Ozzy Osbourne: início da carreira solo de um ícone do Metal

Quando terminou a turnê do álbum Never Say Die (1978), Ozzy Osbourne deixou o Black Sabbath, enfurnou-se em seu apartamento e virou uma espécie de mendigo, totalmente drogado, alcoolizado e desiludido da vida de rockstar. Sentindo pena dele, Sharon Arden, filha de Don Arden (um dos empresários de Sabbath), localizou-o, tentou ajeitar seu visual e fez sua carreira solo, como uma forma de vingar dos seus ex-companheiros.

Para isso acontecer, Sharon encontrou um time perfeito para gravar, com Ozzy, seu primeiro disco: o baterista Lee Kerslake (ex-Uriah Heep), o baixista Bob Daisley (ex-Rainbow), o tecladista Don Airey (atual Deep Purple) e um jovem guitarrista chamado Randy Rhoads (ex-Quiet Riot). O projeto se chamava Blizzard Of Ozz (um trocadilho do Mágico de Oz), e para que esse disco seja lançado, Sharon e Ozzy foram à gravadora para assinar um contrato.

O que era pra ser um simples acordo, acabou virando uma das cenas mais bizarras e marcantes da carreira do cantor: ao ver um pombo pousando em seu colo, ele não perdeu tempo e mordeu a cabeça, arrancando-o na frente dos executivos da gravadora.

Mesmo com esse episódio, a carreira de Ozzy foi marcada por suas loucuras no palco, mas, mesmo assim, sua carreira esteve em alta. Voltando ao disco, sob o título Blizzard Of Ozz, com o nome do cantor acima, teve o auxílio do famoso produtor Max Norman. E o resultado é perfeito. Ozzy canta como nunca, enquanto a banda toda executa um instrumental de causar inveja aos caras do Black Sabbath, que, ao chamarem Ronnie James Dio, retomaram sua trajetória ao lançarem Heaven And Hell, no mesmo ano.

Se você quer saber como esse disco possui status de clássico, escuta I Don’t Know, as marcantes Crazy Train e Mr. Crowley, as baladas Goodbye To Romance e Revelation (Mother Earth) e a polêmica Suicide Solution, que rendeu um processo malsucedido por indução ao suicídio (essa faixa é uma homenagem ao falecido Bom Scott, do AC/DC).

Merece destaque a acústica Dee, que virou uma obra de arte nas mãos de Randy. Ah, vale ressaltar a importância do guitarrista na carreira de Ozzy, cujos solos de Crazy Train e Mr. Crowley, entraram na história do Heavy Metal.

Para homenagear seu falecido companheiro, recentemente, Ozzy Osbourne relançou os dois primeiros discos (incluindo Diary Of A Madman), com as linhas de Rob Trujillo (bx, Metallica) e Mike Bordin (bt, Faith No More), para a fúria dos ex-parceiros Kerslake e Daisley, que discordam, até hoje, pelas mudanças do som. Bom, quem quiser ouvir as doas versões, tirem suas conclusões.

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