Sepultura: Vivendo seu momento oportuno em "Kairos"

Depois de dois álbuns conceituais, Dante XXI (2006) e A-Lex (2009), o Sepultura realizou seu projeto mais especial: contar sua própria história em forma de música. Pesada, diga-se de passagem.

Após uma série de incertezas, quanto ao seu futuro na música, a banda saiu da SPV e assinou com a Nuclear Blast. Pelo jeito, aquilo foi passado de dúvidas para expectativas. E para realizar tal proeza, Andreas Kisser e cia. chamaram o experiente produtor Roy Z (Bruce Dickinson, Halford, Judas Priest, Helloween, Sebastian Bach) para acompanhar, passo a passo, as gravações.

Como foi dito, Kairos foi baseado na história do Sepultura. A começar com os riffs nervosos de Spectrum, com direito as batidas tribais de Jean Dolabella, que saiu da banda, no último trimestre de 2011.

Voltando ao disco, a faixa-título relembra os tempos do Chaos A.D. (1993), parecida com Territory. Outros destaques são as pesadas Relentless, Mask, Born Strong (revisitando Roots Bloody Roots), Seether e a ousada Structure Violence (Azzes), com os tambores do grupo Tambours Du Bronx.

A versão de Just One Fix é de arrepiar, inclusive no final da música, aparece um riff de South of Heaven (Slayer). A capa é de dar medo, mas coube direitinho com a proposta.

Como o próprio nome diz, o Sepultura vive seu Kairos (Momento oportuno, em grego). E, mesmo com a vontade dos fãs de que uma reunião com os irmãos Cavalera possa acontecer, Andreas e seus asseclas continua, categoricamente, com sua jornada.

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