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TerryToons - a fantástica fábrica da Era de Ouro.

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Você já deve ter visto um curta de Super Mouse ou do Faísca & Fumaça, pelo menos em algum momento de sua vida. Saiba que essas não são as únicas animações do estúdio de animação TerryToons. Trazendo de volta mais um capítulo da série dos estúdios de animação famosos do século XX, vamos falar do "dono" dos curtas citados. Criado em 1929, por Paul Terry e sediado em Nova Rochelle (NY), o estúdio criou também Fanny Zilch, Gandy Goose, Dinky Duck e os Ursos Terry. A Era de Ouro foi durante os anos 30 até os anos 50, quando os curtas foram distribuídos pela 20th Century Fox, exibidos nos cinemas. No final dos anos 50 o TerryToons foi vendido para a CBS, mas a Fox continuava distribuindo os desenhos. Entre essas gestões, estava o Gene Deitch, que se tornaria um famoso animador, mais tarde. O estilo de animação era de baixo orçamento, se comparado aos dos outros estúdios, como a Disney, MGM, UPA, Fleischer/Famous e Warner. Teve também que se adaptar às filmagens fal...

Ratos promovem o "culto" no Belenzinho

Depois de desbravar na Europa, o Ratos de Porão promoveu um "culto", em pleno Sesc Belenzinho, nos dias 6 e 7 de junho, com ingressos esgotados em poucos dias. Na sexta, o Paulistano enfrentou um frio intenso e uma leve garoa, mas isso não intimida nem mesmo o mais radical fã da banda. Ao adentrarmos, vemos a galera se deslocar e ver o palco ser tomado por uma avalanche de pancadaria. João Gordo, Jão, Bôka e Juninho foram ovacionados. Foi só tocarem os clássicos, como Amazônia Nunca Mais, Anarkophobia, Sofrer e Crucificados pelo Sistema, que o público respondeu, da melhor (ou pior?) forma possível: Moshs e mais moshs, rodas e mais rodas violentas. Além disso, as "novas" pérolas, como o Exército de Zumbis, Conflito Violento, Toma Trouxa, Alerta Anti-Fascista e Difícil de Entender são indiretas contra o governo Paulista, contra a deputada fugitiva Carla Zambelli, no qual o Gordo murmuria: "A Vaca Fugiu!", além da briga do Trump contra Musk. Tudo isso com o s...

Eminence esquenta São Paulo com seu Metal Moderno

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O mês de maio terminou com um frio intenso na capital paulista. E, nada melhor do que ver o show da banda mineira Eminence, em pleno Sesc Belenzinho. Prevendo um público numeroso, o evento atraiu somente a metade do previsto, com algumas pessoas ilustres, como o vocalista e baixista do The Troops of Doom, Alex Kaffer. Quando soou às 20h30, o palco foi tomado por uma introdução mecânica, e, a partir daí, Alan Wallace (guitarra), Alexandre Oliveira (bateria), Davidson Mainart (baixo) e Bruno Paraguay (vocal) incendeiam o show com Burn It Again, do disco Dark Echoes (2021). Aliás, o show faz parte da turnê desse trabalho. Só para se ter uma ideia, o Eminence existe desde 1995, totalizando 5 discos completos, 3 EPs, 1 demo e 5 singles, além de ter feito turnês pelo mundo todo, incluindo Europa, EUA, China e Oriente Médio. Não é à toa que Alan Wallace comanda a banda com punhos de aço. Entre algumas formações, o Jairo Guedz (The Troops of Doom, ex-Sepultura, Overdose...

O Estranho Sem Nome (1973)

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Pegando emprestado do seu amigo e diretor Sergio Leone, Clint Eastwood fez seu primeiro faroeste como diretor, o Estranho Sem Nome. Em Portugal, virou O Pistoleiro do Diabo. Esse foi o segundo filme da carreira de Clint como diretor. E ele mostra toda sua faca nos dentes contra os malfeitores. No começo do filme, o Pistoleiro chega em um povoado chamado Lago, sem qualquer diálogo nos primeiros seis minutos. E ele chega para ser provocado por três atiradores, que são mortos pelo estranho. Além de 3stupr4r uma donzela, causando desconforto de quem assiste. O que o estranho não sabia era que, um dos atiradores mortos, era contratado para proteger a cidade de três bandidos, que acabam de sair da cadeia. Então, ele mesmo assume a tarefa, com uma condição: que ele consiga tudo o que tem direito, até mesmo mandar pintar a cidade toda de vermelho e chamar a cidade de Inferno. Porém, o que a população não sabia era que esse Pistoleiro guarda um segredo obscuro: em um dos sonhos, ele...

Black Pantera - Perpétuo

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Com a mensagem contra toda a discriminação e preconceito, o Black Pantera lançou, no dia 24 de maio de 2024, o seu quarto petardo Perpétuo, pala gravadora Deck. Assim como Ascenção (2022), o disco veio com dois pés no peito com Provérbios, com o refrão de gritar à plenos pulmões inflados de ódio, sendo que virou single. Tradução homenageia a mãe de Charles e Chaene da Gama, Guiomar, mas também à todas as mães pretas que lutam diariamente para dar bem-estar e conforto aos seus filhos. E nessa música tem o trecho de Diário de um Detento, do Racionais MC's, numa melodia emocionante. Candeia mostra a musicalidade afro, com batuques e vocais falados. Sem Anistia fala sobre o ataque à Democracia, ocorrido no dia 8 de Janeiro de 2023, em Brasília, numa tentativa de golpe de estado. Mete Marcha tem o poema de Maya Angelou (1928 - 2014), Ainda Assim Eu Me Levanto (1978). F*d3u tem levada Funk e fala sobre a violência policial contra o povo preto e pobre. O destaque também fica c...

Tem Rock, sim, senhor, na Virada Cultural

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A Virada Cultural, realizada nos dias 24 e 25 de mais, completou 20 anos na capital paulista. Foram mais de mil atrações, dos mais variados tipos, de diferentes estilos, seja na música, teatro, artes no geral. Mas, a Big Rock resolveu dar destaque para o Rock. Black Pantera - Sesc Belenzinho - dia 24 de maio No dia 24, num sábado frio, fui ao Sesc Belenzinho para cobrir o show da banda Black Pantera. Na área livre, estava tocando uma banda com um estilo diferente, misturando mambo com jazz e eletrônico. Enquanto isso, a equipe estava no palco, perto da comedoria, arrumando os equipamentos. Eis que os integrantes chegavam e faziam a passagem de som. Depois, Charles e Chaene da Gama, mais o Rodrigo Pancho recebiam seus fãs com selfies e autógrafos, mostrando total humildade e simpatia com a galera. Chegada a hora, conforme previsto, o público entrou e resolveu ir para a banca de merchandising conferir os produtos, além de tirar fotos com o Chaene. Quando o horário deu, a banda entrou com...

Eskröta - Blasfêmea

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É impossível viver num país, como o Brasil, em que ocorre vários tipos de violência, seja homofóbico, racista e feminicídio. Infelizmente, a maior vítima é a mulher. Existem muitas leis, como a Maria da Penha, para beneficiar elas, contra a brutalidade dos seus parceiros. Porém, esses "seres" fazem de tudo para se aproximarem e cometer esses crimes. E somente uma banda para testemunhar essas barbáries. O nome? Eskröta. Sim, Yasmin Amaral,  Tamy Leopoldo e Jhon França dilaceram os ouvidos com seu crossover e tocam o dedo na ferida, contra tudo o que mais de mais podre e brutal, na cara dos f4sc1st4s, r4c1st4s e m4ch1st4s de plantão. Blasfêmea é o seu terceiro disco completo da banda, com 11 cacetadas na cara. Entre elas, a Mantra, que fala sobre a cultura do est****o, com a participação da MC Taya, e o clipe gravado na Avenida Paulista. Outra faixa de destaque é L.B.R. (Latina, Brasileira, Revolucionária), com os batuques de Rafa Almeida e Nego Henrique, do Cordel ...