: Orion é um épico, com direito a solo de baixo matador.
Mesmo com todo esse trabalho fenomenal, o destino pregou uma peça. Em uma viagem à Suécia, o ônibus da turnê derrapou em uma estrada gelada, causando um acidente, que vitimou o baixista. Em seu funeral, tocaram Orion.
Marcado pela tragédia, Master Of Puppets virou o maior clássico do Metal, rivalizando com Reign In Blood (Slayer).
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