Metallica - St. Anger

RECADO: a quem possa interessar. 

Antes de comentar sobre o disco, quero deixar claro. Se vocês forem ler algo sobre "esse disco é o pior da carreira do Metallica", "o som da bateria é um lixo", "a gravação é de quinta categoria", "sem solos não têm musica", PODEM ESQUECER! Se querem ler críticas negativas, vá ao canal do Regis Tadeu. O Esporro Público não é um blog pra disseminar ódio. Nosso negócio é entretenimento e cultura. Dito isso, vamos ao que interessa.

Em 2003, o mundo do Metal ficou em choque quando o Metallica anunciou seu então trabalho inédito, desde o ReLoad, de 1997, o St. Anger. Ao ver o clipe da faixa-título, gravado do presídio de St. Quentin, dá pra perceber a intenção da banda retornar às raízes, no caso, desde o lançamento do Kill'Em All, de 1983. Porém, quando o disco foi lançado, ao escutar faixa a faixa, os fãs mais da velha guarda ficaram Ps da vida.

Todos sabem que, em 2001, o Metallica havia anunciado a saída do baixista Jason Newsted, e também que James Hetfield se internou numa clínica de reabilitação, para se livrar do álcool. Só ficaram Lars Ulrich e Kirk Hammett, além do produtor Bob Rock, para gravarem o disco. No mais, conseguiram contratar um terapeuta para fazer com que os integrantes exorcizam seus fantasmas. Isso tudo foi mostrado no documentário Some Kind of Monster (2005).

Com o time completo, com a chegada do baixista Rob Trujillo, o Metallica entra em turnê. Mas, o disco, após uma audição cuidadosa, pode-se dizer que essa intenção da banda voltar às raízes, pode ser benéfica. O mesmo não pode dizer aos fãs, que detonaram o disco, como o pior da banda, em comparação aos Load e ReLoad.

Músicas, como Frantic, St. Anger, Shoot Me Again, My World, Some Kind of Monster, The Unnamed Feeling e All Within My Hands, são ótimas para o Metallica tocar ao vivo. As guitarras são bem compostas, com aquela afinação baixa, mesmo com as críticas de nenhuma terem solos do Kirk. Qualquer banda de Metal ou Rock pode usar o solo de guitarra, se houver necessidade.

Quanto à bateria... Bem, foi mal mixada e mal ajeitada,sob intervenção do Lars e Bob Rock, que gravou o baixo em todas as músicas. Aliás, esse foi o último disco que o Bob produziu.

Em se tratando de bandas que fizeram seus piores discos, podemos colocar o Megadeth como exemplo, quando gravou Risk (1999), com a intenção de colocar qualquer faixa para tocar nas rádios americanas. Ato falho.

O Metallica nunca teve a intenção de ser uma banda radiofônica. St. Anger, cujo álbum foi o único da banda a ter o selo Parents Advisiory, estreou na primeira posição da Billboard 2000, em mais de 14 países, na lista dos mais vendidos. A música St. Anger venceu o Grammy 2004, na categoria Melhor Performance de Metal.

Se puder dar uma chance ao St. Anger, aproveite. Nem doeu em mim.

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