Postagens

Burning House virou o buraco do Satã

Na sexta-feira, dia 12 (não é 13!), São Paulo teve o festival The Town, tendo como atração principal os Backstreet Boys. MAS, os fãs do Metal Extremo não estão nem aí para a boy band. Se reuniram, em pleno Burning House, localizado próximo à estação Água Branca, na Zona Oeste da Capital, para ver as principais bandas do Death Metal mundial: Krisiun e Malevolent Creation, que incluiu os lendários Vulcano e a americana Contortion. Depois de se lubrificarem com altas doses do líquido etílico, os fãs entraram no recinto e viram a primeira apresentação da noite. Contando com o ex-vocalista do NervoChaos, Brian Stone (guitarra e vocal), a banda, que tem mais Matt Pulver na guitarra e o baterista Jason Engols, o grupo pratica um Thrash/Groove, no melhor estilo Pantera, Machine Head e Lamb of God. A galera respondeu positivamente a banda, que debutou em solo brasileiro. Brian conhece muito bem a cena, já que cantou no NervoChaos, sendo que gravou alguns discos com a banda. Após o show, ele est...

As Duas Faces de um Crime (1996)

Imagem
Martin Vail (Richard Gere) é um ex-promotor público e um rico advogado, acostumado a holofotes midiáticos, passando a ser uma celebridade judicial. Porém, quando ocorre um misterioso assassinato de um arcebispo de Chicago, de forma cruel e brutal, Martin tira proveito do crime e se indica para ser o advogado para defender o principal suspeito, que é um coroinha do coral da igreja, Aaron Stamper (Edward Norton). Aaron é um jovem ingênuo e inseguro de si, que foi capturado com suas roupas cheias de sangue, que era da vítima. Apesar da timidez, ele se escondia na personalidade de um adolescente perturbado e sinistro. Mesmo confiando na inocência do rapaz, Martin ignora todas as provas, que incriminam o réu. Até mesmo descartando a avaliação psicológica do suspeito, feita por uma perícia, que grava o rapaz se revelando um psicopata. O que impressiona em As Duas Faces de Um Crime é que Edward Norton se entregou, de corpo e alma, nesse papel, de forma brilhante. Tanto é que ele g...

A Mulher Rei (2022)

Imagem
No Reino de Daomé, na África Ocidental, na década de 1820, a general Nanisca (Viola Davis) resgata mulheres que foram sequestradas pelos traficantes de escravos do Império de Oió. Em meio à uma guerra, a general treina várias mulheres novas para se juntar ao exército. Uma delas é Nawi (Thuso Mbedu), uma jovem determinada que foi oferecida pelo pai ao rei depois de se recusar a se casar com homens violentos. O que, mais tarde, veio com a chegada de europeus para comprar escravos. Nawi conhece Malik (Jordan Bolger), parceiro de Santo Ferreira (Hero Fiennes Tiffin), chefe da delegação europeia. Mas, pouco depois de concluir o treinamento, a jovem descobre que os Oió estão planejando atacar o Daomé e relata à Nanisca. A Mulher Rei, co-produzida por Davis mostra a história de luta dos africanos contra a supremacia Ocidental europeia. Inicialmente, além da Davis, o elenco teria Maria Bello e Lupita Nyong'o, como protagonistas. A trilha sonora foi composta por Terence Blancha...

São Paulo ferveu e Galeria entrou em erupção

Imagem
Terminando o mês de agosto (de Deus!), São Paulo virou o inferno quando foi anunciado o Festival São Paulo em Chamas, dessa vez no maior point cultural do Rock paulistano, a Galeria do Rock, localizado no Centro da cidade. Resolvi passear por esse local para ver o público, como sempre, se lubrificando com o mais Ácido do teor alcoólico entre as veias. Tudo para estar no pique na noite. A Arena fica no 5º andar, no terraço, e lá vemos o público lotando as dependências, seja comendo e bebendo. No palco, vemos as bandas fazendo seus soundchecks, afinando seus instrumentos. A primeira atração ficou por conta da banda Mortal Profecia, que fez o chão (ou teto?) ferver, com seu Old School Death Metal. A banda se mostrou competente e profissional, já o público respondia com circle pits violentos. A segunda banda foi a GraveDäncer, um power trio, praticando seu speed metal, no melhor estilo Motörhead. Realmente, um espetáculo visceral pra ninguém botar defeito. Era chega...

Paradise in Flames - Blindness

Imagem
Talvez você deve ter lido o livro Ensaio Sobre a Cegueira, do escritor e ganhador do Prêmio Nobel de Literatura José Saramago (1922-2010), que fala sobre o efeito da humanidade ficar cega. Essa obra, inclusive virou filme, estrelado pela Julianne Moore e filmado em São Paulo, sob direção do Fernando Meirelles. Mas, vamos falar de música. Quem também se baseou nesse livro foi a banda mineira Paradise in Flames,  que lançou seu quinto disco Blindness. O disco todo é uma apoteose do mais puro Black Metal Sinfônico. Suas camadas de teclado, feitas pelo Guilherme de Alvarenga, aliadas ao peso dos riffs e da cozinha brutal são um convite ao universo de Saramago. Sem falar também dos vocais, ora guturais do André Damien, ora agudos do Guilherme e os vocais femininos. A arte da capa foi feita por Marcelo Almeida, com os toques de Marcelo Vasco. Indicado para fãs do Dimmu Borgie e Cradle of Filth.

Ratos de Porão - Isentön Päunokü

Imagem
Parece que o ódio do Ratos de Porão contra o ex-governo do B0ls0n4r0 é da bancada Evilgélica não tem fim. Depois do disco bombástico Necropolítica, de 2022, a banda resolve fazer mais fogueira inquisidora contra os f4sc1st4s reacionários, ao lançar o EP Isentön Päunokü. Com um visual pra lá de nostálgico, remetendo ao início da banda, o EP, na verdade, é uma versão da banda finlandesa Terveet Kädet, com as letras do João Gordo. Mas, a proposta vale por si só. Pois os golpes duros contra o Bozo da Sunga Rachada é pra doer mesmo. Agora que ele se encontra em prisão domiciliar, vale a pena rir da cara também da turma da Direita. E, inclusive, do laranjão do Trump.

Surra - Falha Crítica

Imagem
Pela capa, já bate uma nostalgia. Aliás, quem nunca gostou fichas e fichas pra zerar um Street Fighter, Final Fight, Pit Fighter ou Mortal Kombat?  Falando em Street Fighter, temos nosso Blanka, o maior Brasileiro de Todos os Tempos (desculpa, Chico Xavier!). Mas, em vez dos jogos de luta, podemos ter como nossos inimigos os políticos e os milionários de plantão. A trilha sonora fica por conta do Surra. E é sobre o Falha Crítica, recente trabalho dessa banda que iremos abordar. Com 14 faixas e mais de 27 minutos, o grupo santista vomita na cara dos playboys coxinhas podres e dessa raça reacionária e sem noção, que zomba das minorias e menos favorecidas. Basta ouvir Murro em Ponta de Faca, Plano Infalível, É Proibido Ser Pobre, Estado Terminal e Operação Morre e Cala a Boca pra sacar que o trio não está de brincadeira. Pelo jeito, o nosso Brasil das massas só vai ter progresso quando um meteoro cair em colisão no Planalto Central, varrer tudo é recomeçar do zero.