Depois do Inferno, veio a fumaça!

Foto: Leonardo Benaci
Era meu primeiro show internacional, após uma semana da minha apresentação do TCC de jornalismo, e eu ia conferir o show do Brujeria, que estavam se apresentando no extinto Inferno Club, na Rua Augusta, com a abertura do Claustrofobia, que voltavam da Europa.
O local, pelo nome apropriado, fazia jus. Pois era precário, tanto na estrutura, quanto técnico. Não tinha ar-condicionado, nem saída de emergência, Nada além disso (seria, quase, um prenúncio, do que iria acontecer na Boate Kiss, em 2013?). O show, tanto do Claustrofobia quanto do Brujeria foram ótimos, mas o público sofreu, literalmente, com o calor infernal, virando um purgatório sem fim.
Desde então, eu fiquei com aquele receio que aquela experiência foi frustrante. Mas, passaram os anos, fui à muitos shows, adquiri experiência e amizades, conhecimento sobre a cena, até o dia 26 de agosto.
São Paulo, naquela semana, viveu o inferno (com o perdão do trocadilho!) em época de inverno, devido ao calor estafante. Mas, o sábado estava frio e garoando, até eu chegar ao Carioca Club. Comparando o Carioca com o Inferno, a casa de shows de Pinheiros era bem mais estruturada, com ar-condicionado, local apropriado para o público fumar um cigarro e tomar um ar, saídas de emergência, camarotes, ou seja, ganha de lavada, em termos de estrutura.
O Carioca abriu às portas, por volta das 16h40, e lá esperamos a atração começar, no horário de 19h30. Tocando uma música tradicional mexicana, Juan Brujo (vocal), El Sangrón (vocal de apoio), Pinche Peach (vocal de apoio), Hongo (baixo), El Criminal (guitarra) e Podrido (bateria), filho do Brujo, adentraram no palco, para o massacre chicano.
O show fez parte da turnê brasileira, marcando os 30 anos do lançamento do primeiro disco Matando Güeros, com a famosa cabeça degolada de um traficante. O público esperou esse momento para transformar o Carioca numa faixa de Gaza.
Várias músicas, como Colas de Rata, Henchando Chingados, La Migra, Matando Güeros, Consejos Narcos (no momento eu que exalava cheiro de maconha, para a ira dos seguranças da casa), Revolución, La Ley del Plomo, Brujerismo, entre outras, além de vários moshs dos presentes. Teve um momento em que testemunhei o cara dividindo o famoso pózinho com outro cara, mas isso eu não comento.
O Brujeria está pra lançar o novo disco, Esto és Brujeria, com o público querendo que toquem a nova música Bruja Encabronada, com o vocal da atriz Jessica Pimentel. O show terminou com uma versão "brujerística" de Macarena, chamada Marijuana, com direito a plateia no palco.
Era 20h30 e todos foram em suas casas, para curtir o resto da noite, regada ao famoso cigarro do capeta e muito álcool.
Comentários
Postar um comentário