Fatos de TV: TV Corcovado - de independente à fantasma
Depois de conseguir a metade das concessões da falida Rede Tupi, SS fundou o SBT, contendo também a TVS Rio (sem falar que é sócio da TV Record, do Paulo Machado de Carvalho).
Mas, havia um bônus: conseguiu criar mais um canal para integrar a Rede de Emissoras Independentes. O canal 9 do Rio de Janeiro, que foi da TV Continental, na qual o Jornal do Brasil outorgou para fundar sua própria emissora, mas não deu certo.
Em 1982, o canal 9 virou TV Record Rio, com alto investimento estrutural, teatro, estúdio de última geração. Mas, com o devido atraso da chegada de equipamentos, o horário, que era pra ser meio-dia, foi às 20h.
Em setembro de 1985, é iniciado um processo de venda da parte do conjunto de emissoras de Paulo Machado de Carvalho correspondente a Silvio Santos para Nascimento Brito, do Jornal do Brasil, e a João Havelange, então presidente da FIFA. Entre elas, a Record Rio, que seria repassada em 80%. Havelange contou com o apoio de dirigentes do grupo mexicano Televisa. A compra, no entanto, não foi concluída.
Em 1987, Guilherme Stoliar, sobrinho do Sílvio Santos, assumiu a emissora, que passou a se chamar TV Copacabana. Em 8 de junho, o nome é modificado novamente para TV Corcovado, já que, por lei, uma mesma cidade não poderia conter duas emissoras homônimas que não fossem do mesmo dono – já existia no Rio de Janeiro a Rádio Copacabana, de propriedade do bispo Edir Macedo.
Ainda naquele ano, a TV Corcovado integrou uma rede montada pelo empresário Luís Felipe Tavares para transmitir os Jogos Pan-Americanos para a capital fluminense junto à TVE Brasil.
Em 17 de agosto de 1990, a TV Corcovado assinou um acordo de três anos para transmitir a MTV Brasil. Porém, por problemas no ajuste do áudio da transmissão do Rio, apenas as imagens puderam ser veiculadas. Durante o ocorrido, foi exibida pelo canal uma mensagem atribuindo o problema à geradora paulistana.
Em julho de 1991, a emissora foi vendida para a família Martinez, para formar a Rede OM, que tinha emissoras do Paraná, na qual eram afiliadas à Record. Com isso, a Rede OM seria a primeira rede de televisão fora do eixo Rio-São Paulo.
Depois, houve escândalo do PC Farias e os problemas no Governo Collor. Com a imagem desgastada (sem falar da polêmica exibição do filme Galígula), a Rede OM mudou de nome, virando CNT, que conhecemos hoje.
Porém, diríamos que se tornou uma Rede de Televisão fantasma, sem programação própria, com 22 horas de programação da Igreja Universal.
Em 2007, vendeu seis horas de programação para a TV JB, que também não deu certo.
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