Sepultura - Arise
Em uma época remota, em que as bandas de Metal estão desaparecendo da grande mídia, somente uma banda tomou, de assalto, o cenário, declarado morto, para os críticos.
O Sepultura estava a todo vapor, depois do bem-sucedido Beneath The Remains (1989). Agora, teve total apoio da Roadrunner, tanto comercial quanto musical, com direito a um empresariamento da Glória (na época ela, ainda não era casada com o Max).
Mais uma vez, a banda contava com Scott Burns na produção e Andy Wallace na mixagem, e o estúdio foi o Morrisound, na Flórida (EUA). Mal sabia eles que a empolgação era no nível máximo.
Para dar um gostinho especial, a organização do Rock In Rio chamou o Sepultura para tocar no Maracanã, ao lado de feras metálicas (Megadeth, Queensryche, Judas Priest e Guns 'N Roses). E os fãs tiveram a melhor notícia de todas: foi lançado o Arise, em uma edição especial, com a parte da capa original.
Com aquele Thrash Metal de estraçalhar o crânio, Arise começa com a intro sinistra, para a faixa-título cair de pau na cara. Dead Embryonic Cells é marcante e sólida, ao mesmo tempo. Tanto Arise quanto Embryonic viraram clipes, gravados nos EUA. Desperate Cry é linda, com aquela melodia inicial, para a pancadaria comer solta.
Está certo que as três primeiras faixas são ótimas, mas o restante é sensacional. De Murder até Infected Voice, o Sepa da um pau em qualquer banda gringa. Qualidade excepcional.
No Brasil, teve a cover de Orgasmatron, do Motorhead (numa gravação em que o Max não lembrava de nada, pois estava embriagado).
O que dizer da banda? Max com seu vocal único, Andreas Kisser dando uma aula, o Igor massacrando seu kit e Paulo Jr. sempre na dele.
Uma curiosidade: a capa de Arise foi desenhado pelo lendário Michael Whelan, e foi escolhida pela banda na última hora. Antes, eles queriam outra ilustração de Whelan, porém foi dada ao Obituary, que lançou Cause of Death.
Em 2018, a Roadrunner relançou, em formato duplo, o Arise, com várias faixas bônus.
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