Esporro Público

Fazia muito tempo que queria dar continuidade à esse tópico, que é falar de clipes musicais. O primeiro foi o Janie's Got A Gun, do Aerosmith, dirigido por David Fincher, que falava sobre incesto e assassinato. Agora, vou falar de um dos clipes mais legais que já vi: Land of Confusion, do Genesis. A música faz parte do 13º álbum da banda, Invisible Touch, de 1986. Land... foi escrita pela banda, com letra do guitarrista Mike Rutherford e é a terceira do disco, e foi o terceiro single, alcançando a 14ª posição do Reino Unido, em dezembro de 1986, e a 4ª posição nos EUA, em janeiro de 1987. O clipe apresenta fantoches do programa de humor Spitting Image, no Reino Unido, nos anos 80. A capa do single satiriza o With The Beatles.  O vídeo foi dirigido por John Lloyd e Jim Yukich, e produzido por Jon Blair, e mostra fantoches da própria banda, além do Ronald Reagan, sua esposa Nancy, artistas como Michael Jackson, Tina Turner, Prince, figuras históricas como Mikhail Gorbache...

Desde 1990, o ROT foi espalhar o caos e o terror do mundo com seu grindcore violento e doentio, com o passar dos anos. Em seus mais de 60 registros, contam-se splits, EPs, compilações e álbuns ao vivo, além de 4 (!) discos completos na carreira. E seu último lançamento foi o disco Organic, lançado em 2021. Com 25 paradas nas fuças, o álbum é o puro suco do som extremo da melhor qualidade. A capa foi tirada de uma matéria da National Geographic. Porém, esse foi o último trabalho do baixista Bucho, vitimado pela Covid-19, durante a pré-produção. Como uma forma de homenagear seu companheiro, Mendigo (guitarra), Henrick (vocal) e Emiliano (bateria) despejam todo o ódio contra o patriotismo reacionário. Aliás, o João Gordo canta em Corja Maldita toda a Fúria contra o fascismo. Uma bela forma de comemorar seus mais de 30 anos do Grindcore Brazuka.

Com 12 faixas, o cantor e multi-instrumentista Yohan Kisser lança seu primeiro álbum solo, o The Rivals Are Fed And Rested, explorando seu talento e diversidade musical, que vai de Beatles, Frank Zappa e Mutantes. Ao lado dele, está Guto Passos, que toca baixo e é o produtor do disco, e Willian Paiva na bateria. O disco foi gravado no Lhama Records/SP. Pelo que se ouve, a salada musical é extensa, com Yohan cantando tanto em inglês quanto em português. Sem falar que ele foi o artista da capa. As duas músicas, a Faixa-Título e Membro Fantasma, viraram singles, sendo que a última é uma homenagem à sua mãe Patrícia Kisser. Nesse disco, ele explora sua técnica com o piano e sintetizadores. Entre as participações, estão Luiz Carlini tocando Lapsteel em A Tábua e o Metro, além das outras músicas adicionar cello e fagote. Recentemente, Yohan tocou no Blue Note SP para o show de lançamento do disco. E ele fez seu nome ecoar. Não é à toa que seu talento veio de berço.

Em pleno frio de São Paulo, no Blue Note SP, o cantor e multi-instrumentista Yohan Kisser realizou o show de lançamento do disco The Rivals Are Red And Rested. O local é intimista, para apresentações diversas, com mesas para sentar e aproveitar os quadros de ícones da música. Foto: Vini Vieira Chegada a hora, Yohan, Guto Passos (baixista) e Willian Paiva (bateria) adentram ao palco. O set todo é baseado no disco solo. Entre as participações estavam o lendário guitarrista Luiz Carlini, que tocou lapsteel em A Tábua e o Metro, e tocou a versão de Ovelha Negra, da Rita Lee. Foto: Vini Vieira Yohan tocou covers de Frank Zappa e Pink Floyd a seguir. Não é à toa que seu talento veio de berço, pois todos sabem o quanto o Andreas Kisser incentivou seu filho a seguir carreira na música. Aliás, o guitarrista do Sepultura esteve presente no Blue Note, sem contar também integrantes do Kisser Clan. Foto: Vini Vieira  Foto: Vini Vieira  Para h...

Com 10 discos de estúdio, 2 ao vivo, singles, EPs e diversos shows realizados no mundo todo, o Machine Head agora lança seu 11º trabalho, o Unatøned, no dia 25 de abril, pela Nuclear Blast. Desde Burn My Eyes (1994), Robb Flynn sempre experimentou seu som pesado, adicionando elementos de música moderna e atemporal, agradando seus fãs e colecionando detratores, como podemos ver nos álbuns The Burning Red (1997) e Supercharger (2001), quando a banda entrou de cabeça no New Metal. Ao voltar para o Metal, com Through The Ashes of Empires (2003), o MH conquistou o respeito e admiração que havia perdido, até mesmo se consolidar com The Blackening (2007), seu álbum mais bem sucedido até então. Eis que chega 2025, depois de inúmeras mudanças de formação, Robb e seus asseclas mostram que estão imparáveis. E nesse disco novo podemos ver que as influências estão mais evidentes. UNATØNED foi gravado no Robb's Jam Room, Sharkbite Studios, e Drop Of Sun Recording durante julho de 202...

Em pleno sábado de aleluia, São Pedro ameaçou encharcar São Paulo com uma chuva para lavar a alma dos pobres cristãos de bem, e também os headbangers que aproveitaram o dia para conferir o Monsters of Rock, realizado no Allianz Parque. E, pra quem não aceitou o desafio de conferir os shows das bandas Internacionais, alguns colaram no Sesc Belenzinho para ver as duas bandas de uma vez: Project46 e Sujera. Durante as passagens de som, podemos conferir algumas famílias comendo enquanto o som pesado estava sendo arrumado. Mas, eu destaco um momento fofo, quando algumas crianças estavam "brincando" de roda hardcore, enquanto o Sujera tocava as músicas no Soundcheck. Entre umas conversas, batemos um papo com o vocalista do Project46, Caio MacBezerra, quando revelou sobre o dia em que abriram para o Machine Head, no Tokio Marine Hall. Ele disse que o baixista Baffo Neto (que organizou o show naquele dia) tinha mostrado o som do Project para Robb Flynn, que chamou os caras, aos 45 do...

Quando o guitarrista Xando Zupo decidiu formar sua banda solo, ninguém imaginou que se chamaria apenas Uma Banda Chamada Z. E o que parecia ser apenas uma carreira solo, na verdade se tornou banda de verdade, com a formação composta por Ricardo Alpendre nos vocais, Ivan Scartezinni na bateria (parceiro do Xando no Pedra) e Renato Panda no baixo. Com o time no campo, gravaram no Ôrra Meu! e no Family Studios o disco Os Passos e A Calçada. Contendo 8 faixas, o disco entrega um Rock autoral cantado em português, com a guitarra de Xando ecoando solto. O vocal de Alpendre é fora da curva, pois seu talento fora reconhecido pela banda Tomada. De Não Agradar Ninguém até Todos Eles Sou Eu, viajamos num cometa remetendo aos Mutantes, Patrulha do Espaço e Golpe de Estado. Além disso, temos as participações de Rodrigo Hid (outro parceiro de Xando no Pedra), Tata Martinelli e a dupla de metais Neurozen. Dentre as músicas, temos a Calma! Sem o Inferno não Existe o Paraíso, coescrita pelo...

Formada em 1991, em Salvador/BA, a banda Malefactor faz um Epic/Death Metal melódico, cujas influências variam de Saxon, Manowar e In Flames. Em 2006, a banda lançou seu 4º disco, Centurian, após inúmeras apresentações Brasil afora, entre elas o Fesital Brasil Metal Union. Seu maior feito foi se apresentar no Wacken Open Air, após serem selecionados pelo Metal Battle, organizado pela Roadie Crew. O disco, que possui uma capa bem chamativa, com o Jesus Cricificado e o soldado romano espetando a barriga com a lança (N.R.: estamos na sexta-feira santa, por favor, não levem em consideração!), cujo autor é Alcides Burn, nos leva a batalhas épicas. Sons como a Faixa-Título, The Poison Tree, Old Demons e Jerusalem's Lot tem aquele clima épico e melódico, porém com o peso e a brutalidade. Destaque para o tecladista Cris Macchi, cujo talento seria comparado à Rick Wakeman e Jon Lord. O vocalista Lord Vlad também merece destaque por seu trabalho vocal, ora brutal ora melódico. Há...

Para falar do show do guitarrista Xando Zupo, e sua banda, intitulada Uma Banda Chamada Z,  tenho que relatar sobre alguns fatos, em relação à esse dia 11 de abril. Naquela semana, resolvi publicar meu projeto experimental, em formato de livro reportagem, intitulado São Paulo Rock City, que escrevi em 2007, ocorrido no último semestre do curso de jornalismo. Eu tive APENAS quatro meses de confecção do trabalho, sendo realização de entrevistas, com pessoas ligadas à cena paulistana do Rock/Metal, como Luiz Calanca (dono da Baratos Afins), Ricardo Batalha, Toninho Iron, China Lee,  Luiz Domingues e Xando Zupo. Realizado as entrevistas, fui à casa do meu vizinho para que ele me ajudasse a fazer o projeto gráfico do meu livro. Depois de edição, diagramação e finalização, pedi pra que publicassem 8 cópias do livro para serem entregues à faculdade. A apresentação, no dia 1º de dezembro de 2007 foi bem sucedida, o trabalho obteve nota 8,5. Sendo assim, mesmo com três matérias pendent...

Em 2014, a Nervosa soltou seu álbum de estreia para alegria dos fãs e desespero dos machistas mimizentos de carteirinha, o Victim of Yourself. Depois do bem sucedido Demo 2012, Prika Amaral, Fernanda Lira e Pitchú Ferraz assinaram com a Napalm Records e gravaram o disco, no Mr. Som, com a produção de Marcello Pompeu e mixagem de Heros Trench. Apesar de ter a Pitchu na formação e no encarte, antes dela assumir as baquetas, Amilcar Christofaro gravou toda a bateria do disco. Sem contar que as músicas Justice Be Done, Into Moshpit e Urânio em Nós foram compostas na época que a Fernanda Terra estava na banda. Enfim, o disco todo é Thrash Metal old school total, com faixas ótimas pra moshar³, pogar⁴ e quebrar o pescoço. A faixa Death!, cujo clipe foi gravado em um cemitério, é de arrancar a pelanca. Realmente, a Nervosa estava voando mais alto naquela época. Não é à toa que, após conquistarem o Brasil, com um clipe, como Masked Betrayer, as meninas ficaram mais superpoderosas.

Texto de Rodrigo Noé de Souza e Alexandre Veronesi A cidade de São Paulo vêm enfrentando temporais, causando enchentes, e trânsito lotado, acabando com a saúde mental do cidadão. E, nada melhor do que espantar as frustrações e conferir o melhor do Thrash Metal, com o festival São Paulo em Chamas, realizado no dia 4 de abril, no La Iglesia, com as bandas Andralls, Faces of Death e Chaos Sypnosis. O evento era pra começar às 19h00, mas, devido ao temporal e por receio do público chegar atrasado, tiveram que alterar para às 20h00. Até mesmo o vocalista Laurence Miranda, do Faces of Death, havia postado seu vídeo no Instagram explicando a mudança. Com os Portões abertos, o pessoal resolveu entrar para não pegar garoa fina. Eis que, às 21h00, o Andralls dilacera com seu Fasthrash de primeira. Recentemente, a banda havia anunciado a saída do baterista Xandão, e no seu lugar entrou Marcão. Foto: Alexandre Veronesi O set foi curto, a começar com Cross of Shame, acelerando tudo. O m...

Está de volta o Fatos de TV. E hoje vamos falar de uma das primeiras emissoras de TV do Rio de Janeiro, a TV Continental, fundada em 1959, pelo então deputado estadual Rubens Berardo. A Continental operava no canal 9 da cidade, e foi a terceira emissora carioca a surgir na história. Inicialmente, a pré estreia começou há um mês antes da inauguração, com o amistoso do Brasil contra a Inglaterra. No dia da estreia teve como convidado ilustre o presidente Juscelino Kubtischek, a emissora ficava na rua das Laranjeiras, no estúdio Flama, de propriedade do Berardo. Seis meses após a inauguração, a Continental foi a pioneira a utilizar o uso do videoteipe, por meio de uma demonstração do Hotel Copacabana Palace. A TV contava com um elenco artístico, com Hebe Camargo, alguns que vieram da TV Paulista. Sua programação era composta por musicais e teleteatros. Mas, em 1966, a TV foi arrendada para o jornalista Heron Domingues, pois a má administração causou um enorme atraso de salário...