Invasão Mineira em Terra Bandeirante

Desde o último show que eu fui, em 29 de maio, na Virada Cultural, eu resolvi tirar um mês de folga de shows, tirando a Feira do Metal, no The Metal Bar e o documentário do Sergio Leone, no Espaço Itaú de Cinema. Agora, no dia 1o de Julho, fui, mais uma vez ao Sesc Belenzinho, para conferir o show da banda The Mist.

Lá, estavam fazendo a passagem de som, enquanto várias famílias estavam comendo no horário de tarde. Com o ingresso comprado, eu só iria ver o show às 20h30. Mas, o Sesc permite que qualquer pessoa pudesse ver a passagem do som das bandas.

É claro que, naquele momento, a banda tentava arrumar, mas a acústica não ajudava, causando falhas na microfonia. O vocalista Vladimir Korg, ao mesmo tempo, usava um inalador pra respirar (é, meus amigos, pra cantar desse jeito, tem que ter fôlego!).

Inclusive, o abordei e me apresentei a ele. Pense num cara super gente boa e uma lenda do Metal Mineiro, já que ele foi (ou é ainda?) vocalista do Chakal. Tirei foto com ele, fazendo cara de mau. De mau ele não tem, tenho certeza!

Depois, o meu amigo Tiago Castilho (a fera do rolê!) chegou e trocamos ideias. Ele tinha ido ver o show do Triburo ao Canisso, falecido baixista do Raimundos. Segundo o Tiago, ele tinha ido a mais de 400 shows em toda sua vida, enquanto eu estimo ter visto mais de 60. Vou chegar lá! Após isso, saí do recinto para esperarem liberar o local para os shows. 

Lá fora, conheci um fã do Metal, chamado Christian. Uma pessoa especial, pra não dizer outra coisa, ele anda de muletas e tem problemas de locomoção, tanto motoras quanto na fala. Mas, é um cara determinado, mora em Mogi das Cruzes (mesmo lugar que mora o Tiago), e é fanático por Metal. Uma prova viva que existe inclusão para pessoas especiais em lugares mais movimentados. Eu sou autista, tenho algumas coisas limitadas, mas isso não me impede de curtir e ir à shows, embora não goste de Aglomeração. Mas, em se tratando de shows de Metal, isso nunca foi meu problema. Cada um no seu quadrado.

Com as portas abertas, às 19h30, entrei no recinto e fui direto para a banda de merchandising da banda The Mist. Tinha camisetas dos discos, e CDs do The Mist e do Chakal. Pensei nos meus botões e resolvi comprar uma camiseta do The Mist e o CD do Chakal, o clássico Abominable Anno Domini (veja resenha desse disco neste blog!).

Reencontrei também com o cara que me vendeu o livro do Sepultura em espanhol. Disse pra ele que consegui lei o livro todo. Reencontrei também com o Ricardo Batalha, da Roadie Crew, junto com sua mulher Laura. Batalha usava a camiseta do Venom, enquanto Laura usava a do Possessed.

Chegando a hora do show, a banda The Mist adentrava e já esperando o massacre. Embora não houvesse circle pit, a plateia estava eufórica. Lá, eu Reencontrei Igor Lopes, do Em Ruínas, e o Laurence Miranda, do Faces of Death.

O público era formado por fãs da nova geração e da velha guarda do Metal. Todos no mesmo barco (lembra que eu falei sobre ir à shows de Metal, comparado com outros estilos?).

É claro que, no começo, a plateia percebeu os problemas de microfonia do palco. Nem mesmo deu pra ouvir o Korg berrar. Mas, sua presença de palco é seu carisma conquistou à todos.

No final, eu acabei pegando a palheta do guitarrista Thiago Oliveira, e reparei que tocou com o saudoso Warrel Dane, do Sanctuary e Nevermore. E também peguei o autógrafo do Korg, na cada do disco do Chakal.

Foi uma noite pra celebrar a invasão mineira em terra bandeirante.

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