Crypta instaurando o caos

Embaladas pela turnê pela Europa e pela apresentação no Rock in Rio, a banda Crypta resolveu recomeçar sua turnê pelo Brasil, ainda divulgando o disco Echoes of The Soul.

As meninas marcaram duas datas em São Paulo, no Sesc Belenzinho, nos dias 16 e 17 de setembro. Embora esse que vos escreve não pode comparecer no dia 16, pude marcar presença no dia seguinte.

Pra variar, todos os ingressos estavam esgotados. Somente a bilheteria do local estava disponibilizando. Após às 19h30, o público compareceu, em peso, para conferir mais uma aula de técnica é brutalidade.

Às 20h30, Fernanda Lira, Luana Dametto, Tainá Bergamaschi e Jessica Di Falchi entraram no palco e despejaram fogo para os presentes.

Sons como Kali (Luana triturando a bateria, impiedosamente!), Starvation (com a "homenagem" ao nosso presidente do Brasil), Death Arcana, Shadow Within, Blood Stained Heritage, Under The Black Wings e I Resign, ou seja, o disco todo, viraram hinos de batalha.

Aliás, durante a I Resign, houve uma queda de energia no recinto, para a surpresa da banda e público. Será que houve alguma praga no Sesc? O público pediu para tocarem de novo. Fernanda não deixou por menos e tocou a mesma música, sem maiores problemas.

Falando da banda, elas estavam endiabradas, tecnicamente falando. Fernanda é, de longe, a nossa representante do Metal Brazuka. Sempre carismática e receptiva. Jessica e Tainá davam uma aula de talento e simpatia. Luana invoca todos os espíritos malignos ao sentar a mão sem dó nem piedade sua bateria.

O encore veio com Dark Night of The Soul, terminando com o solo das duas guitarristas. Mas, o final estava por vir com o hit From The Ashes. Aí, meu amigo, não tem nem cristão que suporta.

O meu destaque foi para o público em geral. Houve de tudo. Pessoas de todas as idades, mulheres, LGBTQIA+, Pessoas especiais. Ou seja, houve um público diverso. Só mesmo o Metal para juntar todo tipo de pessoa, não importa a cor, religião, ideologia de gênero. O que importa é a união. E o público fez a sua parte.

Tomara que outras bandas sigam o exemplo da Crypta, que, no final do show, atendeu a todos, dando autógrafos e tirando fotos

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