Judas Priest: "Painkiller", marcando os anos noventa
Após o fraco Ram It Down (1988), Dave saiu por motivos pessoais, e quando todos achavam que o Judas iria descansar, eis que a banda recrutou Scott Travis (ex-Racer-X) para gravar seu mais precioso magnum opus: PAINKILLER.
Remetendo aos tempos de Sad Wings Of Destiny (1975), a banda convidou o produtor Chris Tsangarides (Anvil, Thin Lizzy, Helloween, King Diamond, Angra, Gary Moore, Tygers Of Pan Tang), que produziu aquele álbum, para resgatar a magia e o peso que tanto faltava.
Mesmo com a ascensão do Thrash Metal em decadência, a explosão do Hard Rock americano e o nascimento do grunge da década de 90, nada fizeram o Judas parar. A faixa-título introduz um tiro de bazuca, com direito a blast-beats, rifferama afiada e um agudo de fazer quebrar vidraças.
E pra quem acham que o disco se resume a uma só música, saibam que a atmosfera se faz presente em mais nove torpedos, como Hell Patrol, All Guns Blazing, Leather Rebel, Metal Meltdown (solos de chorar), Night Crawler, Between The Hammer & the Anvil, A Touch of Evil (com a coautoria do produtor Chris), Battle Hymn e One Shot At Glory.
Com esse lançamento, ninguém bateu de frente com os sacerdotes. Até mesmo os brasileiros conferiram sua primeira apresentação, no Rock In Rio 2, ao lado de Sepultura, Megadeth, Queensryche, Guns 'N Roses. Painkiller foi consagrado com a posição 26 da Billboard.
Tudo era festa e muito Metal, mas uma bomba acabou com o sonho: Rob Halford saiu para se dedicar ao Fight. Mesmo assim, os anos 90 foram marcantes, graças ao Painkiller.
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