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Mostrando postagens de fevereiro, 2021

Imprevistos no show do Destruction

Domingo é um péssimo dia para ver shows ao vivo. Eu, que não sou bobo nem nada, pude conferir o show da banda alemã Destruction, no centro de São Paulo. Havia uma fila enorme, mas o problema foi um imprevisto que a banda gringa e a Nervosa tiveram em Manaus, quando atrasou o voo para SP. Taí a cara de raiva da então vocalista Fernanda Lira. Problemas à parte, a abertura da banda de meninas deu conta do recado. Elas estavam "P da vida", musicalmente falando. Pelo olhar do público machista, o que eles querem é outra coisa, que me recuso a publicar aqui. Nervosa destilou veneno potente na cara dos tarados de plantão, e as minas foram ovacionadas. Um aquecimento para o que viria por aí. Destruction ergueu a bandeira do Thrash Metal alemão e surfou um mar de clássicos da sua carreira. Outro problema foi a microfonagem, deixando o vocalista Schmier puto da vida, chutando os fotógrafos. Foi um bom show, para deixar os ânimos leves.

Invasão extrema em São Paulo

2018 resolvi voltar a frequentar shows. E não poderia ser diferente, pois queria ver duas bandas gringas, ao mesmo tempo. E são extremas, por natureza: Cannibal Corpse e Napalm Death. O Carioca Club abrigou todos os fãs para testemunhar um massacre sonoro, que tomaria conta do recinto. E, de quebra, comprei um DVD do Cannibal Corpse. O Napalm Death abriu os shows com aquilo que eu esperava: rodas e mais rodas violentas, assim como O Som. Barney parece um lunático, correndo de um lado para o outro, quase tropeçando. Pela segunda vez, vi Shane Embury em ação (o primeiro foi com o Brujeria, em 2007). A banda inglesa deu uma amostra de fúria e impiedade para o público, sedento por sangue. Clássicos e mais clássicos foram cantados pelo vocalista. A banda, a seguir, é a mais esperada. E parece que adora o Brasil. Desde 2000, o Cannibal Corpse botou o nosso país em sua rota (Não sei porque o governo federal não proibiu!). E o publico parecia um rebanho, pronto para seu abatido, com músicas sa

Calor infernal no show do Brujeria

O ano era 2007, e era final de ano. Eu estava de ressaca pós-TCC da faculdade. E queria aproveitar o momento de curtir o show do Brujeria. Era o meu primeiro show internacional que eu iria. Quando eu cheguei, havia uma fila de headbangers na porta do Inferno Club, da Rua Augusta (SP). Todos estavam aproveitando o momento de frequentarem os bares. Entrando na casa, percebi o sufoco que eu iria passar, com o imenso calor, que rondava o ambiente. Deveriam ter uma área de ventilação para o recinto. Ponto negativo para A casa. Claustrofobia abria o show, chamando o público (que estava se matando de calor) para o massacre sonoro. Recém-chegados da Europa, a banda não perdoou ninguém, com os sons que estavam tocando. Depois disso, era a hora mais esperada do sábado: Brujeria contagiou a todos, com sons extremos e sujos, que só eles sabem fazer. A formação contava com Fantasma e Juan Brujo nos vocais, Shane Embury na guitarra, Jeff Walker no baixo e Adrian Erlandsson na bateria (Ambos com codi

Mini-Ozzfest no Parque Antártica

2008 eu fui ao extinto estádio Parque Antártica (SP), para ver o Ozzy Osbourne. Ele estava em turnê no seu disco Black Rain, ao lado das bandas Black Label Society e Korn. Eu estava em êxtase, mas também nervoso, pois estava com prenúncio de chuva na capital paulista. A primeira banda foi a BLS, do Zakk Wylde. Era a primeira vez que o guitarrista toca, ao mesmo tempo com Ozzy, com sua banda no Brasil. O que não falta é talento e feeling de Zakk, ao tocar seus hits, como Suicide Messiah, Concrete Jingle, Fire It Up, Bleed For Me e Stillborn. Ponto para essa banda, que fez um batismo alcoólico no Brasil. O Korn tocou, em seguida, com direito a pingos de chuva no estádio. Eu considero a banda mais deslocada do show, mas ela não fez feio e o público ficou provocando, gritando Ozzy. Depois do show do Korn, era a hora mais esperada da noite: Ozzy Osbourne levantou a galera com hits e clássicos de sua carreira. A formação, na época, é cultuada: Zakk Wylde, Blasko, Mike Bordin e Adam Wakeman.

Sepultura - Quadra

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Qualquer fã está careca de saber sobre a história do Sepultura. Desde que houve a ruptura entre o Max Cavalera e o restante da banda, os fãs ficaram apreensivos sobre o que aconteceria sobre o futuro da banda. Quando recrutaram Derrick Green para os vocais, a dúvida ainda permaneceu. Hoje, mais de vinte anos depois, lançaram vários discos, com três bateristas diferentes, e aquele espírito do Sepultura continua intacto. Derrick, Andreas Kisser, Paulo Jr. e Eloy Casagrande mantiveram o mesmo espírito e a pegada brutal, que nunca desperdiçaram. Depois do bem-sucedido Machine Messiah (2017), a banda se enfurnou na Suécia com o produtor Jens Bogren e lançaram Quadra. Andreas encontrou no livro The Quadrivium, o conceito de quatro artes liberais: a música, a cosmologia, a geometria e a matemática. Quadra também significa os quatro integrantes do Sepultura, e também o momento de manifestação, quando as coisas acontecem. Mas, vamos as músicas do disco. Abre com Isolation, o

Sepultura - Arise

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Em uma época remota, em que as bandas de Metal estão desaparecendo da grande mídia, somente uma banda tomou, de assalto, o cenário, declarado morto, para os críticos. O Sepultura estava a todo vapor, depois do bem-sucedido Beneath The Remains (1989). Agora, teve total apoio da Roadrunner, tanto comercial quanto musical, com direito a um empresariamento da Glória (na época ela, ainda não era casada com o Max). Mais uma vez, a banda contava com Scott Burns na produção e Andy Wallace na mixagem, e o estúdio foi o Morrisound, na Flórida (EUA). Mal sabia eles que a empolgação era no nível máximo. Para dar um gostinho especial, a organização do Rock In Rio chamou o Sepultura para tocar no Maracanã, ao lado de feras metálicas (Megadeth, Queensryche, Judas Priest e Guns 'N Roses). E os fãs tiveram a melhor notícia de todas: foi lançado o Arise, em uma edição especial, com a parte da capa original. Com aquele Thrash Metal de estraçalhar o crânio, Arise começa com a intro sinistra, para a fa

Pink Floyd - The Dark Side of the Moon

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Um marco na história da música mundial. Essa é uma das inúmeras definições do aclamado disco do Pink Floyd. O Dark Side of The Moon foi concebido no famoso estúdio Abbey Road, com produção da banda, com a ajuda do Alan Parsons. Foi lançado em 1973. A gravação foi toda pensada, marcando a nova fase da banda, após a saída do Syd Barrett, por causa dos problemas mentais. O som ficou mais dinâmico, com direitos a inúmeras nuances tecnológicas. Todas as músicas são peças fundamentais e podem ser ouvidas, na íntegra. Speak To Me abre o disco, para Breathe deixar chapado, para, a partir daí, On The Run nos transportar para o espaço sideral. O barulho dos relógios introduz o clássico Time, com os vocais de David Gilmour e Richard Wright embelezarem o ambiente, incluindo um dos solos de guitarra mais belos de todos os tempos. Haja feeling. The Great Gig In The Sky é outro momento de beleza, com aquele vocal feminino de aplaudir. Clare Torry gravou os vocais. Outra que

Soulfly - Archangel

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Desde que lançou Enslaved (2012), o Max Cavalera reencarnou seu espírito de Max Possessed, dos primórdios do Sepultura. Esqueça aquele new Metal e aquela batucada dos primeiros álbuns do Soulfly, porque o negócio é outro. Após o álbum Savages (2013) e o seu Pandemonium (2014) do Cavalera Conspiracy, a "alma que voa" expele seu opus mais sujo e agressivo: Archangel. Para a produção, foi chamado Matt Hyde (Slayer, Children of Bodom e Monster Magnet), para dar um peso mais técnico e brutal, ao mesmo tempo. Max usou e abusou de sua criatividade e compôs muitas músicas, guardadas em seu armário de riffs. Marc Rizzo dá uma aula de técnica e feeling. Zyon espanca seu kit, como papai ensinou. O primeiro single foi We Sold Our Souls to Metal, um hino para fazer inveja ao "Metal retardado" do Manowar. As faixas seguintes, como a faixa-título, Sodomites, Mother of Dragons, Titans e Deceiver são belas amostras de uma guerra sem fim. Além disso, os bônus vê

Soulfly - Ritual

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Max Cavalera é uma máquina de fazer Metal. Depois de divulgar seu show, tocando a fase Beneath The Remains e Arise (com seu irmão Igor), sua banda Soulfly lança mais um disco. Talvez o melhor desde Chaos A.D., do Sepultura. E por quê? Porque Ritual tem elementos que remetem a essa fase áurea do Sepa nos anos 90. Só ouvindo para reparar. A faixa-título tem elementos dos primeiros anos do Soulfly. Dead Behind The Eyes conta com os vocais de Randy Blythe, do Lamb of God. Brutal e sujo. Evil Empowered tem os vocais de Ross Dolan (Immolation), com aquele pique Death. Feedback! é uma homenagem ao Lemmy Killmester, uma faixa bem divertida. Como sempre, o disco termina com um instrumental, o Soulfly XI. Resumindo: o disco é ótimo. Dá pra ouvir, sem medo de cara feia.

Ratos de Porão - Cada Dia Mais Sujo e Agressivo

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Depois de lançar o divisor de águas Descanse em Paz, o Ratos de Porão anda lado-a-lado com o Sepultura, fazendo o Crossover. E parece que aquele estigma de "traidores do movimento Punk" está mais longe do nunca. Com isso, a banda foi para BH e gravaram Cada Dia Mais Sujo e Agressivo, com o lançamento pela Cogumelo. E nós achamos esse título do disco um lema do RDP, pois o som continua brutal. João Gordo, Jao, Jaba e Spaguetti descem o cacete no sistema político e social, vomitando tudo o que há de podre em nosso país (estávamos nos anos 80, quando o presidente era o bigodudo Sarney). Gordo testemunha tudo o que estava acontecendo, com as músicas Plano Furado, Crise Geral, Morte e Desespero (com Andreas Kisser participando), Sentir Ódio e Nada Mais e V.C.D.M.S.A. Aliás, Max Cavalera e Kisser faziam os backing vocals. E a fúria permanece intacta, nos dias de hoje, ou seja, nada mudou de quase quatro décadas atrás.

João Gordo - Viva la vida Tosca

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Não há um ser humano que tenha vivido todos os tormentos da vida urbana do que João Francisco Benedan. Ou, simplesmente, João Gordo. Filho de um militar e de uma dona de casa, Gordo sofreu, na própria carne, as mazelas da sociedade capitalista. As broncas, os tapas e as feridas em carne viva marcaram-no. Ele descobriu o Rock muito cedo, além da cultura que inundava sua TV de tubo preta e branca, nos anos 60. Com seu intelecto afiado, ele resolve relatar, em seu livro, co-escrito pelo jornalista André Barcinski, o Viva La Vida Tosca, lançado pela Darkside Books. João Gordo conta como se tornou Punk, em um Brasil totalmente ditatorial. As suas influências, a sua vida no interior, o início da cena Punk no Brasil, até se juntar à mais duradoura banda do mundo: Ratos de Porão. Gordo também fala das turnês, da sua amizade com o Sepultura, o gosto pelo Metal, as drogas (que quase lhe custaram a vida), o sucesso batendo a sua porta, a sua ascensão na MTV. Sem falar das tretas que teve com vári

Eu, Elton John

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Embalado pelo sucesso de seu filme Rocketman, o cantor e compositor Elton John resolveu escrever sua autobiografia, intitulada EU, Elton John. Elton, ou melhor, Reginald Dwight, nasceu e vivia num subúrbio de Londres. Teve uma infância difícil, com as brigas de seus pais, o descobrimento pela música, o primeiro disco, a sua entrada para uma conceituada escola de música. De lá para cá, ele estava bem experiente, tocando em bares e pubs, o encontro com Bernie Taupin (que dura até hoje), suas primeiras composições, o contrato com a gravadora, o sucesso batendo em sua porta. As turnês, os fãs, sem falar do sexo, drogas e Rock and Roll, que tomaram conta da turbulenta vida do Elton. As angústias, as tristezas, o difícil relacionamento com a mãe, as amizades conhecidas pelo público, e da sua compulsão por compras. Elton John, hoje, vive feliz, é pai, embaixador da luta contra AIDS, ganhador de Grammys e Oscars, milhões de discos vendidos. Precisa dizer mais? Como na música Rocketman, ele con

Carro Bomba - Compactado

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Com certeza, em tempos de serviços de streaming e plataformas digitais, a música sempre prevalece em nossos corações. Apesar de estarmos inundados com essa música popularesca de hoje em dia, o Rock Brazuka continua vivo. E mais forte do que nunca. É o caso da banda paulistana Carro Bomba. Formada por Rogério Fernandes (vocal), Marcelo Schevano (guitarra e vocal), Soneca (irmão do Marcelo, baixo) e Biel Astolfi (bateria e vocal, ex-Against Tolerance), a banda lançou "cinco atentados", em forma de Heavy Metal, cantado em português. E agora, lançaram em 2019, o EP Compactado, em formato de vinil. Contendo apenas duas músicas, o compacto foi lançado pela lendária Baratos Afins, e produzido pela própria banda. A intenção de lançar em compacto, foi ideia da própria banda. Sabe aqueles compactos que os nossos pais ouviam naquela época, dos anos 70 e 80? Pois é, quem é nostálgico, vai ficar mais extasiado. O lado A tem a Refugo, com aquele peso que o Carro Bomba sabe fazer. Direto e

Bíblia da Carnificina - A Biografia oficial do Cannibal Corpse

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Joel McIver, mais uma vez, entrou nas entranhas do Death Metal e realizou uma sangrenta amostra literária da sua vida: entrevistou o Cannibal Corpse, para fazer a Bíblia da Carnificina. Depois de se aprofundar nas histórias de várias bandas de Metal, o jornalista resolveu dissecar toda a trajetória sanguinária dessa, que é uma das bandas mais bem-sucedidas do Metal mundial. O livro contém duas partes: a primeira tem as histórias dos integrantes, contando suas histórias de como foram suas amaldiçoadas infâncias, até serem apresentados pela música.  Cada um virou capítulo, incluindo algumas das letras das músicas de toda a carreira do Cannibal. Aqui no Brasil, foram traduzidas e contém comentários dos integrantes sobre a concepção das letras. A segunda parte conta a história dos 25 anos da banda (o livro foi publicado em 2014), dos primórdios, os primeiros discos, a famosa participação do filme Ace Ventura, as polêmicas sobre as capas dos discos, a censura em vários países, o boicote nos

Exodus - Shovel Headed Tour Machine - Live at Wacken

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Exodus é o maior legado do thrash Metal de todos os tempos. Junto com o Metallica e o Slayer, criaram um dos movimentos mais cultuados do Metal. Pra mostrar aos EMOS e os coloridos como se faz música brutal, Gary Holt e seus capos voaram para Wacken open Air, tocaram para 80 mil noiados de Noé e registraram, em DVD, o acontecimento. Shovel Headed Tour Machine é uma aula de brutalidade a mil por hora. O que mais uma banda poderia fazer ao começar o massacre com Bonded By Blood? Será que é pedir demais? Nada nesse mundo seria impossível para Exodus. Gary Holt e Lee Altus rasgam nossas cabeças com riffs e solos (isso é o jeito Bay Area de tocar!). Tom Hunting espanca seu kit, sem dó nem piedade. Parece um moleque de 20 anos atrás. Já o Rob Dukes, faz tempo, possuiu a ingrata jornada de substituir os lendários Paul Baloff (RIP) e Steve "Zetro" Souza. E, por sinal, é até nojento. Não precisava assoar o nariz em frente às câmeras. Mesmo assim, não há como ficar parado e ver um mar

Canibal Filmes - Os Bastidores da Gorechanchada

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Numa época em que o cinema brasileiro se tornou refém do mainstream norte-americano, com aquelas comédias sem graça (que só o povo brasileiro dá risada forçada, tentando achar graça!) e filmes intelectualóides para agradar críticos frustrados, existem aqueles tipos de filmes que o público específico foge do padrão e tem como foco, a diversão. Diversão, aliada à sangue, corpos mutilados, sexo explícito, trilha sonora perturbadora e reconhecimento pelo exterior do mundo.  O cinema brasileiro tiveram ícones, que mudaram a cara e a imagem, para virar história. Nomes, como Glauber Rocha, Anselmo Duarte, Zé do Caixão, entre outros, fizeram seus nomes amaldiçoados ganharem o respeito mundial, além das fases, como Cinema Novo, Cinema Marginal, Boca do Lixo e Pornochanchadas. Um dos seus filhos ilustres dessa época gloriosa (e maldita) é o catarinense Petter Baiestorf. Pelo nome, pode-se imaginar um intelectual. Mas, na verdade, ele É um intelectual. Do Gore, do Splatter e do Horror. Sua carrei

Comando para Matar

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Como era bom ser macho-alfa nos anos 80. Todo homem de verdade queria ser o Schwarzenegger, Stallone, Van Damme... E esse filme é o maior exemplo para entender o símbolo de macheza. Arnold correndo contra o tempo, arruma uma ajudante, arromba uma loja de armas, sequestra um aeroplano, bate em policiais marrento, pega um anão pelo tornozelo e joga no penhasco, depois rema até chegar a uma ilha do ex-ditador, se pinta para a guerra, munido de metranca e bazuca, mata um exército inteiro, enfrenta o Freddie Mercury... Tudo para salvar sua filha! Quer um filme de macho como esse? Tá aí. Hoje em dia, os marmanjos só querem saber de melar a cueca e mostrar e dar o cú, virando a Anitta, Beyonce, Pablo Vittar... Afe! Ainda bem que fui criado pela família certa!

Coringa

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Desde os tempo remotos, a figura de um psicopata só serve para descrever o reflexo da sociedade. Desde o famoso vilão, interpretado pelo saudoso Heath Ledger, nunca um personagem foi tão intenso e psicótico, como foi o Coringa, do Joaquin Phoenix. Arthur Fleck é um comediante fracassado, que vive se dando mal em um emprego de palhaço, para animar lugares, como hospitais e asilos. Vive com sua mãe, que têm psicose aguda e moribunda, em um apartamento comum, em Gotham City. E não é só isso: Fleck tem ataques de risos frequentemente, toma remédios controlados, por um psiquiatra. Porém, ele assiste a TV e se depara com seu ídolo, Murray Franklin ( Robert De Niro), que entrevista o Thomas Wayne, que promete limpar as ruas violentas da cidade. Coringa não é só um filme de vilão se fazendo de herói, mas uma crítica social de que o mundo está errado. Será que precisamos de muitos psicopatas sócio-políticos? O longa se tornou um sucesso, consagrando o Phoenix como o ator do ano, com algumas pre

Barulho Infernal

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Nesses cinquenta anos, o Heavy Metal passou por mutações, subgêneros e ditou tendências musicais, com o passar das décadas. Mesmo com o advento das plataformas digitais, o Metal continua firme e forte, para a alegria dos fãs e para o desespero dos puristas de plantão. Por isso, a literatura publicou muitos livros, na maioria, autobiografias de bandas. Mas, se é pra falar do estilo em si, temos dois livros: Heavy Metal - A História Completa, de 2010, e Barulho Infernal, de 2014. Esse último, escrito por dois jornalistas (Joe Wiederhorn e Katherine Turman), apresenta, em mais de 700 páginas, o melhor do som pesado. Contém uma introdução, escrita por Scott Ian (Anthrax), e o epílogo, escrito por Rob Halford (Judas Priest). Não é preciso ser um expert em Heavy Metal para saber que o ponto de partida é o primeiro disco do Black Sabbath. O livro conta, em capítulos, os subgêneros do Metal, contendo depoimentos de diversos músicos, de Sabbath até Lamb of God. Histórias recheadas de turnês, di

Angus - O Primeiro Guerreiro

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Em 2003, o Brasil conheceu o icônico Angus MacLachlan, criado pelo brasileiro Orlando Paes Filho. Baseado em temas nórdicos e anglo-saxões, Orlando resolveu criar uma franquia de livros, contando a saga do clã MacLachlan, iniciado nos primeiros séculos, depois de Cristo. Inicialmente, era pra ser uma franquia, mas Orlando só publicou três livros: O Primeiro Guerreiro, As Cruzadas e O Guerreiro de Deus. Ambos sofreram críticas, por causa da influência religiosa, que foi contada nessas histórias. Mesmo assim, os livros ficaram entre os mais vendidos, em todos os veículos impressos do Brasil e vendidos em mais de 30 países. Até mesmo Hollywood sondou o autor para transformar Angus em um filme. Embora as negociações não tenham dado certo, a ambição continua. Angus virou Ópera-rock, feito pela banda brasileira Kruzader. Temos o nosso Tolkien.

Iron Maiden - Run To The Hills

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Como já é de conhecimento para quem lê livros (especialmente de música), o escritor Mick Wall é conhecido por suas obras literárias, com as suas biografias do Metallica, do Lemmy Kilmister, do AC/DC e Led Zeppelin, só para citar os já lançados. Outra banda que também mereceu uma história contada, em detalhes, é a banda britânica Iron Maiden. Para isso, Mick viajou com a banda para entrevistar todos os integrantes e ex-integrantes, com direito a fotos e muito som pesado. Todo fã precisa conhecer a história de como Stevie Harris resolveu largar o futebol, para se tornar músico e ter uma banda de Rock. Daí, entram Dave Murray, Paul Di'Anno e cia. para se tornar o baluarte da NWOBHM. Depois da saída de Paul e a entrada do Bruce Dickinson, é que conquistaram o mundo metálico de vez. Lendo o livro, dá pra sacar que o escritor deu ênfase da época oitentista e os anos 90, quando a Donzela estava quase no vinagre. Mick também deu destaque para o retorno do Bruce até a fase Dance of Death. O

Animaq - Almanaque de Desenhos Animados

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Pra você, que já teve infância feliz e sadia, e acordava todas as manhãs para ligar a TV e ver seu desenho favorito, ou vários, tá aí uma boa pedida para aproveitar sua quarentena. Animaq - Almanaque de Desenhos Animados é um ótimo guia para começar e relembrar o quanto a sua infância era mágica. Escrito pelo jornalista Paulo Gustavo Pereira, o livro tem mais de 400 título registrados, dos anos 30 até os anos de 2000 (o livro foi lançado em 2010),além de curiosidades e histórias de vários estúdios de animação, do surgimento da TV a cabo. Leia e mostre pros seus filhos.

Blecaute

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Você já pensou se, um dia, você acorda e se depara com uma cidade deserta e cheia de pessoas imóveis? será isso um castigo do destino? Ou um sonho que nunca aconteceu? Esse é o foco do best-seller Blecaute, escrito por Marcelo Rubens Paiva, em 1986, e que ganhou 25 edições. Baseado na série Além da Imaginação, Blecaute conta a história de três estudantes de biologia (Rindu, Mário e Martina), que ficam presos em uma caverna, no interior de São Paulo, após uma inundação tomar conta. Quando a enchente acaba, eles saem e descobrem que São Paulo virou um deserto, cheios de manequins. É aí que mora o perigo: os três precisam sobreviver, antes que a loucura tomem conta. Em tempos de quarentena, esse livro é tão atual e empolgante, que você não vai largar de ler.

Soul

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Afinal, o que espera a vida depois da morte? Como é o sentido de viver, cada segundo de sua vida? Será que teremos uma outra chance de continuar a viver? Essas e outras questões vocês vão saber quando verem Soul, a nova animação da Disney/Pixar e a primeira do Disney+. Joe Gardner é um simpático músico de Jazz, que aceita um trabalho, que sempre sonhou. Mas, o que não sabia é que ele toma um rumo inesperado. Sua alma é transportada para um mundo completamente diferente. E para que ele retorna para o seu Eu, ele contará com a ajuda de sua guia. É aí que questionamos o porquê que temos que saber como é a vida ao chegar ao outro lado. A Disney/Pixar teve Todo o cuidado para fazer um trabalho, tão emocionante e completo. Veio em boa hora.

O Som do Silêncio

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Você já passou a vida sem ouvir? Já pensou o que pode acontecer se perder a audição?  Esse é o foco do filme O Som do Silêncio, filme de2019, que está no catálogo da Amazon Prime. Ruben é um baterista de Rock que, ao lado da sua namorada e vocalista Lou, formam um duo. Porém, Ruben sofre um zumbido no ouvido e descobre que sua audição acaba. Ele fica desesperado e recorre aos médicos. Quando tudo estava perdido, Lou convence o namorado a se tratar numa clínica para deficientes auditivos. Ele tenta se adaptar, mas ele percebe as dificuldades de se manter nessas condições. Esse filme nos remete ao outro filme, O Escafandro e a Borboleta, de 2007. Ambos falam das angústias e dificuldades de aceitar o novo eu. Um drama, para sentir o som do nada.

Metallica e a Sinfonia da destruição.

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Esse título que introduz essa resenha pode ser uma provocação, só por causa do nome do hit da banda rival do Metallica, o Megadeth de Dave Mustaine. Mas, vamos ao que interessa. A pedidos dos fãs, o Metallica resolveu fazer dois shows com a orquestra sinfônica de São Francisco, para comemorar os 20 anos do disco S&M, lançado em 1999, com a colaboração do saudoso Michael Kamen. No lugar do Kamen, foi chamado o regente Edwin Outwater, com o auxílio de Michael Tilson Thomas. Ambos mantiveram os arranjos do falecido maestro do S&M. Depois disso, os shows foram exibidos nos cinemas de todo mundo (Brasil incluindo). E, um ano depois, foram lançados, em formato físico, o S&M2. Quem ouviu (e viu) o primeiro disco de 99, pode sentir toda a vibe entre banda e orquestra, cujos arranjos são de arrepiar até o mais radical fã do Metallica. Agora, os anos se passaram, a banda lançou três discos e a pergunta que não quer calar: cadê o som da orquestra? Veja bem: ouvindo

O Poderoso Chefão: Desfecho - A Morte de Michael Corleone

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Em uma das cenas desse filme, Michael Corleone (Al Paccino) diz sua máxima: "Toda vez que estou fora, eles me puxam de volta". Essa frase seria profetizada pelo diretor Francis Ford Coppola, que encerrou a famosa trilogia sobre máfia. 30 anos depois, eis que Coppola decidiu refazer o filme, na sua maneira. Marcado como um dos mais controversos filmes de todos os tempos e de ter ficado na sombra dos aclamados dois primeiros (e ótimos) filmes, O Poderoso Chefão 3 foi ganhando vida nova e totalmente editado, com restauração do som. Coppola levou seis meses para editar o filme e utilizou 300 achados perdidos de arquivos. Usou imagens novas de filmagens, cortou 50 cenas e fez um final diferente, para a alegria dos fanáticos pela trajetória da família Corleone. Um filme marcante para fechar o fatídico 2020.

Os Violentos Vão para o Inferno (ou Os Violentos Homens do Texas)

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Pense num faroeste spaghetti violento! Pensou? Coloque três astros do cinema da época, um diretor consagrado do gênero e um compositor lendário! Colocou? Tá aí um dos filmes mais cultuados, Il Mercenario. No Brasil, teve dois títulos: Os Violentos vão para o inferno e Os Violentos homens do Texas. Franco Nero, Tony Musante e Jack Palance compõem o elenco, que envolve ganância, ambição e vingança. Um inescrupuloso dono de Minas no Texas trata os empregados como escravos. Daí, um mexicano e um forasteiro resolvem se vingar, contra a tirania de uma cidade. Sergio Corbucci dá o tom violento, em mais uma peça cinematográfica, ao lado de Django e Navajo Joe. Sem falar que tem a trilha sonora, composta pelo saudoso Ennio Morricone. Uma curiosidade: o filme se tornou cult, e ganhou um dos seus admiradores, um certo cara chamado Quentin Tarantino, que buscou inspiração para realizar Kill Bill e Bastardos Inglórios.

Cassino

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Com a aclamação de Os Bons Companhe iros e Cabo do Medo, Martin Scorsese, novamente com o roteirista Nicholas Pileggi e os atores Robert De Niro e Joe Pesci, resolve dirigir outro épico: Cassino. Baseado em uma história real, ambientada em Las Vegas, Sam Rothstein é um mafioso que administra um cassino que, com o auxílio do seu parceiro Nicky (Pesci), transforma em um império. Mas, Sam tem um ponto fraco: se apaixonou e se casou com Ginger (Sharon Stone), uma prostituta que é chave de cadeia, ao lado do cafetão Lester (James Woods). O que vemos é uma ópera sobre a máfia dos cassinos, o crime rondando, o dinheiro, sem falar do Pesci totalmente lunático. Como havia dito, a história é baseada na vida de Frank Rosenthal, que dirigiu cassino de Las Vegas, para a Máfia de Chicago, no anos 70 e 80. Mesmo o filme sendo taxado de violento e exagerado, Cassino foi aclamado pela crítica. Tanto é que Sharon Stone foi indicada ao Oscar de Melhor Atriz, categoria, na qual, faturou um Glo

Os Bons Companheiros

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Quando o mundo nem se lembrava de Martin Scorsese, eis que o gênio resolve criar seu épico cinematográfico, intitulado Os Bons Companheiros. Antes mesmo do outro gênio, que atende pelo nome de Quentin Tarantino, estrear nos cinemas, Scorsese já vinha planejando o mais sangrento filme da sua carreira até então. Nos anos 70, Henry Hill (Ray Llotta) era um jovem marginal, que evolui para um gângster Barra-Pesada. É aí que conhece dois de seus amigos: Jimmy (Robert De Niro), um ladrão friamente violento e Tommy (Joe Pesci), um psicopata doentio. Henry se casa com uma mulher judia (Lorraine Bracco), que não aceitava os crimes que seu marido praticava. Será que já vi esse filme antes? Henry narra toda sua história, da escalada do crime organizado, até ele virar informante do FBI. Onde também ele virava traficante de drogas, envolvendo sua família. Scorsese escreveu o roteiro, junto com o escritor Nicholas Pileggi, baseado no livro O Homem da Máfia. A trilha sonora é embal

O Fabuloso Destino de Amélie Poulain

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Nunca um filme foi tão encantador, como foi O Fabuloso Destino de Amelie Poulain, dirigido por Jean-Pierre Jeunet. Longe do subúrbio, onde morava com sua família, Amelie (Audrey Tautou) ganha a vida como garçonete. Um belo dia, ela encontra uma caixa no chão do banheiro. Ela descobre que, no seu apartamento, morava outra pessoa. Desde então, ela procura-o e devolve a caixa. Ao vê-la, Dominique chora de emoção. É aí que Amelie descobre o sentido para sua vida: dedicar a fazer sua boa ação, para as pessoas ao seu redor. Só uma coisa falta: um grande amor. O filme deu tão certo, que a Academia indicou a Cinco Oscares. Embora não tenha levado nenhum, fez seu nome na história do cinema europeu.

O Voo

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Filmes com desastres aéreos são marcantes. Mas, nada é comparado com esse. O Voo, dirigido pelo aclamado afilhado de Steven Spielberg, Robert Zemeckis (Trilogia De Volta para o Futuro, o ganhador do Oscar Forest Gump, Naufrágo), mostra como o consumo de álcool e drogas pode, drasticamente, mudar a sua vida. Whisp Whitaker (Denzel Washington) é um piloto aéreo que salva uma tripulação de um voo arriscado, fazendo-o virar um herói. Porém, a justiça duvida do seu ato, e ele precisa botar as cartas na mesa, para não perder seu mérito. Um verdadeiro drama, com uma atuação, pra lá de arrasador de Denzel, que foi indicado ao Oscar de Melhor Ator.

Milagre na Cela 7

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Milagre da Cela 7 é uma adaptação turca para o filme coreano, do mesmo nome. Uma história emocionante e tocante. Memo é um homem com problemas mentais, que cria sua fila Ova, junto com sua Avó, em uma fazenda. Porém, ele se vê envolvido em um assassinato, ou melhor, na morte da filha do tenente-coronel. Memo é levado ao presídio e é condenado à pena de morte. Mas, isso não impede de poder ver sua pequena filha. Com a ajuda dos seus colegas de prisão, Memo tenta acreditar em um milagre. Vendo esse filme, dá pra notar semelhanças de Uma Lição de Amor. Prepare seu lenço.

Tropa de Elite

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Depois do mais do que aclamado Cidade de Deus, em que foi abordado o crescimento das favelas na cidade do Rio de Janeiro, agora é a vez desse filme dá a visão sobre a violência policial e a corrupção da mesma corporação, sob o olhar de José Padilha. Capitão Nascimento (Wagner Moura) narra sua história de como queria dar um tempo no temido BOPE, para ficar com sua esposa, que estava grávida. Mesmo sob a pressão de seus comandantes, ele precisava de um substituto para seu lugar. É aí que entram Neto (Caio Junqueira) e Matias (André Ramiro), dois aspirantes a policiais da PM do RJ. Esses dois enfrentam a corrupção e a malandragem dos seus comandantes, enquanto Nascimento busca uma esperança. Porém, o destino se fez, quando Neto e Matias invadam uma favela e inicia um tiroteio. O BOPE vai e o capitão encontra os aspiras. As cenas são marcantes, como o curso de iniciantes, o preparo para o combate ao tráfico, além dos famosos bordões, que entraram no imaginário do

Intocáveis (2011)

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Há muitas pessoas no mundo que se sentem na vontade de jogar tudo para o alto e desistir da vida, num piscar de olhos. Mas, esse não é o caso desse filme, que se tornou um marco do cinema atual: Intocáveis (não confundir com Os Intocáveis, do Brian de Palma!). Phillip (François Cluzet) é um milionário tetraplégico que procura um assistente para ajudar em algumas atividades rotineiras. De todos os candidatos, encontra Driss (Omar Sy), um senegalês que vive nos subúrbios de Paris e que não tem experiência no que faz. De tanto tomar jeito, e de se abrilhantar com a mansão e a boa vida, Driss e Phillip formam uma amizade fora do comum. Em algumas cenas, o Driss oferece um baseado para o cadeirante, e, durante o jantar, eles começam a conversar sobre qual é o ponto G do Phillip. Com certeza, foi o filme mais visto da França em 2011, e a terceira maior bilheteria do seu país. Foi o filme mais rentável da história. O dinheiro arrecadado com a venda dos direitos de autor da adaptação do livro

Touro Indomável

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Depois de amargar uma derrota no Oscar, Martin Scorsese se inspira no boxe (e do filme que derrotou Taxi Driver, Rocky - O Lutador) para fazer o seu magnus opus: Touro Indomável. O filme conta a história do boxeador peso-médio Jake La Motta (Robert De Niro), conhecido como "Touro do Bronx". Ele, ao mesmo tempo que ele conquista o mundo, se vê um perfeito filho-da-mãe, completamente agressivo e possessivo. Principalmente com sua esposa (Cathy Morianty), e pelo seu irmão Joey (Joe Pesci). Ele vai da fama à lama, em poucos minutos, quando ele, finalmente, derrama suas lágrimas, após ver sua ruína deslanchar. Robert De Niro estudou a biografia do verdadeiro La Motta, para dar vida. Paul Schrader repetiu o sucesso de Taxi Driver e convenceu o Scorsese a realizar essa peça. O diretor teve que superar um drama pessoal. Como resultado, o Oscar foi para o De Niro e de melhor edição para Thelma Schoonmaker.

Gilda

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Em uma época, que o cinema tem realizado grandes produções, um filme marcou a carreira de uma deusa: Rita Hayworth. O filme? Gilda, dirigido por Charles Vidor. Johnny Farrell (Glenn Ford) é um jogador durão, que é salvo por um estranho senhor, que nada mais é que Ballin Mundson (George Macready), um dono de um Cassino ilegal em Buenos Aires. George promove Farrell como gerente do cassino, e apresenta a sua "canário" Gilda (Rita), uma mulher, que eu poderia dar algum adjetivo, para falar de sua beleza monumental. O que parece uma volta do passado de Farrell, virou um tórrido triângulo amoroso. O jogador passa a protegê-la de todos os tarados. Algumas cenas merecem destaque, como a cena do famoso strip-tease da Gilda, ao som de Put The Blame On Me. Gilda virou um fenômeno cult, endeusando Rita Hayworth, e abrindo espaço para demais divas do cinema.

Rain Man

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Nos anos 80, o autismo era pouco falado na sociedade. Porém, o tema foi abordado nesse filme, dirigido por Barry Levinson, o Rain Man. Charlie Babbitt (Tom Cruise) é um homem de negócios frustrado, que descobre que seu pai faleceu e herda, apenas, as roseiras e um carro conversível, enquanto toda sua fortuna fora deixada por uma instituição de caridade. Charlie e sua noiva vão até essa instituição e descobrem que o Charlie tem um irmão, Raymond (Dustin Hoffman), que é autista. Para conseguir o direito da herança, Charlie "sequestra" Raymond e parte para uma viagem ao Oeste dos EUA. É aí que Charlie descobre do seu irmão um jeito peculiar e humano. Como vemos, Raymond vive obcecado por programas de jogos na TV, repetindo frases, como "quem estava na primeira base?". As cenas em que os irmãos jogam em um cassino são um dos destaques. O filme foi baseado na vida e obra de Kim Peek, que, assim como Raymond, também decorava livros e diversas informações (Kim tinha Síndro

A Doce Vida

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Num mundo em que a fama está em ascensão, aparecem aqueles que querem tirar uma casquinha, como piranhas atrás de carne. Esses são chamados os paparazzi, esses intrépidos e metidos a profissionais da imprensa, que não perdem a oportunidade de transformar a vida das celebridades em um inferno. Para contar, como funciona o lado glamoroso (e sombrio) da fama, o diretor Federico Fellini criou A Doce Vida. Marcello Mastroianni vive o jornalista Marcello Rubini, que costuma frequentar restaurantes e bares, repletos de celebridades, prontas para serem devoradas pelos paparazzi. Entre elas, está a diva Sylvia (Anita Ekberg), estrela internacional, que desembarca em Roma para fazer um filme. O jornalista se vê envolvido pela beleza monumental da Sylvia, que não consegue controlá-la. Uma das cenas é quando Sylvia vai a uma fonte, se banha nas águas cristalinas e canta. Mas, nem tudo são flores para Marcello. O que se vê é uma trama de assassinatos, conspirações e o lado negro da fama. Várias cen

A Hora do Lobisomem (Ou Bala de Prata)

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Quando se trata de Stephen King, se trata do maior escritor vivo da literatura americana. Sua fome saciável de contar histórias e publica-las, são um prato cheio para os fãs, sejam de Terror ou de dramas sobrenaturais. E o Rei (com o perdão do trocadilho) também levou suas obras-primas para o cinema. E um deles é A Hora do Lobisomem (ou Bala de Prata, já que a tradução americana é Silver Bullet). Baseado no livro, Cucle of the Werewolf, escrito em 1983, a história começa na pequena cidade de Tarker's Mill, um lugar Pacífico, onde nada acontecia de especial. Porém, vários assassinatos começam a ocorrer. Enquanto os habitantes acham que um maníaco anda à solta, um garoto paraplégico Marty crê que não é humano, e sim um Lobisomem. Com a ajuda da sua irmã Jane, percorrem toda a cidade em busca do homem que é, na realidade, a Criatura. Como sempre, Stephen King da o seu ar da graça, para dramatizar e, ao mesmo tempo, causar tensão no espectador. No Brasil, foi exibido à exaustão no SBT,

Guidable - A Verdadeira História do Ratos de Porão

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Em um país, como o Brasil, não há uma banda que possa expressar todas as mazelas, do que o Ratos de Porão. Sempre raivosos, com a faca nos dentes e despejando ódio ao sistema capitalista, a banda foi tachada, por muito tempo, de "traidores do movimento Punk". Mas, por que eles foram tachados de traidores? O que passam nas mentes insanas dos integrantes e ex-integrantes? O que dizem os músicos que conviveram com o RDP? Para essas e outras questões, em 2009 foi lançado o documentário Guidable, contando a trajetória do João Gordo e seus asseclas. Desde o surgimento do movimento punk de São Paulo, onde bandas como Inocentes, Cólera, As Mercenárias e Voluntários da Pátria disputavam para ver quem era Punk de verdade. E o Ratos era uma delas. Quando teve a brilhante ideia de gravar o primeiro disco da América Latina: Crucificados Pelo Sistema. Toda a fúria de João Gordo foi posto à prova em faixas, como a faixa-título. Vendo que o Punk não tinha mais futuro, a banda resolveu adotar

O Exterminador do Futuro 2: O Julgamento Final

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Desde o Poderoso Chefão, outro filme resolveu dar sequência para entrar para a história do cinema. O Exterminador do Futuro foi um sucesso absoluto, transformou o ex-fisiculturista Arnold Schwarzenegger em astro dos filmes de ação e James Cameron em mago. Com isso, os estúdios resolveram investir pesado, para superar o primeiro filme. Era 1992. A tecnologia mudou. E era o momento dos efeitos visuais darem as caras. Novamente, James Cameron assumiu a bronca e chamou um elenco de peso. Mais uma vez, Arnold assumiu o papel de ciborgue, mas do lado do bem. Vindo do Futuro, T-800 tem a missão de proteger o então líder da resistência humana, John Connor. O que o garoto não contava é que outro Exterminador também veio do Futuro, mas, para matá-lo. O T-1000 (Robert Patrick) é feito de metal líquido, pode assumir a forma de qualquer pessoa. Enquanto isso, a mãe de John, Sarah Connor (Linda Hamilton), ficou internada em um hospício, por acharem que ela era louca. O que se vê é um jogo de gato e

O Despertar da Besta (Ou Ritual dos Sádicos)

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Depois dos renomados A Meia-noite levarei a sua alma e Esta noite encarnarei no teu cadáver, o cultuado cineasta José Mojica Marins resolve abordar um tema transgressor para a época: a disseminação das Drogas. Esse é o foco do filme O Despertar da Besta (ou Ritual dos Sádicos). Neste filme, um renomado psiquiatra injeta doses cavalares de LSD em quatro vítimas e preparam em experiências aterrorizantes. Zé do Caixão, mais uma vez, com o seu intrépido jeito de aterrorizar seus espectadores, da o seu ar da graça (ou desgraça) em seu filme, que foi censurado, por não passar uma mensagem positiva contra às drogas. O Despertar da Besta só foi liberado em 1986. Mas, nem por isso, abalou a carreira do cultuado Coffin Joe.