Krisiun - Conquerous of Armageddon
O ano 2000 foi o divisor de águas para a humanidade. O bug do milênio dava sinais de que a população mundial voltaria ao início do século XX. MAS, o que ninguém pensava era que o fim dos tempos iria mudar os rumos do globo terrestre.
Na música pesada, o que se via foram os dois lados da moeda: de um lado, capas, espadas, feiticeiros, bárbaros e fadas. Do outro, caras marrentos usando bermudas, camisas regatas, piercings, tatuagens tribais e visual de skatista. Era a era do Nu-Metal e o Power Melódico Sinfônico.
Quem não gostava dessas modas, só havia uma saída: chegar ao Extremo. E houve uma banda para mudar tudo. Vinda de Ijuí/RS, o Krisiun calou a boca de todos ao executar a trilha sonora do Apocalipse: Conquerous of Armageddon.
Depois de revelar ao mundo, quando lançou Black Force Domain (1995) e Apocalyptic Revelation (1998), os irmãos Max, Moysés Kolesne e Alex Camargo se juntaram com Andy Classen e Erik Rutan (que, tempos depois, se tornariam parceiros do Krisiun), na Alemanha e gravaram Conquerous. Joe Petagno fez uma das capas mais brutais de que se tem história (que também seria parceiro da banda gaúcha).
O que se ouve é brutalidade impecável. Max desafiou as leis da física, com sua técnica apurada. Moysés frita seus dedos com solos endiabrados, causando inveja ao Trey Azagtroth, do Morbid Angel. Alex vocifera o anúncio do Juízo Final.
Destaques como Hatred Inherit, Soul Devourer, Abyssal Gates e a faixa-título merecem ser tocadas no Templo do Salomão, no Brás, para desespero dos infiéis evilgélicos. Especialmente essa última, com o refrão "Kill, Kill, Kill! Lord Jesus Christ!"
Com esse disco, o nome do Krisiun fincou na estratosfera do Metal, emergindo bandas mais extremas em solo tupiniquim.
Com o apoio da Century Media, a banda gaúcha fez lavar a Terra com lava de vulcão, entrando em erupção.
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