Um festival nacional, para lavar a maldita alma!
Como eu disse anteriormente, Domingo é um dia de fúria, para ver shows. Enquanto o povinho sem cultura ficava se remoendo na frente da TV vendo Faustão e Gugu (RIP), eu, que nem quero perder tempo com essa besteira ociosa, resolvi ir até o Carioca Club (SP) para conferir, de perto, duas bandas que eu mais gosto: Korzus e Torture Squad. Uma fila de headbangers se instaurou no recinto para poder ver essas lendas do Metal brazuka.
O Korzus estava divulgando seu então novo disco Discipline of Hate, que é um clássico da nova era, e estavam de malas prontas para sua turnê pelo exterior. Isso é que é moral. Assim como o Torture Squad, que continuam embalados pela sua maior conquista da carreira: vencer a seletiva do Wacken e conseguir um contrato com a gravadora de lá, além de se apresentarem no Wacken, em 2011, junto com outra banda brazuka, Sepultura.
O dia 16 de maio promete. Ingresso comprado, entrei na casa e, de quebra, comprei uma camiseta do Korzus. Estavam tocando Metal, apenas para dar um esquenta nas atrações.
Na abertura, veio o Psychotic Eyes, uma banda totalmente influenciada por Death e Carcass. As músicas são técnicas e bem trabalhadas, inclusive os vocais do Dimitri Brandi remetem ao saudoso Chuck Schuldiner. O meu destaque vai para a cover de Geni e o Zepelim, de Chico Buarque, em versão Death Metal. Show de bola.
A segunda banda foi a Machinage, que executou um Thrashão de responsa. Eu, inclusive, entrei na roda para banguear. Banda sensacional.
O público esta à loucura, quando entrou o Ródney Christófaro, para anunciar o novo clipe do Torture Squad: Holliday in Abu Graib. Eis que Castor, o então estreante André Evaristo, Amilcar Christófaro e o meu irmão gêmeo Vitor Rodrigues iniciam o massacre sonoro. O então vocalista segurou o show nas mãos, incitando a galera ao homicídio, com seu carisma. A banda toda se mostrou técnica e preparada para encarar o velho continente. Rodas e mais rodas fizeram vez no show e o TS foi aplaudido. Nas palavras de Amilcar: "O Metal venceu!".
Depois desse caos, outra banda resolveu castigar os combalidos headbangers. Após a sinistra introdução, Guilty Silence abre o espetáculo final. Marcello Pompeu e seus capangas não perdoaram seus fãs. Era uma mistura de sons novos com clássicos, que não dá para escrever aqui, pois a minha empolgação me impede. O que posso dizer é que essa banda se tornou minha alma gêmea.
Até mesmo as participações especiais de Sílvio Golfetti e Soldado abrilhantaram o show. E houve também a famosa wall of death, entre os "rebolation" e os "coloridos". Quer violencia? Entre no show do Korzus e verá.
Pois é. Ganhei minha noite. E minha alma foi lavada com sangue, do verdadeiro Metal Brasileiro. Parabéns às bandas envolvidas.
Comentários
Postar um comentário