Assassinos da Lua das Flores

Há exatos quatro anos, Martin Scorsese deu uma declaração polêmica, ao ser questionado sobre o que acha dos filmes de super-heróis. Ele disse que não passam de "parques de diversões". É claro que o público geek não tolerou a crítica do célebre cineasta, chamando-o de "velho" e "ultrapassado".

Porém, o que precisam saber é que CINEMA não é só fantasia e, principalmente, efeitos especiais de encher os olhos d'água. CINEMA tem que ter história de verdade. E foi esse conceito de CINEMA que o Scorsese seguiu, quando criou Assassinos da Lua das Flores, que estreou essa semana.

No início do Século XX, a tribo Osage descobriu petróleo em suas terras. No entanto, Ernest (Leonardo Di Caprio) regressa à América, após a Primeira Guerra, e se instala no rancho do seu tio Bill King Hale (Robert De Niro). O velho recomenda à seu sobrinho que se encarrega de ser motorista para os índios.

Ernest conhece Mollie (Lily Gladstone), que se apaixona e, mais tarde, se casa. Mas, no início, ocorrem diversos assassinatos de índios Osage, sem qualquer investigação. Os chefes da tribo ficam apavorados e tentam, com todas as forças, apurar os fatos. É aí que entra em foco uma das horríveis conspirações dos EUA.

À medida que chegam as autoridades para buscar informações, uma série de crimes ocorre. E isso preocupa Mollie que, aos cuidados do Ernest, fica mais fragilizada. DiCaprio e De Niro fazem uma parceria icônica, não é à toa que Scorsese reuniu seus pupilos. Lily se entrega, de corpo e alma, numa atuação soberba.

Eis que chegam a recém-criada FBI, comandada por J. Edgar, para tomar conta da situação. Num certo momento, podemos relembrar alguns filmes, como Os Bons Companheiros e Gangues de Nova York. O início do filme nos remete ao 2001: Uma Odisséia do Espaço.

Assassinos da Lua das Flores será, sem sombra de dúvida, um candidato fortíssimo ao Oscar. Scorsese entregou o CINEMA ao seu público, enquanto o Universo Marvel/DC declina, vertiginosamente, com produções de baixa qualidade.

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