Jesus estava entre nós, e se chama Robb Flynn
São Paulo, finalmente, testemunhou o Apocalipse que virou o Tokio Marine Hall, com a apresentação da banda americana Machine Head, pela terceira vez no Brasil, divulgando o recente disco Of Kingdom and Crown.
Porém, o percurso até chegar ao local foi difícil, devido à chuva. Mas, com o passar do tempo, resolveu dar trégua e lá os headbangers se deslocaram ao recinto para os portões se abrirem.
Chegou às 18h00 e os fãs (e a imprensa) entraram para ver os merchands das bandas que se apresentaram. Na pista estava dividido entre a parte da frente, destinada à área VIP.
Era 19h00 e o palco foi tomado pelo furacão chamado Project46. A organização resolveu chamar, aos 45 do segundo tempo, a banda para abrir o espetáculo.

Com um som potente e bem executado, Caio MacBezerra chamou a galera para "tocar o f***-se nessa P***a!. Começaram com Terra de Ninguém, Violência Gratuita e Capa de Jornal.

Fotos: Rogério Talarico
Pelo visto, o público respondeu, no modo mais literal.
A banda estava fazendo sua turnê de despedida, especialmente para o guitarrista Jean Patton, que vai sair da banda em breve. Mas, pelo visto, essa despedida, se depender dos fãs, não possa ocorrer, pois a formação, completada com o Vini Castellari, Baffo Neto e Betto Cardoso, é a mais entrosada.
Os cabras ainda despejaram ódio com Dor, Rédeas, Pânico, Corre e Erro+55. Até que Caio manda a ateia se Agachar, pra tocar Pode Pá, emendada com F***-Se. O final veio com o hino Acorda Pra Vida, pra fechar a abertura com o coro da galera no final.
Passada a abertura, com um leve atraso, eis que a introdução tocou e a galera clamou pra chegada do Messias. É isso mesmo, Jesus estava entre nós, e atende pelo nome de Robb Flynn. Machine Head tocou Imperium, para o massacre tomar conta do Tokio Marine Hall.
Robb estava demoníaco e despejou Fúria com The Blood, The Sweet and Tears, Choke In The Ashes of The Hate, New We Die, Is There Anybody Out there?, Unhallowed, No Gods No Masters, Locust, Old, Aestetics Of Hate...
Realmente, quando uma banda, como o Machine Head, chama a plateia para soltar tudo que incomoda no nosso cotidiano, nós mesmos levamos ao pé da letra.
Especialmente quando o Robb pergunta qual cover quer tocar. Ele deu quatro opções: Whiplash, do Metallica, Slayer com Seasons In The Abyss, Blink 182, com All The Small Things ou Hallowed Be Thy Name do Iron Maiden.
Quando tocaram a do Blink 182, foi uma surpresa, mas era brincadeira. Foi então que a escolhida foi a do Slayer, percebendo a preferência do público. Seasons encarnou os deuses do Egito.
Foi então que veio o momento do solo do guitarrista Vogg, com direito a trecho de Refuse/Resist do Sepultura.
É aí que Robb chega com seu violão e fala da importância da música em sua vida. Especialmente quando falou da importância do Sepultura, quando criou o Machine Head, e quando assinou com a Roadrunner, por causa da banda brasileira. Eis que ele tocou Darkness Within, para, no final, veio aquele coral, no melhor estilo The Memory Remains do Metallica.
Foram três horas de uma noite memorável.
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