Ennio, O Maestro
O metrônomo toca. Na sua mansão na Itália, um senhor nonagenário faz exercícios enquanto escreve partituras. Essa foi a rotina de Ennio Morricone.
O diretor Giuseppe Tornatore resolveu homenagear o maestro com um documentário de luxo: Ennio, O Maestro.
Toda a sua história, de quando começou a se tornar músico, tocando trompete, até estudar composição em um conservatório. Foi lá que ele se revelou um regente. E foi daí que a sua ligação com o cinema virou um enorme casamento.
Todos sabem que Ennio compôs muitas trilhas sonoras para os Faroeste Spaghetti, como a famosa trilogia dos Dólares e Era Uma Vez no Oeste, ambas do Sergio Leone. Mas também o maestro compôs para diversos filmes, tanto pequenos quanto grandes.
Alguns merecem destaque, como as trilhas de Era Uma Vez na América, Cinema Paradiso (do mesmo Tornatore), Os Intocáveis (de Brian De Palma), A Missão, entre outras.
Uma das curiosidades era que Stanley Kubrick pediu para o Ennio compor uma trilha para o filme Laranja Mecânica. Outra curiosidade é a sua obsessão pelo jogo de xadrez.
Entretanto, boa parte de diretores e colaboradores do maestro, como Bernardo Bertolucci, Dario Argento e o Mestre Quentin Tarantino dissecam elogios para ele.
Outros artistas, como Clint Eastwood, Bruce Springsteen, Mike Patton, James Hetfield, John Williams, Quincy Jones, Oliver Stone, Dulce Pontes e Hans Zimmer deveram suas vidas ao que Morricone fez em toda a sua carreira.
Podem dizer o que quiserem, que ele foi injustiçado, mas ele provou que é divino, já que ganhou dois Oscars, sendo que um deles foi pelo filme Os Oito Odiados, do Tarantino.
Mesmo depois da sua partida, em julho de 2020, aos 91 anos, as suas mais de 500 obras viraram trilhas sonoras para todos.
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