Era Uma Vez em... Hollywood


No cinema, não há um ser humano que surpreende mais, como Quentin Tarantino. Desde que se tornou atendente de vídeo locadora, ele já respirava cinema 24 horas por dia, falava de todos os diretores da sétima arte e não parou mais, quando, um certo dia, ele escreveu roteiros para se distrair.

Foi com essa introdução que começo a falar de Era Uma Vez... em Hollywood, fazendo referências a trilogia Era Uma Vez de Sergio Leone. O nono filme do Tarantino (e o primeiro como co-produtor) é uma homenagem à sétima arte, com a transição da TV para o cinema, ou será o contrário? Quem sabe?

Rick Dalton (Leonardo DiCaprio) é um ator de uma famosa série de TV, que se vê numa encruzilhada, quando lhe oferece um contrato para atuar no cinema italiano, nos chamados Western Spaghetti. Ao lado dele, está o dublê Cliff Booth (Brad Pitt), que sempre se tornou o pau-para-toda-obra. Até mesmo sendo acusado de matar a sua mulher e se safar.

Por outro lado, entra em cena a Sharon Tate (Margot Robbie), uma ninfeta de parar o trânsito, casada com Roman Polanski, e uma atriz em ascensão. Sem saber que, mais tarde, sua vida vai transformar da noite para o dia.

No filme, vemos hippies marginais, festas glamorosas e uma trilha sonora regada à psicodelia do final dos anos 60.

Numa das cenas, o Bruce Lee se paga de fodão e desafia o Cliff a uma luta amadora. Outra cena é quando o Rick Dalton dialoga com uma atriz mirim e se emociona. Outra cena é pra deliciar as moças, com o Cliff Booth sem camisa (Brad Pitt nos auge dos seus 55 anos).

Mas o que o fã do Mestre espera? Isso mesmo, sangue e muita violência. Embora seja o mais maduro filme da sua carreira.

O que não falta são as estupendas interpretações de DiCaprio e Pitt, além de um elenco de peso, no calibre de Al Paccino, Kurt Russell, Dakota Fainning, Emile Hirsch, Zoe Bell, Bruce Dern e Michael Madsen. A Academia consagrou o Brad, com um Oscar de Melhor Ator Coadjuvante, além do Oscar de Design de Produção. Poderia ter merecido mais.

E eu pergunto: é o melhor filme que o Tarantino dirigiu? Como eu disse antes, é o mais maduro na sua carreira, e bate de frente com Django Livre e Os Oito Odiados. A minha nota é 9,8.

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