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Mostrando postagens de agosto, 2024

Nervochaos - Chthonic Wrath

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Não é à toa que Edu Lane e sua banda Nervochaos despeja sangue e brutalidade, desde que surgiu. Ao todo, são 11 discos de estúdio, sendo o mais recente Chthonic Wrath, lançado em 2023. Gravado no estúdio Abracadaver por Addasi Adassi e Adriano Daga, o disco contém 14 patadas sonoras, de deixar qualquer evilgélico se descabelando. Das 14, somente uma, a Tomb Mold, foi gravada por Ricardo Vignini, fazendo uma moda de viola metálica. Do resto, é só paulada na orelha, com os vocais de Brian Stone vociferando a chegada do juízo final. Pra fã não respirar, nem pedir água e sem respirar. Edu, além de baterista, é também apoiador do Metal Underground, sendo o "dono" do Festival Setembro Negro, e do saudoso Extreme Metal Fest.

Andreas Kisser - Hubris I e II

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Andreas Kisser sempre desejou explorar seu talento e ecletismo musical, fora da bolha, ou seja, algo diferente do que ele faz no Sepultura. Então, resolveu compor e gravar seu primeiro disco solo, o duplo Hubris I e II, lançado em 2009. Como havia dito, o guitarrista resolveu fazer algo fora da caixinha e mostrar que ele também gosta de música boa (estou falando de culturas diversas!). Mas, para isso, chamou um time de responsa para ajudá-lo a realizar tal proeza. O disco 1 mostra a parte elétrica, com participações de Jean Dolabella, Zé Ramalho, Rappin' Hood, Théo Werneck, Vasco Faé, Tony Belotto (escreveu Em Busca do Ouro, na voz do Zé Ramalho), além do bônus Matar ou Morrer, na voz de Paulo Ricardo, que está na trilha do filme Rota Comando. Andreas gravou vocais em Eu Humano. Já o disco 2 é totalmente acústico, com colaboração do João Barone, Bi Ribeiro e André Abujamra. A faixa O Nais Querido tem o repente de Heleno João, homenageando o São Paulo Futebol Clube (nem ...

Chico Science & Nação Zumbi - Da Lama ao Caos

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O ano era 1994. O Plano Real acabava de ser criado, acabando com a inflação astronômica. A Seleção brasileira ganhava o Tetra da Copa do Mundo. A Fórmula 1 perdia o Ayrton Senna, a MPB perdia Tom Jobim. Mas, havia o nascimento de um movimento musical, o Manguebeat. E seu criador é Chico Science, e sua banda Nação Zumbi. Foi em abril desse ano que lançaram Da Lama ao Caos, com produção do Liminha, no estúdio Nas Nuvens. Com uma mistura de Rock, Funk, Maracatú, embolada e psicodelia, o disco se tornou o marco do Rock nacional. Faixas como Da Lama ao Caos, A Cidade (que ganhou clipe), Samba Makossa e Monólogo ao Pé do Ouvido viraram a cabeça de muitos, revolucionando o Rock, sendo que essas faixas foram coveirizadas por Sepultura, Marcelo D2 e Charlie Brown Jr. Da Lama ao Caos está na lista dos 100 melhores discos nacionais de todos os tempos, segundo a Rolling Stone. Sem falar que ele está no e-book Discos da Musica Brasileira, de 2019.

System of A Down - Hypnotize

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Seis meses depois de lançar Mesmerize, alcançando sucesso mundial, a banda System of A Down lançou, no mesmo ano de 2005, a segunda parte Hypnotize, marcando a trajetória da banda. Assim como o antecessor, o disco, novamente com produção de Rick Rubin e Daron Malakian, contém faixas explosivas, mesclando influências de Metal extremo, com doses de Frank Zappa e música mediterrânea. Somente três músicas foram singles, Hypnotize, Lonely Day e Kill Rock 'N Roll. O álbum também foi 1º lugar na Billboard, certificado como disco de platina. Porém, após isso, a banda se retirou num hiato, por tempo indeterminado, até 2011, quando entrou em turnê mundial, com apresentações, como o Rock In Rio 2011, marcando a primeira apresentação do SOAD no Brasil.

T.Rex - Electric Warrior

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Às vezes, um disco pode ser o ponto de partida para o estilo. E Electric Warrior, da banda T.Rex resume bem, pois foi como começou o Glam Rock. Esse disco é o segundo da banda, mas é o sexto, pois o nome anterior da banda do lendário e saudoso Marc Bolan é Tyranossaurus Rex, que apostava num folk rock. Electric Warrior foi lançado em 1971, e alcançou a primeira posição da parada britânica. Bang-A-Gong (Get It On) alcançou o 10º lugar do Billboard Hot 100. Em 2003, alcançou a posição 160 dos 500 melhores discos de todos os tempos, segundo a Rolling Stone. Atualmente, caiu na posição 188. A capa é de autoria da Hipgnosis com uma imagem da banda ao vivo. Já a produção foi de Tony Visconti, e Bolan contou com um timaço para gravar esse clássico, sendo o integrante mais famoso é Rick Wakeman. Mas, não é só a Get It On que vive o disco. Faixas como Jeepster (que entrou na trilha do filme À Prova de Morte, do Quentin Tarantino), Cosmic Dancer, Mambo Sun, Monolith, Planet Queen e G...

Suicide Silence - The Cleansing

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A banda Suicide Silence foi formada em 2002, sendo uma integrante da New Wave of American Metal. Depois de lança algumas demos, a banda lançou The Cleansing, de 2007, e começou bem, pois vendeu 7250 cópias e entrou na posição 94 do top 200 da Billboard, considerando um dos discos de estreia mais vendidos da Century Media. Com um som totalmente extremo, o disco destaca pelo vocal do saudoso Mitch Lucker, sem falar que ele escreveu todas as letras. A intro Revelations tem o áudio do filme Freddy VS. Jason. Músicas, como Unanswered, The Price of Beauty e Bludgeoned dão vontade de soltar os cachorros pra cima dos negacionistas e preconceituosos de plantão. Nas, nem tudo é motivo de sucesso. O clipe da The Price of Beauty foi banido da MTV, por seu conteúdo explícito. Com certeza, o disco mostra que a banda trilhou o seu caminho.

Sepultura - The Mediator Between Head and Hands Must Be the Heart

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Depois de anunciar Eloy Casagande como baterista, o Sepultura viaja para os EUA para gravar The Mediator Between Head and Hands Must Be the Heart, sendo o primeiro gravado lá desde o Against, de 1998, e com produção de Ross Robinson, que produziu Roots, de 1996. O título do álbum foi baseado na fala do filme Metropolis, de 1928, em que o homem transforma o robô em humano, porém, o disco não é conceitual, como foi nos discos anteriores. O Sepultura utilizou tudo para fazer um disco primitivo, utilizando técnicas de gravação analógica. Eloy mostrou que a escolha dele foi certeira, pois sua técnica é apurada. Pode não ser um disco conceitual, mas mostra que as faixas resumem bem como o comportamento do ser humano se transformou, mesmo com o advento da tecnologia atual. Faixas, como Trauma of War, The Vatican (que denuncia a influência religiosa), Manipulation of Tragedy e Grief resumem bem o conceito. Obsession tem a participação do superbatera Dave Lombardo, duelando com Eloy...

Temple of The Dog - o disco autointitulado

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O Temple of The Dog foi um supergrupo do Grunge, formado para prestar o tributo ao Andrew Wood, que era vocalista do Mother Love Bone, que morreu em março de 1990, vítima de overdose de heroína. Com Chris Cornell, Matt Cameron, Jeff Ament, Stone Gossard e Mike McCready, a banda lançou só um disco, autointitulado, em 1991. O disco é uma viagem total à Seattle, com aquele som garageiro e totalmente natural. Sua música, Hunger Strike, se tornou o hino do Grunge, com o dueto de Chris Cornell e Eddie Vedder, até então desconhecido, e que foi apadrinhado por Cornell. Mesmo com o elogio da crítica, o disco só obteve reconhecimento mundial, devido ao Pearl Jam, formado por Vedder, Gossard, Ament e McCready. Cornell e Cameron continuaram no Soundgarden, até 1997, quando Cameron foi para o Pearl Jam. Mas, não é só um hit que destaca. Faixas como Say Hello 2 Heaven e Pushing Foward Back mostram que Andrew Wood está orgulhoso dos camaradas. O Temple of The Dog fez um único show, em 13 ...

Faces of Death - Evil

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Depois do Usurper of Souls (2020), a banda paulistana Faces of Death lançou seu petardo, chamado Evil (2023), resgatando os tempos áureos do Metal 80's e 90's, remetendo ao Sepultura, no seu auge. Realmente, são 10 faixas sangrentas e demoníacas, de deixar qualquer radical evilgélico de cabelo e terno engomado em pé. Laurence Miranda solta sua Fúria contra tudo que há em sua volta, sem falar nas palhetadas e riffs espetaculares. Se é pra falar de faixas, destaco Lemmy Said One Day (metendo o pau na política brasileira, influenciadora de retardados canceladores!), Kiss of Death (sobre a tragédia da Boate Kiss, e contra a Impunidade, que macula o Brasil), A Monster In The Park (sobre o Maníaco do Parque), Blood Cross (sobre a pedofilia na Igreja) e Suicide (nem preciso explicar sobre a letra!). A arte da capa, mais uma vez, sob a batuta do artista/guitarrista Marcelo Vasco. A banda fez um clipe, para a música Evil, gravada em diversos shows.

Evil Sense - Drink From Hell

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Depois de lançar 3 demos e um disco completo em 2017, a banda paulistana Evil Sense encerra um jejum de 7 anos e lança seu segundo disco, Drink From Hell, com produção do Ivi Kardec, da banda Podridão. Formado por Capu (v/g), Suco (g), Guilherme (bx) e Ricardo (bt), a banda despeja sete patadas de Thrash/Death, de descabelar qualquer pastor evilgélico e seus "cordeirinhos de Cristo". Até mesmo a capa tem sua pegada oitentista, no melhor estilo Ed Repka. A banda lançou, recentemente, seu clipe Drink From Hell, com imagens da banda nos pontos da capital bandeirante.

Metal Retrô na Igreja metálica de SP

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Sexta-feira sempre é o dia para tirar todo o stress do cotidiano do paulistano, depois da semana intensa de trabalho. Nada melhor do que sair de casa e ver o melhor do Metal Brazuka. E o lugar adequado é o La Iglesia, na Rua João Moura, próximo à Avenida Rebouças, na Zona Oeste da capital Paulista. A noite prometia, pois as atrações são bandas que respiram o som pesado oitentista de primeira, Clenched Fist, Evil Sense e Faces Of Death, com certeza, o público, na maioria headbangers devotos, compareceram para conferir o melhor daquele dia. A primeira banda foi a Clenched Fist, com seu Metal tradicional, no melhor estilo Manowar, Iron Maiden, Judas Priest e Saxon. O vocalista cantou como nunca, apesar da falha técnica do microfone, que deu pra ouvir pouco sua performance. Mas a banda não decepcionou, sem falar que o baterista é um monstro, tocando muito. Ponto positivo. Com um pano de fundo, a atração (mais esperada!) foi a Faces of Death, que está divulgando seu disco recent...

Kerry King - From Hell I Rise

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Passados quase cinco anos, desde o fim (provisório!) do Slayer, Kerry King resolveu investir em sua nova empreitada, acompanhado do Paul Bostaph, ou seja, uma provável continuação do que aconteceu no Repentless (2015). Com isso, a ansiedade dos fãs da antiga banda só aumentava, mesmo com a certeza de que o Slayer voltaria, se depender do Tom Araya. Mas, eis que 2024 chega, e o suspense terminou. Kerry King estrearia em voo solo, com Bostaph, Mark Osegueda (Death Angel), Kyle Sanders (ex-HellYeah) e Phil Demmel (ex-Vio-Lence e Machine Head). Com essa formação, qualquer fã de Thrash Metal pulou de alegria. Ao lançar From Hell I Rise, foi o que suspeitávamos desde o princípio: o disco é uma continuação natural do Repentless. Mas, é um disco bom? Em uma palavra: ESPETACULAR⁴. Faixas como Idle Hands, From Hell I Rise, Crucifixation, Residue e a intro Diablo fazem a alegria e, como de costume, calar a boca e chutar as bolas dos que criticaram o guitarrista. Kerry não perdeu 0,01%...