Deicide - O álbum autointitulado
Toda banda de Metal é polêmica, por extrema natureza. Desde que o Black Sabbath surgiu, o estilo foi associado ao mal. Várias encarnações fizeram seus papéis, em diversas modas e estratégias de chamar a atenção da mídia (especializada ou não!).
Uma delas é a estadunidense Deicide. Formada nos anos 80, com a fusão das bandas Amon e Carnage, Glen Benton, Steve Ashein, e os irmãos Eric e Brian Hoffmann uniram suas amaldiçoadas forças e gravaram demos, no lendário Morrisound, com a produção do Scott Burns.
Numa estratégia de conseguir um contrato com a gravadora (na época, a mais famosa!) Roadrunner, Benton encurralou Monte Conner e disse: "Assina com a gente, Cuzao!". Sem entender nada, Conner achou que o vocalista era mais um moleque que gastou grana no Morrisound à toa.
Depois de ouvir uma das demos, o A&R da Roadrunner ofereceu um contrato com o Deicide e gravaram, no mesmo estúdio e com Scott na produção, o clássico disco Deicide, em 1990.
Com uma capa sinistra, o disco abriu as portas do inferno, com direito à blasfêmia e sanidade, com ataques ao cristianismo, devoção à doentes mentais, como Charles Manson e Jim Jones, tudo sob as palavras guturais de Benton.
Os irmãos Hoffmann cortam nossos ouvidos com riffs e solos, com a bateria avassaladora de Ashein, antecipando o Metal Extremo, com a tutela dos brasileiros do Krisiun.
Eu falei sobre polêmica. E não há nada mais polêmico que Benton imprimir uma cruz invertida na sua testa, para a fúria de conservadores, como Bono Vox, do U2. Sem falar que Benton tinha anunciado que iria se matar aos 33 anos de idade.
Quer um disco pra ouvir com as crianças para botar na cama? Pega o primeiro do Deicide. Bons sonhos (se puder!).
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