Ratos promovem o "culto" no Belenzinho
Depois de desbravar na Europa, o Ratos de Porão promoveu um "culto", em pleno Sesc Belenzinho, nos dias 6 e 7 de junho, com ingressos esgotados em poucos dias.
Na sexta, o Paulistano enfrentou um frio intenso e uma leve garoa, mas isso não intimida nem mesmo o mais radical fã da banda.
Ao adentrarmos, vemos a galera se deslocar e ver o palco ser tomado por uma avalanche de pancadaria. João Gordo, Jão, Bôka e Juninho foram ovacionados. Foi só tocarem os clássicos, como Amazônia Nunca Mais, Anarkophobia, Sofrer e Crucificados pelo Sistema, que o público respondeu, da melhor (ou pior?) forma possível: Moshs e mais moshs, rodas e mais rodas violentas.
Além disso, as "novas" pérolas, como o Exército de Zumbis, Conflito Violento, Toma Trouxa, Alerta Anti-Fascista e Difícil de Entender são indiretas contra o governo Paulista, contra a deputada fugitiva Carla Zambelli, no qual o Gordo murmuria: "A Vaca Fugiu!", além da briga do Trump contra Musk. Tudo isso com o senso de humor ácido e irreverente do vocalista.
Porém, o som não ajudou muito, pois o Gordo reclamava da aparelhagem, dizendo que não consegue ouvir cantar. Mas, o público não estava ligando. Queria mais pancadaria sonora.
Sons como Herança, S.O.S. País Falido e Morrer nos dão a certeza de que, algum dia, não estaremos vivos para ver o Brasil ter algum progresso.
Então, o encore veio com Beber Até Morrer, AIDS POP Repressão e Crianças Sem Futuro. O Ratos terminou a primeira noite em saldo satisfatório. Só não foi totalmente positivo, por causa do som embolado, mas valeu a pena. Aliás, o Ratos de Porão sempre foi vítima de "sabotagem" em shows, conforme vemos em eventos maiores em que são convidados.
Esperamos que músicas, como as do RDP, continuem tocando a ferida aberta da Sociedade capitalista.
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