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Mostrando postagens de novembro, 2022

Fatos de TV: Tupi, de um início histórico para o fim melancólico

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Quem conhece a história da TV Brasileira, sabe da existência da TV Tupi, a primeira emissora da América do Sul e a primeira em língua portuguesa no mundo.  Vários programas, telejornais, shows, transmissões esportivas e novelas fizeram história da Emissora Associada, de propriedade de Assis Chateaubriand. Poderia falar de diversas atrações históricas, mas vamos focar, apenas, no final da Rede Tupi. Em 1959, Chatô tomou a decisão de doar 49% das ações do grupo Diários Associados aos seus mais de 20 funcionários mais chegados, criando um Condomínio Associado, para a fúria dos filhos de Chateaubriand. Atravessando dificuldades e com problemas de saúde, devido à paralisação de todo seu corpo, o dono resolve doar o restante das suas ações ao Condomínio. No dia 4 de agosto de 1968, o pioneiro da Tupi morre de trombose. Foi aí que o Condomínio Associado assume totalmente o controle da Rede Tupi. Porém, era o início do fim, a partir dos anos 70. Com altas dívidas trabalhistas e da

The Wall encanta a noite no Espaço Unimed

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Depois do feriado, o Espaço Unimed promoveu o espetáculo The Wall Live, baseado no disco homônimo da banda inglesa Pink Floyd. Adentrando o local, reparamos em inúmeras mesas numeradas com quatro cadeiras. O público, formado por diversas idades, entraram e se acomodaram para ver o show. Às 21h00, o show havia começado. Porém, o ator principal, que fazia o papel do Pink, cantava, mas o áudio não estava funcionando. Ponto falho para a acústica da casa. Conforme foi melhorando, o show continuou. Além dos atores que faziam os papéis do filme The Wall, de 1982, estava a banda The Pink Floyd UK, que foi competente e bem entrosada. Músicas como In The Flesh?, Hey You, Mother, IS There Anybody Out There?, além das famosas Another Brick In The Wall e Confortably Numb levantaram a galera do recinto. O guitarrista solo tocava como se ele havia composto, nem parece que foi David Gilmour. Além disso, o modelo tem as iniciais SRV, de Stevie Ray Vaughan. As backing-vocal também não compro

Racionais - Das Ruas de São Paulo para o Mundo

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Nas palavras do Capitão Nascimento: "O cara que nasce pobre e preto não tem muita chance no Brasil". É esse o foco do documentário Racionais - Das Ruas de São Paulo para o Mundo, lançado pela Netflix. Dirigido pela Juliana Vicente, o documentário faz parte da comemoração dos 30 anos do grupo Racionais MC's, e do mês da Consciência Negra. Mano Brown, Edi Rock, Ice Blue e KL Jay falam de suas vidas, tanto na periferia de São Paulo, quanto como a música entrou em suas trajetórias. O filme tem, ao mesmo tempo, imagens de arquivo, de shows, gravações dos discos, da explosão do grupo nos quatro cantos do Brasil, além de fortes imagens da repressão policial, que sempre acompanhou o grupo. É com esse assunto que o Racionais gravou Sobrevivendo no Inferno, de 1998, que lançou os quatro componentes para a fama nacional, sendo que ganharam prêmios por vendagens de discos. As músicas foram o real retrato da triste história do nosso país, inclusive a música Diário de um De

PEsado - Que Som É Esse Que Vem de Pernambuco?

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Em posts anteriores, comentei o livro PEsado, sobre a origem e o reconhecimento do Metal em Pernambuco, escrito por Wilfred Gadêlha. Agora, recentemente, ele disponibilizou no YouTube o documentário PEsado - Que Som É Esse Que Vem de Pernambuco?, que ele dirigiu, ao lado de Léo Crivellari. Assim como foi publicado no livro, o filme conta como o estado nordestino se transformou no celeiro do som pesado, distanciando do frevo, forró e Maracatu. Bandas como Herdeiros do Lúcifer, Cruor, Will2Kill, Decomposed God, Devotos do Ódio, entre outras bandas falam de suas carreiras, além de depoimentos de fãs e pessoas da cena, sobre como o Metal entrou nas suas vidas. Além do show histórico do Sepultura em Caruaru, de 1987, que mudou a vida de muitos fãs pernambucanos. Outro destaque é a mistura do Metal com influências nordestino, como o forró, xote e manguebeat. Novas bandas como Terra Prima, Chaosphere e Cangaço renovam o som pesado cabra da peste. Veremos muitos registros como PEsa

Era a Noite das Mulheres brilharem na Audio

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À dois dias do feriado, os headbangers brazukas foram conferir um mini festival dedicado ao Metal Extremo, com as bandas Arch Enemy e Behemoth, e contando com as brazukas Nervosa e Crypta. Adentrando a área, o público veio em peso, sem contar os que estavam vendendo camisetas de bandas até bebidas, só pra lucrar em dia de show. Em se tratando de uma casa de espetáculo, só pecou por um detalhe: perto da porta da entrada, uma pessoa desmaiou por causa da aglomeração e do calor estafante. Alguns fãs tiveram que abrir uma das portas para ventilar e levar a pessoa para tomar um ar. Quando o público mais precisa de auxílio médico, o local presta esse desserviço. Com as portas finalmente abertas o público deslocou-se para ver as atrações e, porque não, tomar uma cerveja. Às 19h00, as cortinas se abrem e a Crypta prepara o Massacre. Fernanda Lira, Luana Dametto, Tainá Bergamaschi e Jessica Di Falchi estavam mais que inspiradas e com a faca nos dentes. Sem muito papo, tocaram as mús

Fome Animal

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Antes de tudo, um aviso: se você é fã de O Senhor dos Anéis e O Hobbitt, não assista a esse filme. Mesmo sabendo que é do mesmo Diretor, o Peter Jackson. Então, esqueça as produções milionárias e vencedoras do Oscar, pois o negócio é outro. Peter era um fanático fã de cinema, quando, num certo momento e de ócio, fez seu primeiro filme, Trash - Náusea Total (1987). Aquele filme foi o começo de sua vitoriosa carreira. Antes de falar do Fome Animal, gostaria de colocar outros filmes que o Então jovem Jackson fez, como Almas Gêmeas (1994, que lhe rendeu uma indicação ao Oscar de roteiro original), Os Espíritos (1996) e King Kong (2005). Dito isso, vamos ao que interessa. Baseado em Evil Dead (1981), Fome Animal tem como enredo a história de Lionel, um jovem rapaz tímido que se apaixona por Paquita. Os dois resolvem passear no zoológico. Porém, a mãe do Lionel, Vera, que é controladora ao extremo, segue o casal. Mas, ela é mordida por uma espécie de rato macaco. Com isso, ela pe

Carro Bomba - Migalhas

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Nas palavras do João Gordo: "O Rock Brasileiro é uma farsa comercial". Enquanto o sertanejo está morrendo, o Rock vai muito bem obrigado. Mesmo com a pandemia, os fãs e as bandas nunca arregaram, apesar do fraco apoio do sistema capitalista. Depois de dar uma amostra no som após lançar o EP Compactado, a banda Carro Bomba sai do silêncio e lança Migalhas. Após ter o apoio do André Kitagawa, a banda chamou Felipe Malavasi para fazer a capa, que ficou mais nervosa e agressiva. E quanto ao som? A banda gravou e produziu o disco no estúdio Orra Meu!, entre 2021 e 2022. As músicas estão mais Hard do que Heavy (sabe, aquele Thrash'N Roll dos discos Nervoso, Carcaça e Pragas Urbanas!), ou seja, estão mais maduras e bem trabalhadas, dando espaço aos teclado e violões. Mas o disco é ruim? De forma alguma, mostra que o Carro Bomba amadureceu com o passar dos anos. E a formação, com Rogério Fernandes, Marcello Schevano, Soneca e Biel Astolfi estão entrosados. Pra divulga