Metallica e a Sinfonia da destruição.


Esse título que introduz essa resenha pode ser uma provocação, só por causa do nome do hit da banda rival do Metallica, o Megadeth de Dave Mustaine. Mas, vamos ao que interessa.

A pedidos dos fãs, o Metallica resolveu fazer dois shows com a orquestra sinfônica de São Francisco, para comemorar os 20 anos do disco S&M, lançado em 1999, com a colaboração do saudoso Michael Kamen.

No lugar do Kamen, foi chamado o regente Edwin Outwater, com o auxílio de Michael Tilson Thomas. Ambos mantiveram os arranjos do falecido maestro do S&M.

Depois disso, os shows foram exibidos nos cinemas de todo mundo (Brasil incluindo). E, um ano depois, foram lançados, em formato físico, o S&M2.

Quem ouviu (e viu) o primeiro disco de 99, pode sentir toda a vibe entre banda e orquestra, cujos arranjos são de arrepiar até o mais radical fã do Metallica. Agora, os anos se passaram, a banda lançou três discos e a pergunta que não quer calar: cadê o som da orquestra?

Veja bem: ouvindo o S&M2, dá para sacar que o protagonismo da banda é evidente, por causa do peso das guitarras, deixando a orquestra em segundo plano. Se bem que, pelo lado musical, pode-se ouvir os arranjos.

Os destaques são The Ecstasy of Gold (do saudoso Ennio Morricone), The Call of Ktulu, For Whom The Bell Tolls, The Day That Never Comes e The Memory Remains, que a plateia cantou o nanana no final da música, para arrepiar até os componentes.

O repertório do Disco teve algumas faixas novas e as antigas, que estavam no S&M, como a No Leaf Clover. Também estavam duas faixas clássicas, a Scythian Suite, de Sergei Prokofiev e The Iron Foundry, de Mosolov.

O momento mais comovente foi compensado com o solo vocal de Hetfield, em The Unforgiven III. All Within My Hands, do renegado St. Anger, ganhou um tom melancólico.

E os fãs do saudoso Cliff Burton ganharam um presente: uma apresentação de (Anesthesia) - Pulling Teeth, com o baixo de Scott Pingel.

A parte final é só clássicos: Wherever I May Roam, One, Master of Puppets, Nothing Else Matters e Enter Sandman.

Resumindo: é um show ruim? Pelo contrário. É uma comemoração de um registro histórico.

O Metallica se consagrou, em sua carreira, com esse registro. Infelizmente, no Brasil, não tem lançamento nacional. Para finalizar: James Hetfield, sai dessa e volta a fazer o que você mais gosta!

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