Fatos de TV: TV JB, uma fase que nem doeu
Desde os anos 50, o Jornal do Brasil almejava investir em televisão. Para isso, tentou, sem sucesso, obter uma concessão, ao se aproximar dos governos de Juscelino Kubisteck, Jânio Quadros e João Goulart.
Até mesmo no Regime Militar, o Jornal tentou uma concessão. Inclusive se candidatou para assumir uma das partes da recém falida Rede Tupi.
Em 1985, tentou assumir as emissoras dos grupos do Sílvio Santos e do Paulo Machado de Carvalho, como as rádios e TVs Record.
Sob novo comando, o Jornal resolveu alugar horários para a CNT, da Família Martínez. Em 2007, no dia 17 de abril, foi inaugurado a TV JB, assumindo seis horas de programação. Suas sedes ficavam no Rio de Janeiro, São Paulo (na Gugu Produções) e em Brasília.
A intenção do canal era "fugir da audiência fácil e da programação de baixo nível - tão em voga nos canais abertos". Contrataram Boris Casoy, Clodovil Hernandes, Ney Gonçalves Dias e Nani Venâncio.
Porém, depois de três meses, o que parecia ser fácil (em termos de audiência e faturamento), o que se viu foi que o Ibope registrou 0,1 ponto, beirando o traço.
Os problemas continuaram, quando houve atraso de pagamento de salários, assalto que a equipe sofreu no Complexo do Alemão, suspensão de aluguel de estúdio, reprises de programas.
Vendo que a coisa tava preta, Flávio Martínez rompe com a TV JB, que vai para a recém criada Rede Brasil, em setembro. Mas, ficou somente uma semana no ar.
Foi então que a emissora, depois de sete meses, fechou suas portas. 200 funcionários foram demitidos, e o Jornal alegou que o motivo do fechamento foi culpa da CNT.
A curta duração da TV JB foi chamada de "Mico do Ano" em matéria publicada no jornal O Globo, no final de 2007.
Quem sonha alto demais, acaba pagando o preço.
Comentários
Postar um comentário