Sepultura - Chaos A.D.
O ano era 1993, e o Brasil conhecia o novo presidente que iria assumir a bronca, depois do fracasso de Collor. Com isso, a economia estava aos frangalhos, a moeda havia mudado, e enfrentamos o plebiscito, sobre se iríamos ter monarquia ou república.
Em se tratando de música (pesada!), o Sepultura estava muito bem, obrigada! Mas não era bem visto pelo seus fãs brazukas. Então, enxergando de longe, a banda foi até Inglaterra para gravar o Então novo disco.
Baseado nas questões sociais brasileiras e estrangeiras, brutalidade policial e tragédias, Chaos A.D. fala por si só tudo o que o Brasil realmente enfrentou (e enfrenta até hoje!).
Max e Igor Cavalera, Andreas Kisser e Paulo Junior estavam muito inspirados. Ao lado deles, o produtor Andy Wallace coordenava tudo o que o Sepa iria aprontar.
Com o coração do Zyon batendo, Refuse/Resist dá uma cacetada no crânio. Em seguida, Territory cita a ocupação de Israel. Slave New World é uma premonição do que vemos no nosso país. Essa trinca teve três clipes bem produzidos. Principalmente Territory, gravado em Israel.
Propaganda fala sobre o que se tornou Fake news. Biotech is Godzilla, com letra de Jello Biafra, fala sobre a poluição do meio ambiente. Amem é sobre intolerância religiosa. E por aí vai.
Ah, tem mais! A instrumental Kaiowas é sobre uma tribo indígena que fez suicídio coletivo, por não aceitar a condição de viver na civilização. Foi gravada no Castelo Chepstow, na Inglaterra.
Disco pronto, foi parar em tudo o que é mídia. E turnê não parou mais. Era tudo isso o que os garotos selvagens sonhavam. E alto.
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