Carioca Club teve seu momento CBGBs

Na época da Copa do Mundo, São Paulo virou um reduto Punk, com a apresentação do Michale Graves, ex-vocalista do Misfits, no Carioca Club. O show será baseado nos dois discos que ele gravou no fim dos anos 90: American Psycho, de 1998, e Famous Monster, de 1999.

Mas, pra completar, a chuva caiu bem no sábado à tarde. E os fãs se acomodaram na beirada coberta da casa, em frente ao portão de entrada. A cada minuto, apareciam mais fãs com camisetas do Misfits, sem falar que alguns furaram a fila, para a fúria dos presentes.

Às 17h00, o portão havia aberto e era chegado a hora da abertura da noite. A banda paulistana Fúria Inc. começava a soltar os cachorros. Divulgando o recente disco Raw, a banda tocou seu Metalcore, no estilo Pantera e Lamb of God.

Entre as músicas, estava o single Reborn, que virou clipe. Rogério Wecko (ex-Threat) foi o convidado da banda, que fizeram um medley do Punk Rock, com as músicas American Jesus (Bad Religion), God Save The Queen (Sex Pistols) e Poison Heart (Ramones).

Em uma das músicas, a luz tinha acabado. Mas o público perdoou a falha. E a banda continuou, sem maiores problemas. A energia dessa banda foi o destaque, com os integrantes agitando muito. Ponto positivo.

Após o fim do show do Fúria Inc., a casa lotava mais. Enquanto a discotecagem destacava os clássicos do Punk e Metal, os fãs esperavam a atração da noite. E parecia que o tempo não ajudava.

Com quase 1 hora de atraso, as cortinas abriram e a banda tocava, para a alegria dos presentes. Quando Michale Graves apareceu, de camisa de força, a euforia tomou conta do recinto.

Rodas e mais rodas aumentavam com o passar das músicas, que eram curtas. O vocalista resolveu botar uma pedra naquele lamentável episódio de 2019, quando ele deu um migué e voou para os EUA, deixando todos na mão.

Ele estava muito simpático e carismático com a plateia, que recepcionou muito bem o Graves, ao dizer várias vezes I Love You.

A banda também deu conta do recado, sem desmerecer a antiga banda do Michale. O baterista é um tanque de guerra, com sua pegada monstruosa.

Graves não decepciona, pois seu vocal continua afiado, apesar da idade, continua tinindo. E o público fez sua parte, subindo no palco, dando moshs, abraçando e tirando fotos.

Outro ponto são os seguranças que serviram cerveja e whisky na boca da galera.

Com certeza, esse show foi marcante para todos, principalmente para Michale Graves, que não vai esquecer essa experiência única de toda sua carreira

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