Slayer: Um Apocalipse sonoro
Fãs radicais do Slayer previam o pior, caso a banda gravasse algo diferente do que faziam Show No Mercy (1983) e Hell Awaits (1985). Porém, tudo virou realidade quando Reign In Blood deu a luz. Mais de 29 minutos em 10 faixas, RIB virou rival de Master of Puppets (Metallica). Enquanto a banda de James Hetfield e Lars Ulrich conquistavam os grandes palcos, os assassinos faziam o inferno queimar.
Começar o disco com a frase "Auschwitz, the meaning of pain. The way that I want you to die" é de causar calafrios na espinha. Angel Of Death virou polêmica, sob protestos de que o Slayer era nazista. Mesmo assim, ninguém (eu disse NINGUÉM) batia de frente nos caras.
O ódio contra a religião fez frente com Piece By Piece, Necrophobic, Altar Of Sacrifice, Jesus Saves, Criminally Insane, Reborn e Epidemic. Uma sequência de deixar Vaticano em estado de Pânico. Postmortem foi o último single, incluindo Criminally Insane remixado e Agressive Perfector. Voltando a Postmortem, quem nunca gritou "Do You Wanna Die?" atira o primeiro crânio.
MAS... o melhor estava por vir, pois o final é tão bom quanto o começo. Raining Blood vale o disco todo. Qualquer banda de Thrash Metal que se preza homenageia os assassinos com esse hino. Os efeitos de chuva, as batidas iniciais, o ranger da porta introduz o melhor riff de todos os tempos. Pra ouvir no dia 21/12/2012.
Agora sabemos porque a CBS recusou a lançar o disco. Sem apoio dos promotores e das rádios, Reign In Blood marcou época e virou bíblia sagrada do Metal. Após o lançamento, Dave Lombardo saiu (em pouco tempo) e Tony Scaglione (ex-Whiplash) tocou na turnê.
Para muitos fãs, esse foi o último disco bom do Slayer, que depois gravou e lançou South Of Heaven (1988), num ritmo lento e macabro.
Comentários
Postar um comentário