Culto Satânico no Dia do Rock
O dia mundial do Rock em São Paulo, num frio sem trégua, estava à todo vapor, com eventos dedicados ao estilo, como o Esquenta RockFun Fest, com atrações como Korzus, Oitão, Inocentes e Suicidal Tendencies. Mas, o La Iglesia realizou o "culto satânico", com o show do The Troops of Doom, com a abertura de Pentacrostic.
Lançando seu segundo disco, A Mass To The Grotesque, o "Detrúpis" fez seu show de lançamento, e escolheu o La Iglesia para realizar tal proeza, pela primeira vez, desde que a banda surgiu, em 2020.
Com a estimativa de 130 pagantes, o show era mais do que esperado. Em uma das conversas, o vocalista Alex Kaffer deu algumas revelações. Quando gravou o EP The Rise of Heresy, ele chegou a gravar com fone de ouvido do seu celular, correndo o risco de estourar o aparelho (isso, quando estava na quarentena).
Ao ser perguntado sobre a participação do lendário vocalista Jeff Becerra, do Possessed, na música The Monarch, do EP The Absence of Light, Alex revelou que o Jeff gravou seus vocais, deitado em uma cama, pois havia feito uma cirurgia no traseiro.
Com os portões abertos nos adentramos à igreja do rock paulistano. Eis que a Pentacrostic, de Osasco, abre os portões do inferno. Formada em 1989, contendo Marcelo Sanctum (vocal/baixo), Rodrigo Malevolent (guitarra) e Alex Kruppa (bateria), a banda despejou o Death/Doom, soltando os cadáveres mais profundos.
A plateia recebeu bem o Pentacrostic, inclusive o destaque fica para o baterista Alex, numa técnica bem apurada, um monstro no seu instrumento.
Passa a abertura, o público aumentou a capacidade do local, como se ninguém saísse nem entrasse. O Troops subiu ao palco e despejou dois sons do novo disco. Foi então que o Circe pit, aos pedidos do Alex, se formaram e criou o massacre coletivo.
Jairo Guedz continua com seu carisma e talento, que nunca acabou. Alexandre Oliveira é uma máquina de criar linhas brutais em seu kit. Uma pena que Marcelo Vasco não estava presente. Mas, o The Troops chamou Vinnie Tex (que toca na banda da Leather Leone) para preencher a lacuna. E ele deu conta do recado, pois mandou bem na guitarra.
Sons como Altar of Delusion, The Rise of Heresy, The Monarch, Far From Your God, Dethroned Messiah e (a minha favorita) A Queda (com "homenagem" aos "homens de Deus") são hinos de batalha pra serem tocados em uma igreja evilgélica.
Mas são os clássicos do Sepultura, como Bestial Devastation, Morbid Visions e The Antichrist que o público despejou Fúria e ovacionou o Detrúpis.
O final não poderia ser melhor, quando tocaram The Troops of Doom (a música, lógico!). Foi um show pra ficar na história da Banda. Agora, é só pegar o voo e fazer o terror na Europa. Boa sorte a eles.
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