Holocausto humano no Kool Metal Fest

Enquanto as grandes bandas encerram as suas carreiras, os headbangers têm o dever de renovar a cena, com novas bandas. Essa foi a tarefa de criar o Festival Kool Metal Fest, realizado no dia 29 de maio, reunindo 7 bandas do Metal Extremo, sendo 6 brasileiras e 1 gringa.


O Festival é a perna da turnê reunindo as bandas Belphegor (AUS) e as brazukas Krisiun, Nervochaos e Crypta. Sem falar que temos as bandas Vazio e Cerberus Attack e o Ratos de Porão, comemorando 40 anos e fazendo o lançamento do disco Necropolítica.


O Carioca Club não esperava que o público era imenso, tamanha a venda de ingressos antecipados. Com o calor à beça, os headbangers entraram no recinto e se acomodaram para verem as atrações.

A primeira banda foi a paulistana Cerberus Attack, com seu Thrash Metal oitentista, calcado nas bandas DRI, Nuclear Assault e Anthrax (fase Belladonna anos 80). Rodas vieram aos montes. Mas a banda foi competentíssima na performance.

A segunda banda foi a paulista Vazio, tocando seu Black Metal atmosférico. Parecia uma trilha sonora do verdadeiro juízo final, os músicos estavam afiados. Sem conversa, a banda tocava suas músicas.

A terceira banda foi uma das mais aguardadas: Crypta. Com o comando da Fernanda Lira, ao lado das guitarristas Jessica Falchi e Tainá Bergamaschi, e a "monstra" Luana Dametto na bateria, estão divulgando seu disco Echoes of The Soul.

Fernanda estava possuída, sem falar que a Luana estava com a faca nos dentes, tamanha técnica absurda. Músicas como I Resign, Starvation e From The Ashes fizeram a alegria dos fãs.

A quarta banda também está comemorando aniversário de carreira. Nervochaos fez 25 anos, e com disco novo, All Colors of Darkness. Edu Lane e seus comparsas trituraram os instrumentos. Com certeza, a turnê com as quatro bandas fizeram bem para ambas.

A próxima banda também voltou a tocar no Carioca. Os irmãos Max, Moysés Kolesne e Alex Camargo introduziram a apresentação com Kings of Killing. Depois, vieram com Combustion Inferno, Scourge of The Enthroned, Vengeange's Revelation, Blood of Lions para delírio do público.

Alex homenageou Motörhead com Ace of Spades. E terminou com Hatred Inherit. Os fãs repararam que ambas as atrações foram curtas, devido à normas da casa.

Outra banda veio batendo o coração forte. Os austríacos do Belphegor faziam do show uma orquestra, com muitas músicas pesadas e altas, com toques sinfônicos. Os fãs se esgoelavam de tanto banguear e se jogar do palco.


E quem achava que o show tinha acabado, se enganou. A atração da noite é a icônica Ratos de Porão. João Gordo, Jão, Bôka e Juninho tocaram como se fosse o último show de suas vidas. 

Com a bandeira do MST no altar, a banda tocou clássicos como Beber Até Morrer, Anarkophobia, Crocodila, Caos, Guerrear, Políticos Em Nome do Povo, Crucificados Pelo Sistema, Toma Trouxa, Expresso da Escravidão, Conflito Violento, Amazônia Nunca Mais, V.C.D.M.S.A., Paranoia Nuclear, Morte ao Rei e AIDS Pop Repressão.

Além de divulgar o disco, tocaram Aglomeração, Necropolítica e Alerta Antifacista. O coro contra o presidente Bozo foi destaque em todo o festival. O bis veio mais sujo e Agressivo, com Igreja Universal e A Crise é Geral.


Com certeza, foi um dia para entrar na história do Metal Brazuka. Que venham mais shows como esse.

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