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Mostrando postagens de janeiro, 2022

Korzus - Ties Of Blood

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O ano era 2004, e o Korzus completaria vinte anos de existência. Para comemorar, deu aos seus fãs, um dos presentes mais icônicos: um disco completo, com músicas mais brutais e diretas. O Ties of Blood. Depois de seis anos de hiato, após muitas experiências boas e ruins, Pompeu e seu companheiro Heros Trench adquiriram experiência ao se tornarem produtores e donos do Mr. Som. Foi então que Reuniram-se com os outros comparsas Sílvio, Dick e Rodrigo Oliveira para gravarem o disco. Sem dúvida, aquilo era muito especial para o Korzus. E não poderia ser melhor. As músicas viraram peças clássicas, como Guilty Silence, Screaming For Death, What Are You Looking For, Respect, Punisher, Never Get Me Down, Cruelty, Ties Of Blood e Who's Going To Be The Next. E não para por aí. Alguns convidados resolveram entrar na festa: os saudosos Andre Matos e Hélcio Aguirra gravaram Evil Sight, Andreas Kisser gravou Correria e João Gordo, Boka, Taurus (Força Macabra) e o saudoso Redson com Pe

Korzus - KZS

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Algumas bandas evoluem seu som, e permanecem as mesmas. O Korzus é uma delas. Depois do bem-sucedido Mass Illusion, a banda sofreu duas rupturas: Betão Sileci e Marcello Nicastro saem (o último, principalmente, traiu o movimento ao virar pagodeiro!). Com isso, Pompeu, Dick e Sílvio recrutam Fernando Schaefer e Soldado para gravarem novas músicas. Reuniram-se com o produtor americano Steve Evetts e registraram KZS, de 1995. O som seria uma mistura de Thrash Metal com Hardcore nova-iorquino, no melhor estilo Biohazard e S.O.D. Mas, com a cara do Korzus, e as letras do Pompeu. Os destaques ficam com Internally (riff sensacional!), Sadness e Namesake. As outras faixas mantém a pegada, com palhetadas da dupla Golfetti/Soldado e as batidas brutais do Fernandão. O Korzus partiu pra uma turnê nos EUA, no qual sofreu muitos apuros, mas com o pé no chão e a humildade de sempre. Como nem tudo é festa, Soldado e Fernandão saem Ps da vida, e formam o Treta. O trio remanescente continuou

Korzus - Mass Illusion

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Depois de gravar o EP Pay For Your Lies, com letras em inglês, o Korzus resolve se estabilizar ao registrar seu disco definitivo. Muito diferente do primeiro Sonho Maníaco, no qual renegam até hoje. Marcello Pompeu, Dick Siebert, Sílvio Golfetti, Marcello Nicastro e Betão Sileci estavam entrosados e se reuniram com Roger, do Ultraje a Rigor, no estúdio RAC, em Sampa, para gravar Mass Illusion. Do mesmo ano em que o mundo reverenciava o Sepultura, com o Arise, o Korzus focava nos headbangers brazukas ao mostrar como se faz Thrash Metal da melhor qualidade. Considerado, por muitos, como o melhor disco da banda, Mass Illusion abre com Agony, com aquela introdução sinistra, para a pancadaria comer solta. O seu clipe foi destaque no extinto Fúria Metal, da também extinta MTV Brasil. Outro destaque é Victim of Progress, com palhetadas cavalgadas, que só a dupla Golfetti/Nicastro sabiam fazer. P.F.Y.L, a faixa-título, a instrumental Unpredictable Disease, e a cover de Inútil do Ul

Sarcófago - INRI

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Voltando ao momento Grandes Clássicos Extremos, o álbum de agora é o divisor de águas do Metal Extremo: INRI, da banda Sarcófago. Considerada como Rival do Sepultura, a banda formada por Antichrist (saído da banda dos Cavalera brothers), Butcher, D.D. Crazy e Incubus estava muito inspirada pra gravar, depois do sucesso da coletânea Warfare Noise. O disco INRI foi gravado no estúdio JG, produzido por Ganguin, Tarso Senra e João Guimarães, e lançado em 1987, o ano de consolidação do Metal Brazuka. Várias versões do disco foram lançados durante anos, seja em LP e CD. Teve até tributos, com direito a covers, gravados pelas bandas Satyricon, Behemoth, entre outros. Pra saber sobre a importância do disco de estreia do Sarcófago, basta ouvir Clássicos como Nightmare, The Black Vomit, Satanas pra ver o que acontece. Com aquele Black/Death com ecos de Hardcore (totalmente Discharge), temas como Satanismo, sexo e anti-cristianismo, pra deixar qualquer evilgélico de cabelo em pé. D.D.

Mustaine - Memórias do Heavy Metal

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Se hoje em dia, Dave Mustaine é um cara conservador, cristão fervoroso e um dos caras mais malas do Metal, é porque você não conhece o lado diabólico e sombrio dele, principalmente na década de 80 e 90. O líder do Megadeth escreveu, em 2010, sua autobiografia intitulada Memórias do Heavy Metal, juntamente com o escritor Joe Layden, e relançado pela editora Belas Letras. O livro relata toda a trajetória do Musta, desde seu nascimento, sua vida tumultuada, por causa do divórcio dos seus pais. Seu encontro com o Rock. Depois as drogas e o sexo. Todos estão careca de saber sobre sua trajetória com o Metallica, sua entrada, sua contribuição até a sua expulsão. É aí que ele se vinga e cria o Megadeth. Recruta David Ellefson, depois durante os anos que passaram até 2002, muitos guitarristas solos e bateristas se revezavam, e gravaram discos icônicos, até mesmo superando a banda rival do Mustaine. É claro que o vocalista não teve papas na língua, nem mesmo poupando os seus companhe

Sepultura - Beneath The Remains

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Vários discos nasceram para se tornarem clássicos. Esse é o caso do Beneath The Remains, terceiro disco do Sepultura. Depois de efetivar Andreas Kisser, ao gravar Schizophrenia, em 1987, Max e Igor Cavalera, mais o Paulo Junior resolveram investir mais nas suas carreiras. Foi então que Max recebeu uma proposta da Roadrunner e foi pros EUA para acertar os compromissos que faria com o Sepa. Com o contrato assinado, a banda queria gravar com o produtor Top (na época!) Scott Burns, cujo currículo dispensa apresentações. Mas queriam gravar o disco no Brasil, de preferência num dos estúdios mais conceituados da época: Nas Nuvens. O Sepultura estava radiante, com a chegada do Scott ao Rio de Janeiro, de roupas suaves e de chinelos. Com tudo pronto, e gravando de madrugada, o disco foi gravado por um mês. Era o mês mais incrível para os meninos de Minas. A capa foi desenhada por Michael Whelan, que seria o colaborador da banda, mais tarde. Beneath The Remains é uma mistura de Kill

Machine Head - Bloodstone & Diamonds

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Sabe aquela frase famosa, "vamos separar os homens dos meninos"? Pois é, agora isso aplica ao Machine Head. Depois de três discos espetaculares, Through The Ashes of Empires (2004), The Blackening (2007) e Unto The Locust (2011), além do ao vivo Machine F**king Head Live! (2012) coroando a estupenda fase, Robb Flynn, Phil Demmel e Dave McClain investem tudo e mais nada. Adam Duce, antigo companheiro de Robb desde 1991, sai fora P da vida e o novato Jared Maceachern assume as quatro cordas e os backing-vocal. Com o time completo, o MH grava Bloodstone & Diamonds, o primeiro com a Nuclear Blast, e com a companhia do eterno A&R Monte Conner, dos tempos da Roadrunner. Coroando a ótima fase, o disco abre com duas pauladas na fuça, Now We Die e Killers & Kings. A primeira tem uma introdução épica, com ótimos arranjos de cordas, e o peso comendo solto. A segunda é de sangrar o pescoço de tanto banguear. Algumas outras faixas são extremas, com letras sombrias

Lockdown - Unholy Ceremony Heretic

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Junte um guitarrista foda, um baterista foda, um baixista foda, e um vocalista mais foda ainda. Juntou? Manda eles fazerem um collab durante a quarentena e nomeiam a banda. Nomeou? Façam músicas mais fodas sobre as consequências da terrível doença que assola o globo. Fizeram? Agora façam um disco, com essas músicas. Pois é, aí está o Lockdown. Com um nome desses, pode parecer uma banda nova, mas os integrantes são experientes de guerra: Antônio Araújo, Rafael Yamada, Bruno Santin, e um certo João Francisco Benedan, ou simplesmente, João Gordo. O disco Unholy Ceremony Heretic é uma aula de brutalidade sonora, de tudo o que os caras têm mais ódio, seja do desgoverno do Bozo de sunga, da pandemia, do caos instaurado, da pobreza extrema, do desprezo aos políticos, de tudo e mais um pouco. Antes disso, Gordo e Antônio queriam Alex Camargo, do Krisiun. Porém, ele pulou fora (amigavelmente) e chamaram o Japa. O disco do Lockdown foi gravado no Dharma Studios, com produção do própr

Metal Heart - A História do Accept

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Você deve ter ouvido essa frase: "Quem é Heavy, escuta Accept". Ou, "Não existe Accept sem Udo". Bom, pode parecer clichê ouvir essas frases, mas eu acho que devia saber sobre a clássica banda do Metal germânico. Quem conta essa história é o jornalista e escritor canadense Martin Popoff, no livro Metal Heart, lançado pela Estética Torta. Desde o início, Udo Dischineider criou a banda Accept, para distanciar da sua contemporânea Scorpions, que dominava o Hard Rock alemão. Mas, recrutou Wolf Hoffmann, Peter Baltes e Stefan Kaufmann e os rumos mudaram, nos anos 80. Clássicos como Restless And Wild, Balls to The Wall e Metal Heart viraram peças nas discografias dos fãs e shows ficaram eternizados. Porém, eles sofreram, ao tentar o sucesso comercial americano e pagaram o preço, ao dar uma pausa nas atividades. Retornando em 2009, Wolf e Peter recrutaram Mark Tornillo e gravaram álbuns fantásticos e mantendo a chama do Metal acesa. Tudo isso, sob o olhar dos

Fatos de TV: Aqui Agora - a origem do mundo cão

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Foi-se o tempo em que a TV aberta brasileira tinha várias opções para aproveitar o dia. Se hoje em dia é só lacração, imagina nos anos 80 e 90, quando as maiores emissoras do Brasil disputavam a audiência do público. Quem viveu essa época, presenciou o que há de absurdo na televisão. Recentemente, eu tava vendo, no YouTube, algumas edições do Aqui Agora. Pra quem caiu da Terra e não sabe o que é, eu explico. Aqui Agora foi um programa, criado no SBT, em 1991, cujo foco era o jornalismo popular, no melhor estilo Notícias Populares. Sempre com manchetes que chamavam a atenção do público-alvo. O SBT, nos anos 90, estava investindo pesado na sua programação. Contratou a então jovem Eliana, Serginho Groisman, Miéle, Marianne, Simony, além de criação de programas que viraram clássicos da TV, como Sessão Desenho, Bom Dia e Cia, Programa Livre, Cocktail, Dó Ré Mi, entre outros. Mas, o mais vanguardista foi o Aqui Agora, cujo slogan era "o jornal que mostra a vida como ela é, u

Krisiun - Conquerous of Armageddon

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O ano 2000 foi o divisor de águas para a humanidade. O bug do milênio dava sinais de que a população mundial voltaria ao início do século XX. MAS, o que ninguém pensava era que o fim dos tempos iria mudar os rumos do globo terrestre. Na música pesada, o que se via foram os dois lados da moeda: de um lado, capas, espadas, feiticeiros, bárbaros e fadas. Do outro, caras marrentos usando bermudas, camisas regatas, piercings, tatuagens tribais e visual de skatista. Era a era do Nu-Metal e o Power Melódico Sinfônico. Quem não gostava dessas modas, só havia uma saída: chegar ao Extremo. E houve uma banda para mudar tudo. Vinda de Ijuí/RS, o Krisiun calou a boca de todos ao executar a trilha sonora do Apocalipse: Conquerous of Armageddon. Depois de revelar ao mundo, quando lançou Black Force Domain (1995) e Apocalyptic Revelation (1998), os irmãos Max, Moysés Kolesne e Alex Camargo se juntaram com Andy Classen e Erik Rutan (que, tempos depois, se tornariam parceiros do Krisiun), na

Krisiun - Forged in Fury

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Num intervalo de quatro anos que separa The Great Execution do Forged in Fury, a banda gaúcha Krisiun experimentou o seu auge, ao se apresentar em diversos lugares, como o Japão e o Rock in Rio, ao lado do Destruction, cuja apresentação foi festejada e cravou o nome do Metal Extremo Brazuka. Depois de festejada, era a hora de gravar mais uma peça, para a alegria dos fiéis fãs, e para o desespero de quem gosta dessa música podre brasileira, recheada de lacração. Produzido pelo atualmente guitarrista do Cannibal Corpse Erik Rutan e capa desenhada pelo lendário Joe Petagno (Motörhead), Forged in Fury mantém a brutalidade sonora, forjada de fúria e aço metálico, no melhor sentido literal da coisa. Destaques: TODAS as músicas. Sem perder o sangue nos olhos e a faca nos dentes. E homenagens não faltam: o Krisiun sujou de sangue a música do Black Sabbath, Electric Funeral. Mesmo com a compra da Century Media para a Sony, a carreiras dos irmãos permanece intacta, sem perder a humi