Django Livre


Tarantino é o Motörhead dos diretores... Todos amam, mas poucos realmente conhecem!

Essa frase acima foi escrita por um rapaz na sua página no Facebook. Bom, como sou fã do Motörhead e do diretor, tenho a OBRIGAÇÃO e o PRAZER de CONCORDAR com essa afirmação. Embora a crítica não dê a devida atenção à genialidade de Quentin Tarantino, por seu excesso de criatividade complexa e pelas cenas brutais que incluem violência e sangue, é inegável que ele é bastante cultuado por cinéfilos de plantão. Sim, assim como a música do imortal Lemmy Kilmister, que sempre foi (e continua sendo) condenada pelos pais sem noção, a filmografia de Tarantino é reverenciada até hoje.

O mesmo diz para seu mais recente magnus opus Django Livre. Abordando a América no tempo em que os homens de cor não tinham direitos de viver em sociedade, Django (Jamie Foxx) é um escravo com a faca nos dentes, que se junta com o caçador de recompensas Dr. King Schultz (Christoph Waltz) para procurar bandidos e entregá-los às autoridades. Claro que o povoado não aceita muito a companhia de homens com duas cores, porém não sabem das consequências que irão enfrentar quando esses mocinhos vão causar.

Enquanto ajuda Schultz na sua caça aos fora-da-lei infiltrados nas fazendas, Django tem como único objetivo encontrar e salvar sua mulher Broomhilda (Kerry Washington), ainda escrava.

É aí que que chegam ao Dr Calvin Candle (Leonardo DiCaprio), um implacável senhor do engenho, que trata seus escravos como peças de museu, incluindo o caquético lacaio Stephen (Samuel L. Jackson), sempre com sua vista grossa.

O que não falta no filme são os diálogos sempre bem escritos por Tarantino, sob a interpretação magistral de Waltz, que pela segunda vez, levou seu segundo Oscar. Falta alguma coisa? Ah, sim. Em um filme de Tarantino, sempre há tiros, sangue e cenas de deixar qualquer senhor de óculos que se passa por crítico de cabelo em pé. Um faroeste de deixar os saudosos John Wayne e Steve MacQueen orgulhosos. A sequencia de tiros ao som de rap é de arrepiar.

Mas aquela cena dos capangas de Big Daddy (Don Johnson) com máscaras da Ku-Klux-Klan dialogando sem sentido algum é hilária. Só mesmo o Tarantino para balançar sua obra.

Bom, se for refletir a frase acima, tire suas conclusões e aprecie a obra prima de Quentin Tarantino ao som da banda mais imunda do Rock And Roll.

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