Faith No More: Uma banda bem mais amadurecida
Os anos 90 foram marcados por uma revolução que mudou a música mundial. Com a ascensão do Grunge, o Heavy Metal lutando pela sobrevivência na cena, um canal musical resolveu inaugurar sua filial em solo brasileiro para virar mania entre os jovens. Quem sintonizava a MTV na época, assistia a bandas "desconhecidas", como EMF, Skid Row, e uma banda de malucos chamada Faith No More.
Com seus clipes Epic, Falling To Pieces, From Out To Nowhere e Easy, Mike Patton (v), Mike Bordin (bt), Roddy Bottum (kb), Billy Gould (bx) e Jim Martin (g) passaram de "desconhecidos" para a banda mais concorrida, com direito a turnês, ao lado de Guns 'N Roses e Metallica, além de marcar presença na segunda edição do Rock In Rio 2, tocando ao lado do Sepultura, Megadeth, Judas Priest e Queensryche. Pelo jeito, o FNM se apaixonou tanto pelo Brasil que, toda vez que lançavam um disco, sempre deixam sua marca por aqui.
Porém, como nem tudo era alegria, após Angel Dust (1992), Jim Martin saiu para se dedicar a plantação de abóboras gigantes. Enquanto o restante da banda gravava King For A Day... Fool For A Lifetime, ao lado do lendário produtor Andy Wallace. Nas guitarras, chamaram Trey Spruance.
O que se ouve aqui é uma banda bem amadurecida, sem aqueles vocais esganiçados do Patton, mas sem deixar de lado as maluquices vocais que são sua marca registrada.
Destaques para as faixas Get Out, The Gentle Art Of Making Enemies, What a Day e, a melhor de todas, Digging the Grave. Essas remetem aos bons tempos do FNM. Também são essenciais Evidence (com sua levada funky), Star AD (remetendo aos tempos das Big Bands, com direito a sax e trompetes), a bossa nova Caralho Voador (com frase mezzo Portuguesa), Just a Man (parece música Gospel), as estranhas Cuckoo For Caca e Ugly In The Morning.
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