Noite quente, regada ao Metal, no Hangar 110
São Paulo estava virando o inferno, nas últimas semanas, devido ao intenso calor. A população precisava se hidratar, de qualquer maneira. Mas, os headbangers se prepararam para o massacre, que seria no dia 22 de setembro, no último dia do inverno (será que era inverno no Brasil? Ou verão fora de época?), quando rolou um mini festival, o Hatred Festival, com as bandas Korzus, Kryour e o guitarrista Michel Oliveira, no Hangar 110.
No fim da tarde, estava garoando no recinto, o que seria um alívio para o povo, que se matava com esse calor. Quando os portões se abriram, lá dentro, estava fresco, devido à ventilação, bom momento para ficar mais aliviado.
A primeira atração da noite era o guitarrista Michel Oliveira. Conhecido na cena Paulistana, ao ser um dos precursores do Djent Metal, o guitarrista tocou, com sua guitarra de nove cordas, suas músicas autorais. A banda, que contava com baixo e bateria foi competente, deixando o peso tomar conta. Michel demonstrou peso e técnica apurada.
Depois, era a vez da Kryour se adentrar ao palco, com seu Death Metal melódico. Os três Gustavos (o vocalista Iandolli, o baixista Muniz e o guitarrista Guba Oliveira), mais o batera Matt Carrilho despejaram técnica e brutalidade, ao tocarem seus sons, desde que voltaram, esse ano, com novidades, entre eles o lançamento do EP. Ponto positivo para a banda.
Era 22h00 e o Hangar ficou pequeno, pois a lendária Korzus introduziu a sinfonia do caos, ao soltar Guilty Silence. Era hino atrás de hino. Marcelo Pompeu disse que, há 15 dias, estava com pneumonia, e que recebeu alta. Pedradas como Raise Your Soul, Discipline of Hate, Vampiro, You Can't Stop Me, Correria, I Am Your God, Agony, a "balada" Beware, não deixaram ninguém parado.
O público fazia rodas parecer a faixa de Gaza. Todos os integrantes soltaram peso e técnica. E o som estava tinindo. Pompeu continuava carismático e incitando a galera ao genocídio. O final foi bem apoteótico com Truth e a clássica Guerreiros do Metal, encerrando com o vocalista, dizendo que o Korzus poderá gravar um disco novo.
Termino com uma frase do filme O Despertar dos Mortos: "quando não houver espaço para o inferno, os mortos caminharão sobre a terra". No momento em que a música popularesca estiver nas mentes inocentes, o Metal jamais vai morrer.
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