Camisa de Vênus, Golpe de Estado, Ronaldo e Os Impedidos e Baranga - Carioca Club - 09/02/19

Shows de Rock em plena tarde de sábado são comuns em São Paulo. E o dia 9 de Fevereiro de 2019 não foi diferente, pois se tratava de uma celebração ao Rock Brasileiro. O evento aconteceu no Carioca Club.


Foto: Baranga Facebook

A primeira banda a se apresentar foi o Baranga, com seu som visceral e empolgante, com doses cavalares de cerveja e suor.

O batera Paulão Thomaz voltou com força total, depois do fim de outra banda, o Kamboja. Ele voltou para a sua banda do coração. Baranga sem Paulão é a mesma coisa que Led Zeppelin sem John Bonham. Pelo jeito, ele tirou de letra todas as músicas inéditas que a banda gravou sem a sua presença. 

Deca (guitarra) é um alucinado, sem piedade. Paulão ficou tão emocionado durante o show, que, ao final jogou a sua indefectível touca para a plateia (N.R.: o redator deste texto pegou a touca!), e era da sua ex-banda, Kamboja.

No repertório: "Três Oitão", "Whiskey do Diabo", "Filho Bastardo", "Pirata do Tietê", "O Céu é o Hell, além de sons do disco recente Motor Vermelho. Terminaram com "Meu Mal", o público aprovou e muito a apresentação.

Foto: Ronaldo e Os Impedidos Facebook

Outra banda que marcou presença (e também a volta aos palcos!), foi o Ronaldo & Os Impedidos, liderado pelo ex-goleiro do Corinthians, Ronaldo Giovanelli, atualmente comentarista da Bandeirantes.

Os sons foram mesclados com músicas autorais, com releituras de clássicos, que levantaram a plateia, na maioria torcedores do Corinthians - pra deixar claro: o redator desse texto é palmeirense. 

A banda toda é talentosa, com direito a covers de Elvis Presley, Raul Seixas e Megadeth. E olha que ele mandou bem cantando "Symphony of Destruction". Além disso, o Ronaldo fez discursos engraçados, tirando onda com os ritmos populares, e terminando com "Vai, Corinthians!".

Foto: Folha / Golpe de Estado Facebook

O momento mais empolgante chegou com a apresentação do Golpe de Estado. A banda está comemorando 30 anos de estrada e lançando o novo single.

João Luiz cantou, se mexeu e gritou com o público todas as músicas da banda, como "Noite de Balada", "Pra Poder", "Caso Sério", "Onde Há Fumaça Há Fogo", entre outras.

Marcello Schevano (guitarrista) incorporou o saudoso Hélcio Aguirra tocando muito. Roby Pontes é um monstro na bateria. Vale lembrar que as duas primeiras bandas tocaram com a bateria do Golpe. Já Nelson Brito (baixista) manteve a classe de sempre.


Foto: Carina Zaratin / Camisa de Vênus 

E o melhor estava por vir, quando foi anunciado o Camisa de Vênus. Enquanto a banda tocava, o público gritava: "Bota pra fuder!". Marcelo Nova chegou, com aquela cara sisuda, mas muito simpático e comunicativo, cantando muito.

Apesar das falhas técnicas entre os guitarristas, a banda não se acovardou e o Marcelo disse: "a banda toca assim, de qualquer jeito!".

Todos gritavam as canções do Camisa, como "Só o Fim", "Hoje" e "Eu Não Matei Joana D'Arc". Sendo que essa última, o filho do Marcelo, que é o guitarrista da banda, mandava o público gritar. E o Marcelo voltava para terminar de cantar. Foi hilário.

Com certeza, foi histórico esse festival. E espero que haja mais shows nacionais como esse! Um dia pra lavar a alma de tanta coisa ruim que existe em nosso país.

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