Carioca Club ficou pequeno para a aula de violência

São Paulo foi palco da cartase violenta no dia 9 de outubro, pois ocorreu o show da banda californiana Exodus, em pleno Carioca Club, localizado na rua Cardeal Arcoverde, em Pinheiros.

Por ser a única apresentação no Brasil, os fãs não perderam tempo e lotaram as dependências do local, sem falar que tivemos pessoas vendendo camisetas não-oficiais da banda. E para entrar no pique, todos tiveram que se lubrificar com altas doses de cerveja, mesmo com os casos de bebidas batizadas com Metanol, que causou 5 mortes em São Paulo e outras vítimas internadas, ao ingerirem as bebidas.

Ao entrar no recinto, vemos as bancas de merchandising, que são oficiais, vendendo camisetas e outras bugigangas. Uma camiseta do Exodus custava numa bagatela de 150 reais, só pra se ter uma ideia.

A banda de abertura ficou por conta da Throw Me to The Wolves, que praticou um Death Metal Melódico. Desde aquela apresentação no dia 25 de janeiro, no mesmo local, quando abriram para a Nervosa, a banda se profissionalizou e está lançando seu primeiro disco, Days of Retribution. Realmente, eles não decepcionaram e se entregaram,  de corpo e alma, para uma performance avassaladora.

Depois de finalizado a abertura, o Carioca Club ficou pequeno, pois o público lotava freneticamente, onde ninguém entrava e ninguém saía. Às 21h00, eis que uma faka mecânica anunciou o Exodus, e depois da introdução, veio a clássica Bonded By Blood. E aí veio a verdadeira "lição" de como "se matar" no meio da galera.

Com o foco dos 40 anos do Bonded..., Gary Holt, Tom Hunting, Lee Altus e Rob Dukes, além do Baixista convidado, já que Jack Gibson não pôde tocar na turnê, a banda não perdoou e lançou bombas, como Exodus, And Then There Were None e A Lesson in Violence. Realmente, foi um imperdível começo para esse show avassalador.

Após Metal Command, tocaram Iconoclasm, Blacklist e Fabulous Disaster. Rob Dukes havia voltado ao Exodus, depois de 10 anos, e continua em plena forma. Eu diria que ele é uma mistura de João Gordo com Paul Di'Anno, pois ele sabe incitar a galera ao genocídio em massa.

Depois de No Love, novamente o público respondia com rodas violentas, ao som de Deliver US To Evil e Piranha. Tom Hunting é um baterista injustiçado, pode não ter a mesma fama que Dave Lombardo ou Lars Ulrich, mas sua técnica e pegada são inconfundíveis.

Após Brain Dead, tocaram a Impaler (cuja autoria também foi do Kirk Hammett, do Metallica) e Toxic Waltz. O final veio com a explosiva Strike of the Beast, que fez o Carica virar uma Faixa de Gaza, sob "ordens" do Rob Dukes.

Agora eu vou falar da dupla Gary Holt e Lee Altus. Sobre Lee, ele cumpriu bem seu papel, tocando os riffs de Rick Hunolt, sem falar que ele está há 20 anos no Exodus. Agora, o Gary merece todas as congratulações, seja ele tocando com o Slayer, ou em qualquer outra banda. Ele é um ícone do Thrash Metal, que, segundo Kerry King, ele poderia ser o substituto do Dave Mustaine no Metallica.

Algumas presenças ilustres estiveram para o show, como as bandas Eskröta, Ratos de Porão e Faces of Death. Isso mostra que o Exodus é o "Pai" de todas essas bandas. E que Bonded By Blood virou enciclopédia de como ouvir música pesada, da melhor qualidade.

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