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Mostrando postagens de dezembro, 2024

Fatos de TV: Gazeta, a mais paulistana das emissoras

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Vamos falar da emissora de televisão mais paulistana da TV Brasileira: a TV Gazeta. Deixo claro que não vou citar o atual momento que a emissora vive, sendo que sua programação foi locada por programas evangélicos. O que vale é a história em si. Mas, vamos falar do mentor: o jornalista Cásper Líbero. Aos 29 anos, ele assumiu, em 1918, o jornal A Gazeta, virando um fenômeno dos órgãos de imprensa da época. Por ser um apaixonado por esportes, ele idealizou A Gazeta Esportiva, que era um suplemento, virando depois um dos jornais mais importantes de esportes da América Latina.  Cásper Líbero foi um dos líderes da Revolução de 32, e este ato foi tão importante, que o mesmo fora enterrado no Obelisco do Ibirapuera, junto com os 4 mortos do Dia 23 de Maio (MMDC). Outro feito do jornalista foi a criação da Corrida de São Silvestre, que ocorre todo dia 31 de dezembro. Em 1943 ele investiu no rádio, ao adquirir a Rádio Educadora Paulista (atual Gazeta AM), que era pioneira em São...

Hatefulmurder - I Am That Power

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Formada em 2008, no Hell de Janeiro, a banda Hatefulmurder lançou seu quarto disco, o I Am That Power, sendo esse o terceiro com a vocalista Angélica Burns, mostrando o poder de fogo em 10 faixas explosivas. Gravado no Family Mob/SP e com a mixagem e masterização de Celo Oliveira, a banda mostra sua musicalidade soberba, com letras falando sobre vontade de evoluir, superar limites, sede por poder e vingança, além de ansiedade. Faixas como Eye For An Eye, Psywar e Crime & Castigo são provas desse conceito. A Crime & Castigo, única faixa em português, foi baseada no poema de Dostoievski, mostrando toda a faca nos dentes desse mundo hipócrita, que cresce a cada dia. Angélica Burns solta a leoa, com seu vocal soberbo. Enquanto o resto da banda mostra-se tecnicamente apurada. Ponto positivo pro Hatefulmurder.

Miles Davis - Bitches Brew

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No mundo da música, existem músicos que mudaram o conceito de um estilo musical. Porém, dois estilos eram inimigos mortais: o Rock e o Jazz. Mas, apenas UM músico resolveu inovar e reunir os dois gêneros, para entrar na história. O nome dele? Miles Davis. Influenciado por Jimi Hendrix, Sly Stone e James Brown, o trompetista carrancudo criou o Jazz Fusion (ou Jazz-Rock), ao gravar, em 1969, o disco Bitches Brew, que foi lançado em 1970. Contando com um time de feras do Jazz e do guitarrista John MacLaughin, o disco contém 6 faixas, sendo que as duas primeiras, Pharaoh's Dance e a Bitches Brew, têm mais de 20 minutos cada. É aí que a festa estava completa, com Miles mostrando que esse casamento do Jazz e Rock foi certeiro. Eu poderia jurar que estou ouvindo a trilha sonora de Taxi Driver. Com certeza, quem odiava o Jazz e, também odiavam o Rock, ficaram de queixo caído. Bitches Brew foi certificado com disco de Platina, pela RIAA. Nada mal...

Manger Cadavre? - Imperialismo

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O nosso país ainda vive dependendo dos governos imperialistas, corporações que escravizam os trabalhadores, pessoas intimidando os mais fracos, encarcerando até à morte, pessoas em condições sub-humanas comendo restos de lixo, jogados por gente de elite preconceituosa. Esse é o conceito do disco Imperialismo, da banda Manger Cadavre?. Com seis faixas agressivas, no melhor estilo Death/Crust, Nata de Lima e seus asseclas despejam ódio e Fúria contra o sistema da extrema-direita, que oprime a classe trabalhadora. Faixas como Imperialismo, Encarceramento e Morte e Iconoclastas são prova de que o Brasil se viu enganado por falsos líderes, que prometeram progresso para o povo. A faixa-bonus Tormenta, tem os vocais limpos e desesperados de Suyanne Gabrielle, vocal e batera do Buzzard. Imperialismo foi gravado no Family Mob/SP. A banda continua soltando veneno contra os imperialistas e genocidas, além do sistema policial, que mata antes de perguntar.

Lords of Chaos - O Livro

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AVISO: O Esporro Público não faz (e não apoia!) discurso de ódio, independente do lado cultural, social ou político. Nosso negócio é falar de entretenimento e cultura pop underground, no modo geral. Se quiser ouvir e ver tretas, vá ao canal do Nando Moura, ou nos podcasts do Monark. Dito isso, vamos aos finalmente. A Estética Torta foi corajosa ao lançar o livro Lords of Chaos, que fala sobre o Black Metal norueguês, que teve seu auge (criminoso!) nos anos 90. Na maioria, o percursor foi a banda Mayhem, liderada por Eronymous, que foi assassinado por Varg Vikenes, do Burzum. O livro, que contém 666 (!) páginas, mostra como o país nórdico se tornou Manchete em toda a mídia da época, em que jovens queimavam igrejas e matavam negros, gays e católicos, além de membros de outras bandas. Vikenes é retratado como um Charles Manson do Black Metal. Suas palavras podem até causar arrepios, mas, para os que ouvem música, não passa de pirações de um maluco. Sobre a cena em geral, o liv...

Noite feminina na Liberdade

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Encerrando, com chave de ouro, o ano de 2024, e a mega turnê do disco Shades of Sorrow, a banda Crypta resolveu presentear os paulistanos com um minifestival pra lá de especial, com a companhia das bandas Angelus Apatrida, Hatefulmurder, Manger Cadavre? e InRaza. O local escolhido foi o Cine Joia, que fica na Praça Carlos Gomes, no bairro da Liberdade, na capital paulista. Ao adentrar, vimos uma fila de diversos fãs da banda das meninas, inclusive o fã-clube The Outsiders. Ao conversar com um dos membros, eles explicaram que, para ser aceito no clube, precisa ter a "benção" da Crypta. Os seguranças tiveram que separar os pagantes e os que tinham o nome na lista de convidados. Ao entrar no recinto, vimos muitas mesas de merchands das respectivas bandas. A da Crypta estava abarrotada de pessoas, como se disputassem a tapa por uma simples lembrança. No Manger Cadavre?, nos encontramos com os integrantes, todos simpáticos e receptivos com os fãs, especialmente a vocalista Nata de...

Chingón - Mexican Spaghetti Western

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Se você assistiu Um Drink No Inferno, A Balada do Pistoleiro, Machete, Planeta Terror, O Mariachi, Sin City e Era Uma Vez no México, então você deve conhecer o gênio por trás do Robert Rodríguez. Como já homenageei várias vezes o Mestre Quentin Tarantino, vou falar do seu amigo Robertinho, que, além de diretor, produtor, roteirista e editor, ele também é músico, principalmente guitarrista da sua banda Chingón. Com um som totalmente único, misturando rock, música mexicana e toque texano, o Chingón foi formado em 2003 quando gravou sons para o Era Uma Vez no México, para Kill Bill volume 2, para o Planeta Terror, Sin City e Machete. O nome veio de uma gíria mexicana, que quer dizer "malvado".  Em 2004, gravaram seu único disco Mexican Spaghetti Western, contendo as faixas Se Me Paro, Fideo Del Oeste, Severina (com os vocais de Patricia Vonne), Alacran y Pistolero (com o vocal de Tito Larriva), Siente Mi Amor (com o vocal da atriz Salma Hayek) e Celito Lindo (que voc...

Fatos de TV - Brida: a bomba-relógio da Manchete

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No mundo da televisão, há produções que se tornaram sucesso absoluto, em termos de audiência e faturamento. Outros, foram um fuasco, que só poderia resultar numa crise generalizada para a emissora. Se é para falar disso, citarei a saudosa Rede Manchete. A emissora dos Bloch tiveram novelas de grande sucesso, como Dona Beija, Kananga do Japão, Xica da Silva e, o maior sucesso nacional de todos, Pantanal. Todas essas novelas eram bem produzidas, sendo que o ponto principal foi a ousadia, pois tinham que colocar cenas de nudez, sem o menor pudor. Porém, tem aquelas novelas que a Manchete prefere esquecer, como a Amazônia, e Brida. A Amazônia foi uma produção confusa e mal investida, pois o canal gastou todo o caixa entregou uma produção sem pé nem cabeça. Foi o início da crise, no qual Adolpho Bloch teve que vender parte da Rede para a IBF. Como o comprador não cumpriu, Bloch retomou o controle. Até que, em 1995, Adolpho morre e Jaquito, seu sobrinho, assume as empresas. Vamos...

Fatos de TV - E Agora SBT? Quem poderá te ajudar?

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Não é novidade para ninguém que a TV Brasileira vive a sua pior crise da sua história. Em pleno 2024, já em vias de acabar, as grandes emissoras estão bem abaixo, em termos de audiência. Mesmo com a ascensão dos streaming e das redes sociais, os canais ainda continuam firmes, com suas programações. Porém, a que mais sofreu com essa queda de qualidade, desde a pandemia da Covid-19, foi a SBT. Ao contrário da Globo, que, mesmo com uma grade razoável, mas que não compromete, o canal do Silvio Santos viveu anos piores para quem acompanhou a história, desde sua fundação, em 1981. Com o patrão já falecido, e com a administração da Daniela Beyrutti, o SBT tenta à todo custo (financeiro, diga-se de passagem!) fazer frente à emissora dos Marinho. Vários programas foram criados, para entrar na onda. Com o fim do Bom Dia & Cia, quase todas as emissoras não possuem mais espaço infantil diário, a não ser o Sábado Animado. Chega Mais, Tá na Hora, Circo do Tirú, Sabadou e É Tudo Nosso...

Passado, Presente e Futuro direto no Allianz Parque

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Para fazer um release sobre o show do dia 6 de dezembro, tenho que contar algo pessoal. Esperei exatos 20 anos para ver o show do Iron Maiden, sendo que eu fazia mais de dois anos que comecei a escutar Metal. Eu ouvia de todos os discos de diferentes bandas, de diversos gêneros dentro do Metal. Fui a diversos shows e espetáculos São Paulo afora, já que eu não poderia ir a outro lugar que não seja a capital paulista. Mas, eu acompanhei as idas da Donzela pelo Brasil, de 2004 até esse ano. E não foi diferente. Esperei todo o tempo para conferir o show do Iron Maiden, e dessa vez foi no Allianz Parque, na Barra Funda. O lugar tem acesso a muitos percursos de locomoção (seja Ônibus, Metrô, trem, a carro, ou até quem mora na região). Chegando lá, vi muitos fãs com a camiseta do Iron, além de outras bandas do Rock e Metal. Sem falar de diversos camelôs, que vendiam camisetas não-oficiais, copos, bonés, bandanas, além dos ambulantes que vendiam bebidas alcoólicas, só para ganhar um dinheiro, ...