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Mostrando postagens de julho, 2022

Volver

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Com um toque feminino, como acontece em todos os seus filmes, Pedro Almodóvar realizou uma das obras-primas mais aclamadas do cinema europeu: Volver. A história gira em torno das irmãs Raimunda e Sole, que perdem os pais em um incêndio. Elas se encontram com sua tia, que mais tarde, ela morre. Raimunda tem uma filha, Paula, que sofreu um abuso sexual do seu pai. Inconformada, Paula acaba matando-o a facadas. Sua mãe acaba assumindo a culpa e esconde o corpo em um refrigerador, que fica no restaurante. Sole tem medo de fantasmas e acaba encontrando Irene, sua mãe que, acredite se quiser, é uma fantasma que veio para reparar uma injustiça que cometeu com suas filhas. Por ser uma mulher forte e determinada, Raimunda acaba se envolvendo com o espírito de sua mãe, sem saber que ela está "viva". O filme, por si só, é envolvente e tenso, mas, ao mesmo tempo, delicioso de assistir. Almodóvar deu seu toque peculiar ao colocar tons vermelhos no Volver. Destaque para Penélop

Animação e Música Erudita: uma ideia que marcou gerações

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A música clássica erudita está em toda parte. Seja no Metal ou até em Funk carioca. De vídeos do Tik Tok até em eventos esportivos, há música clássica em tudo. Você pode ter descoberto uma música em algum lugar. Seja em programas de TV ou no caminhão de gás. Eu descobri pelos Desenhos animados. E você também pode concordar com a minha visão. Já comentei do filme Fantasia, de 1941, realizado por Walt Disney, que revolucionou o cinema ao fundir Animação com Música clássica, com direito a orquestra sinfônica. E que, 60 anos depois, teve a sua sequência Fantasia 2000, com mais tecnologia e custo alto de produção. Nos anos 40, os estúdios de Animação investiram muito em adaptações de clássicos eruditos em seus desenhos. Um dos mais famosos é o episódio do Pica-Pau e Andy Panda tocando Trechos Musicais de Chopin. São cinco peças ao piano. O episódio faz parte da série Miniaturas Musicais, criado por Walter Lantz, para concorrer com Merrie Melodies, da Warner, Silly Symphony, da D

Elektra Assassina

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Existem mulheres que são super-heroínas, como a Mulher-Maravilha, Garota Marvel, Viúva Negra, entre outras. Mas, também existem as mais perigosas e implacáveis que ninguém quer por perto. E existe apenas UMA que é agente dupla, que atende pelo nome de Elektra Natchios. Criada pelo mestre Frank Miller, como a namorada do Demolidor, a personagem havia sido assassinada. Mas, a Marvel queria fazer uma graphic novel de respeito. E chamou Frank para escrever uma história contando as origens da ninja assassina. Miller chamou Bill Sienkiewicz para desenhar os traços surrealistas. Publicado em 1989, Elektra Assassina conta como a mulher fatal foi criada, treinada e programada para matar. Sob as ordens da S.H.I.E.L.D., ela tem que eliminar A Besta, um inimigo poderoso que possuiu o corpo do candidato à presidência dos Estados Unidos, Ken Wind. Porém, sempre tem maus elementos para estragar tudo. E o agente Garrett é um deles. Depois que Elektra quase o matou, o cara virou uma espécie

Mamonas Assassinas - A Graphic Novel Oficial

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Sem dúvida, os Mamonas Assassinas foram um fenômeno nos anos 90. Ao lançarem seu único disco, tomaram conta de tudo quanto é lugar por onde passaram. Porém, quis o destino pregar uma peça para todos nós, em 2 de março de 1996. Muitos anos passaram, e tudo mudou. Se antes já faziam graça sobre qualquer coisa, hoje em dia parece que o politicamente correto virou regra nacional. Eu (e qualquer um de vocês!) têm uma cópia do disco dos Mamonas. Saibam que as músicas contidas ainda tomam conta do imaginário. E para ilustrar tudo isso, o cartunista Thiago Ossostortos criou uma graphic novel oficial da banda, lançado pela Estética Torta  Ao lançar, ele deixou claro que a intenção era quadrinizar as músicas do disco, como se fosse uma história completa. Todo o conceito foi detalhado, honrando as piadas das letras. Sem baixar o nível (ou seja, sem piadas preconceituosas), mas com o humor escrachado que a saudosa banda fazia. Agora é só ler e se divertir, creuzebek!

Torture Squad em seu ápice do caos

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Em comemoração à semana do dia mundial do Rock, o dia 16 de julho foi marcado por causa do show da banda Torture Squad, realizado na casa La Iglesia, em São Paulo/SP. O show seria gravado para um disco ao vivo, e também dois clipes promocionais. Com isso, o público fez a sua parte e esgotou todos os ingressos, na sexta-feira. Ou seja, quem queria entrar, ou colocaria seu nome na lista, ou compraria na porta os que sobraram. Voltando à banda, Mayara Puertas, Renê Simionato, Castor e Amílcar Christófaro estavam radiantes e confiantes por essa noite, que prometia ser especial, já que estavam comemorando 29 anos de banda. Casa lotada, era a hora do caos se instalar no La Iglesia. Todos da banda se posicionaram e o público fez uma roda violenta. Lembrando que a área da casa era limitado, mas o pessoal nem ligou. Queria era extravasar todos os capetas. Sons como Horror and Torture, Living For The Kill, Generation Dead, Raise Your Horns, O Doutrinador, No Escape From Hell passeara

Crypta - Echoes of The Soul

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Em 2020, Fernanda Lira e Luana Dametto saíram da Nervosa e formaram, durante a pandemia, a Crypta, com as guitarristas Sonia Anubis e Tainá Bergamaschi. A expectativa era enorme, pois a proposta era fazer um som totalmente extremo. E, durante o ano, gravaram no Family Mob Studios, o Echoes of The Soul. Com 10 faixas de tirar o fôlego, o Death Metal da Crypta calava a boca dos machistas e negacionistas de plantão. Sons como Starvation, Kali (Luana triturando a bateria!), Under The Black Wings, Bloom Stained Heritage e Dark Night of The Soul são amostras de talento ímpar das meninas. From The Ashes virou hit, que fecha o disco, de forma espetacular. Sonia saiu da banda e Jessica Di Falchi entrou pra fazer a extensa turnê da banda. E Crypta foi capaz de espantar os fantasmas das almas perdidas.

Segunda do Apocalipse no La Iglesia

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Em uma segunda-feira, aconteceu o que seria O Apocalipse. Pois no La Iglesia ocorreu o show de três bandas: Desalmado, Surra e Crypta. Antes disso, o público fez a sua parte. Todos os ingressos ficaram esgotados em poucos minutos. Parecia que o dia prometia. Casa lotada, o anfitrião Marcelo Pompeu, do Korzus, abriu a "Igreja do Rock", dedicando a Pat Kisser, que faleceu domingo último. O Desalmado estava endiabrado, pois o som estava ora tinindo, ora embolado. Mas, ninguém se importou. Era cacetada atrás de cacetada extrema, contra os fascistas. Por seu um lugar pequeno, o La Iglesia impediu que haveria uma roda e moshs. Havia poucas rodas. O lugar estava lotado e, pode acreditar, o ar-condicionado quebrou. Depois do Massacre do Desalmado, era a hora do Crossover da banda santista Surra. Com um set de quase 100 (!) músicas, o trio estava enlouquecido. Pelo que vejo, eles são uma mistura de Thrash Punk com comédia, pois, no intervalo das músicas, o voca